IMPLANTE COCLEAR PÓS-MENINGITE BACTERIANA – RELATO DE CASO

Publicado em 23/12/2022 - ISBN: 978-85-5722-487-2

Título do Trabalho
IMPLANTE COCLEAR PÓS-MENINGITE BACTERIANA – RELATO DE CASO
Autores
  • Carla Alves Ferreira
  • Mateus Henrique Laurentino Martins
  • Ana Carolini Soares Costa
  • Priscilla Castro Magalhaes Cunha
  • Karlos Thiago Pinheiro dos Santos
  • Pauliana Lamounier e Silva Duarte
Modalidade
E-pôster
Área temática
Foco: Assistência em Saúde
Data de Publicação
23/12/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cienciaeconscienciaemsaude/528417-implante-coclear-pos-meningite-bacteriana--relato-de-caso
ISBN
978-85-5722-487-2
Palavras-Chave
Perda auditiva, Implante coclear, Meningite Bacteriana.
Resumo
INTRODUÇÃO: A meningite bacteriana (MB) é uma patologia que está entre as principais etiologias da perda auditiva neurossensorial adquirida (PANS) tanto em crianças como em adultos. De 5% a 35% dos indivíduos que apresentam MB evoluem com PANS severa a profunda bilateral 1. Dentre os recursos disponíveis, o Implante Coclear (IC) surge como opção de tratamento para tais indivíduos, porém devido o quadro clínico podem apresentar ossificação coclear, destruição de células ganglionares e lesão do tecido neural, impossibilitando assim, a inserção total do feixe de eletrodos na cóclea e por consequência limitar a performance do IC ² ¯ ³. OBJETIVO: Demonstrar o desempenho auditivo de indivíduo usuário de IC que apresenta deficiência auditiva profunda bilateral decorrente de meningite bacteriana. MÉTODOS: Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (nº 4.969.297). Trata-se de um relato de caso de uma paciente acometida por meningite bacteriana com quadro clínico de deficiência auditiva de grau profundo bilateral submetida à cirurgia de implante coclear, atendida no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER). Foram realizadas avaliações audiológicas pré e pós-cirúrgica, eletrofisiológica e Testes de Percepção de Fala (TPF). RESULTADOS E DISCUSSÃO: F.S.S, sexo feminino, 59 anos de idade, no mês de Maio de 2021 ficou internada na UTI por 16 dias, após diagnóstico de MB. Relata que ao despertar do coma induzido, tentou comunicar-se com a filha e percebeu que não conseguia ouvir, mesmo sons de forte intensidade. Após alta hospitalar, realizou exames audiológicos apresentando PANS de grau profundo bilateral, curva timpanométrica do tipo “A” com ausência do reflexo acústico bilateral, ausência das emissões otoacústicas transientes e dos potenciais auditivos, em ambos os ouvidos. Por meio dos exames de ressonância magnética e tomografia foi visualizada labirintite ossificante e nervos cocleares assimétricos, exigindo assim a realização da cirurgia de IC, em caráter emergencial. Por meio dos exames TPF e Ganho Funcional (GF) com a prótese auditiva bilateral, não foi observado benefício com o uso da mesma. Após 10 meses do diagnóstico, foi realizada a cirurgia de IC unilateral, com inserção parcial (inseridos 8 de 12 eletrodos, no total) do feixe de eletrodos. A Telemetria de Impedância intra-operatória apresentou valores normais de complacência, porém não foi visualizado o Potencial de Ação do Nervo Auditivo (ECAP) em nenhum dos eletrodos. Durante a ativação, os eletrodos 9 a 12 não propiciaram sensação auditiva, optando assim por desativá-los. Início imediato da Terapia Fonoaudiológica e 1º acompanhamento realizado após 45 dias da ativação. Nessa 1ª sessão, a participante relatou boa adaptação, uso contínuo e melhora da percepção de fala. O GF com a programação habitual demonstrou limiares entre 35-40dB nas frequências de 0,5 a 4KHz, reconhecimento de 80% de dissílabos e 84% de sentenças-CPA. CONCLUSÃO: Por meio dos resultados auditivos descritos, pôde-se observar que o IC mesmo com inserção parcial dos eletrodos na cóclea e por curto período de tempo de estimulação, foi capaz de fornecer audibilidade para sons fracos, melhora significativa no reconhecimento de palavras e sentenças, propiciando adequada compreensão de fala. O relato corrobora com a premissa que o IC é um recurso tecnológico mais indicado para o caso citado, com prognóstico favorável para deficientes auditivos pós-linguais com tempo curto de privação sensorial. Referências Bibliográficas: [1]. Mosnier I, Felice A, Esquia G, Borel S, Bouccara D, Ambert-Dahan E, et al. New cochlear implant technologies improve performance in post-meningitic deaf patients. European archives of oto-rhino-laryngology: official journal of the European Federation of Oto-Rhino-Laryngological Societies (EUFOS): affiliated with the German Society for Oto-Rhino-Laryngology - Head and Neck Surgery [Internet]. 2013 Jan 1 [cited 2022 Jul 20];270(1):53–9. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22237762/ [2]. Helmstaedter V, Buechner A, Stolle S, Goetz F, Lenarz T, Durisin M. Cochlear implantation in children with meningitis related deafness: The influence of electrode impedance and implant charge on auditory performance - A case control study. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology [Internet]. 2018 Oct 1;113:102–9. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30173965/ [3]. Gantz BJ, Brown CJ, Abbas PJ. Intraoperative measures of electrically evoked auditory nerve compound action potential. The American Journal of Otology [Internet]. 1994 Mar 1;15(2):137–44. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8172292/
Título do Evento
III Jornada Científica Integrativa da Agir
Cidade do Evento
Goiânia
Título dos Anais do Evento
Anais da III Jornada Científica Integrativa da Agir: Ciência e Consciência em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Carla Alves et al.. IMPLANTE COCLEAR PÓS-MENINGITE BACTERIANA – RELATO DE CASO.. In: Anais da III Jornada Científica Integrativa da Agir: Ciência e Consciência em Saúde. Anais...Goiânia(GO) Ensino Agir, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cienciaeconscienciaemsaude/528417-IMPLANTE-COCLEAR-POS-MENINGITE-BACTERIANA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 10/05/2025

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