PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E FUNCIONAL, NÍVEL DE FADIGA E FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES COM DISTROFIA MIOTÔNICA DE STEINERT.

Publicado em 23/12/2022 - ISBN: 978-85-5722-487-2

Título do Trabalho
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E FUNCIONAL, NÍVEL DE FADIGA E FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES COM DISTROFIA MIOTÔNICA DE STEINERT.
Autores
  • GEOVANE BALÇANUFO DE SOUZA E SILVA
  • Natália Guimarães Melo
  • Jordana Batista Da Silva Lima
  • Francine Aguilera Rodrigues da Silva
  • Graziella França Bernardelli Cipriano
  • Letícia de Araújo Morais
Modalidade
Apresentação Oral
Área temática
Foco: Assistência em Saúde
Data de Publicação
23/12/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cienciaeconscienciaemsaude/528273-perfil-epidemiologico-e-funcional-nivel-de-fadiga-e-funcao-respiratoria-de-pacientes-com-distrofia-miotonica-de-
ISBN
978-85-5722-487-2
Palavras-Chave
Distrofia Miotônica, Atividade motora, Fadiga, Testes de função respiratória
Resumo
Introdução: Distrofia Miotônica de Steinert (DMS) ou Distrofia Miotônica do tipo 1 é a distrofia muscular mais prevalente em adultos e corresponde a cerca de 1/100.00 habitantes1. É caracterizada como uma doença hereditária, autossômica dominante, multissistêmica, progressiva que pode afetar vários órgãos e sistemas como o muscular, respiratório, cardíaco, endócrino, ocular e nervoso central. A manifestação clínica inclui perda progressiva de força muscular, distúrbios de mobilidade, ptose palpebral, fraqueza dos músculos faciais, maxilares e anteriores do pescoço, miotonia, sonolência diurna, cansaço, distúrbios respiratórios e catarata. Os sintomas são mais evidentes na meia-idade, mas os sinais podem ser detectados na primeira ou segunda década de vida2. Com a progressão da doença, a perda da função motora, o surgimento de alterações na função respiratória e o comprometimento cardíaco impactam diretamente na funcionalidade e diminuem as expectativas de vida2-3. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil clínico e funcional, nível de fadiga e função respiratória de pacientes com DMS. Metodologia: Estudo observacional transversal descritivo, realizado no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), no período de março a junho de 2022, com os pacientes com diagnóstico de DMS, maiores que 18 anos atendidos na clínica de doenças neuromusculares do CRER. A pesquisa seguiu as Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Resolução 466/2012 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde), submetido e aprovado pelo Centro de Excelência em Ensino, Pesquisa e Projetos "Leide das Neves Ferreira (CEEPP)", CAAE: 53491221.6.0000.5082. A avaliação do perfil clínico e funcional foi realizada por meio de um questionário sociodemográfico e clínico elaborado pelos pesquisadores. A avaliação da fadiga se deu através da Escala de Severidade da Fadiga (FSS) que permite classificar a fadiga em leve, moderada e grave. A avaliação da função motora foi realizada através da escala Medida da Função Motora (MFM-32), instrumento validado e específico para avaliar a função motora nesta população. Para avaliação da função respiratória utilizou-se o Pico de Fluxo de Tosse (PFT). A análise estatística foi realizada pelo software estatístico Statistical Package for the Social Sciences 2.0. A coleta aconteceu em local reservado, após leitura e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: A amostra foi composta por 19 pacientes, com idade média de 41.47 (±11,70) anos, a maioria dos participantes são do sexo masculino 10 (52,6%) e 14 (73,7%) residem na capital de Goiás. Quanto à escolaridade e estado civil observamos que 7 (36,8%) possuem ensino médio, 7 (36,8%) ensino superior completo, 5 (26,4%) ensino fundamental, 11 (57,9%) são solteiros 8 (42,1%) são casados ou união estável. Em relação às atividades ocupacionais e fonte de renda, 14 (73,7%) não tem ocupação e 10 (52,6%) recebem benefício assistencial. De acordo com o perfil clínico, 14 (73,7%) apresentam mais de 10 anos de diagnóstico e 14 (73,7%) não possuem nenhuma comorbidade. Analisando o perfil funcional, 15 (78,9%) apresentam marcha, e destes, 3 (20%) necessitam de dispositivo auxiliar para deambular. Quatro (21,1%) participantes não deambulam, destes 2 (50%) perderam a marcha a menos de 6 meses e 2 (50%) entre 1 a 2 anos. Na avaliação da fadiga muscular pelo FSS, 15 (79%) indivíduos apresentaram fadiga, destes, 11 (57,9%) manifestaram fadiga de forma moderada. A função motora avaliada pela MFM-32 apresentou uma média de 83,77% (±15,21). Quanto a função respiratória, o PFT apresentou média de 224,21 (±63,97) L/mim, 6 (31,6%) participantes usam ventilação não invasiva, destes, 3 (50%) usam entre 6 a 8 horas diárias. Os distúrbios motores da DMS de início são de origem distais, com isso conseguem manter uma boa funcionalidade por maior período de tempo4. Por ser uma doença multissistêmica, o sistema respiratório pode apresentar distúrbios ventilatórios e alteração no mecanismo de tosse3,4. Conclusão: A maioria dos participantes são do sexo masculino e possuem mais de 10 anos de tempo de diagnóstico. Sobre o perfil funcional a maioria possui marcha independente e uma função motora satisfatória. A fadiga está presente em grande parte da amostra se manifestando de forma moderada. Observa-se que referente a função respiratória os pacientes apresentam fraqueza da musculatura expiratória podendo causar problemas futuros. Analisando o perfil funcional e a capacidade respiratória, observa-se que o uso da ventilação não invasiva acontece de forma moderada nesta população. Referências Bivliográficas: Gutiérrez G; Díaz-Manera J; Almendrote M; Azriel S; Eulalio Bárcena J; Cabezudo PG, et al. Clinical guide for the diagnosis and follow-up of myotonic dystrophy type 1, MD1 or Steinert's disease. Neurologia. 2020;35(3):185-206. Bartolomé AR, Gutiérrez G, Prieto JM. Actualización en distrofia miotónica tipo 1 del adulto. Semergen. 2020;46(5):355-362. Alfredo, RB; Lucía, SS. Distrofia miotónica de Steinert. Rev Clin Med Fam. 2015; 8(1): 79-83. Souza PC, Rodrigues F, Souza PS, Berlink M, Toun L. Medida da função motora nas distrofias musculares progressivas: uma nova alternativa para avaliação fisioterapêutica. Fisioterapia Brasil. 2012;13(2):109-112
Título do Evento
III Jornada Científica Integrativa da Agir
Cidade do Evento
Goiânia
Título dos Anais do Evento
Anais da III Jornada Científica Integrativa da Agir: Ciência e Consciência em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, GEOVANE BALÇANUFO DE SOUZA E et al.. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E FUNCIONAL, NÍVEL DE FADIGA E FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES COM DISTROFIA MIOTÔNICA DE STEINERT... In: Anais da III Jornada Científica Integrativa da Agir: Ciência e Consciência em Saúde. Anais...Goiânia(GO) Ensino Agir, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cienciaeconscienciaemsaude/528273-PERFIL-EPIDEMIOLOGICO-E-FUNCIONAL-NIVEL-DE-FADIGA-E-FUNCAO-RESPIRATORIA-DE-PACIENTES-COM-DISTROFIA-MIOTONICA-DE-. Acesso em: 16/07/2025

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