PERFIL CLÍNICO, FUNCIONALIDADE E NÍVEL DE FADIGA EM PACIENTES COM DISTROFIAS MUSCULARES

GEOVANE BALÇANUFO DE SOUZA E SILVA; Natália Guimarães Melo; Jordana Batista Da Silva Lima; Cecília Rosa De Ávila; Graziella França Bernardelli Cipriano

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Trabalho

Título do Trabalho

PERFIL CLÍNICO, FUNCIONALIDADE E NÍVEL DE FADIGA EM PACIENTES COM DISTROFIAS MUSCULARES

Autores

GEOVANE BALÇANUFO DE SOUZA E SILVA
Natália Guimarães Melo
Jordana Batista Da Silva Lima
Cecília Rosa De Ávila
Graziella França Bernardelli Cipriano

Modalidade

E-pôster

Área temática

Foco: Assistência em Saúde

Data de Publicação

23/12/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/cienciaeconscienciaemsaude/528277-perfil-clinico-funcionalidade-e-nivel-de-fadiga-em-pacientes-com-distrofias-musculares

ISBN

978-85-5722-487-2

Palavras-Chave

Distrofias Musculares, Fadiga, Atividade Motora

Resumo

Introdução: Distrofias musculares (DM) são doenças neuromusculares progressivas de origem genética ligada ao cromossomo X. As DM apresentam graves limitações e incapacidades motoras e funcionais, que impactam diretamente na funcionalidade e qualidade de vida1. A fraqueza muscular e a fadiga estão entre os sintomas motores mais evidentes e incapacitantes, podendo manifestar de forma gradual, ascendente, simétrica e bilateral que avança aos demais grupos musculares, sendo as manifestações dos sintomas dependentes da classificação da doença2. A fadiga de origem central é um sintoma subjetivo, definido como sensação de cansaço físico ou mental profundo, perda de energia ou mesmo sensação de exaustão3. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil clínico, funcional e nível de fadiga em pacientes com distrofias musculares. Metodologia: Estudo observacional, transversal, realizado no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), no período de março a junho de 2022, com pacientes com diagnóstico de DM, maior que 18 anos atendidos na clínica de doenças neuromusculares do CRER. A pesquisa seguiu as Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Resolução 466/2012 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde), submetido e aprovado pelo Centro de Excelência em Ensino, Pesquisa e Projetos "Leide das Neves Ferreira (CEEPP)", CAAE: 53491221.6.0000.5082. A avaliação foi realizada através de um questionário sociodemográfico e clínico criado pelos pesquisadores. A avaliação da fadiga foi realizada através da Escala de Severidade da Fadiga (FSS), um instrumento validado e que permite classificar a fadiga em leve, moderada e grave. A análise estatística foi realizada pelo software estatístico Statistical Package for the Social Sciences 2.0. A coleta aconteceu em local reservado, após leitura e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: A amostra foi composta por 75 pacientes com idade média de 36,4 (±13,44) anos, 47 (62,7%) do sexo masculino, 51 (68%) declararam ser solteiros, 32 (42,7%) participantes possuem ensino médio completo e 19 (25,3%) ensino superior completo. Em relação as distrofias avaliadas encontramos: Distrofia Miotônica de Steinert 19 (25,3%), Distrofia Muscular de Becker 6 (8%), Distrofia Muscular de Duchenne 17 (22,7%), Distrofia Muscular de Cinturas 30 (40%) e Distrofia Muscular Facioescapuloumeral 3 (4%). De acordo com o tempo de diagnóstico 64 (85,3%) participantes possuem mais de 10 anos de diagnóstico. Em relação ao perfil funcional, 39 (52%) não possuem marcha. Dos que não possuem marcha, 11 (28,2) a perderam entre os 5 a 10 últimos anos. Sobre a forma de locomoção 44 (58,7) usam cadeira de rodas. Dos pacientes que usam cadeira de rodas 22 (50%) usam a cadeira de rodas motorizada, 16 (36,4) cadeira de rodas manual e 6 (13,6) usa cadeira de rodas somente para médias e longas distâncias. Na avaliação do sintoma de fadiga pelo FSS, 51 (68%) participantes apresentaram fadiga, destes, 12 (16%) tinham fadiga leve, 28 (37,3%) fadiga moderada e 11(14,7%) fadiga grave. Com a progressão da doença e acometimento das fibras musculares, a capacidade de deambular e assumir postura ortostática ficam deficitárias3,4. A fadiga é um dos principais sintomas e está presente na maioria dos pacientes impactando na qualidade de qualidade de vida3. A cadeira de rodas motorizada é a mais utilizada neste público por promover maior independência e autonomia funcional4. Conclusão: A maioria dos pacientes avaliados apresentam distrofia muscular do tipo cinturas, com tempo de diagnóstico maior que 10 anos. Em relação ao aspecto funcional observa-se que a maioria dos pacientes não possui marcha independente, e destes a maioria utilizam a cadeira de rodas motorizada como principal meio de locomoção. A fadiga está presente em grande parte da amostra e se manifesta em sua maioria de forma moderada. Referências Bibliográficas: Wicksell RK, Kihlgren M, Melin L. Specific cognitive deficts are common in children with duchenne dystrophy. Developmental Medicine Child Neuroly. 2004;46:154-159 Otsuka MA, Boffa CFB, Vieira ABAM. Distrofias Musculares. Fisioterapia Aplicada. Revinter Ltda. Rio de Janeiro, 2005. Comim CM; Martinelo C; Gonzales AI; Castanhel A; Sousa KO; Toun L. Análise da fadiga central e seu impacto na qualidade de vida dos pacientes portadores de doenças neuromusculares. Fisioterapia Brasil. 2009;10(5):308-313 Darabas KC, Comim CM, Toun L. Análise da funcionalidade e qualidade de vida em pacientes portadores de doenças neuromusculares. Fisioterapia Brasil. 2009;10(4):241-247

Título do Evento: III Jornada Científica Integrativa da Agir
Cidade do Evento: Goiânia
Título dos Anais do Evento: Anais da III Jornada Científica Integrativa da Agir: Ciência e Consciência em Saúde
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SILVA, GEOVANE BALÇANUFO DE SOUZA E et al.. PERFIL CLÍNICO, FUNCIONALIDADE E NÍVEL DE FADIGA EM PACIENTES COM DISTROFIAS MUSCULARES.. In: Anais da III Jornada Científica Integrativa da Agir: Ciência e Consciência em Saúde. Anais...Goiânia(GO) Ensino Agir, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cienciaeconscienciaemsaude/528277-PERFIL-CLINICO-FUNCIONALIDADE-E-NIVEL-DE-FADIGA-EM-PACIENTES-COM-DISTROFIAS-MUSCULARES. Acesso em: 19/06/2025