A COLONIALIDADE DO PODER, EUROCENTRISMO E AMÉRICA LATINA, DE ANÍBAL QUIJANO

Publicado em 09/07/2024 - ISBN: 978-65-272-0557-9

Título do Trabalho
A COLONIALIDADE DO PODER, EUROCENTRISMO E AMÉRICA LATINA, DE ANÍBAL QUIJANO
Autores
  • Rodrigo Ribeiro Leitão
Modalidade
Resumo
Área temática
GTR 5 (Remoto) Por uma epistemologia da alteridade e a pedagogia da norma e o reconhecimento de novos direitos no Sul Global e suas projeções e experiências
Data de Publicação
09/07/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/chbdc/815378-a-colonialidade-do-poder-eurocentrismo-e-america-latina-de-anibal-quijano
ISBN
978-65-272-0557-9
Palavras-Chave
Colonialidade, eurocentrismo e democratização
Resumo
A colonização da América Latina foi um marco histórico mundial para a classificação social, na formação de um novo padrão de poder. A codificação da diferença entre conquistadores e conquistados, com a ideia de que os primeiros dispunham de uma estrutura biológica superior e que a diferenciação fundava-se em traços fenotípicos que serviram de legitimação às relações de dominação estabelecidas. Esta diferenciação estabelecida pelo colonialismo, resultou na nova estrutura globalizada de dominação dos meios de produção e detenção do capital. A polarização gerou escravidão dos povos colonizados, na qual apenas colonizadores podiam ocupar os cargos de destaque na estrutura social da administração colonial. Com a concentração do capital e estrutura de trabalho dominante difundida nos povos coloniais, a Europa se constituiu no centro do mundo capitalista, assinalando o autor que “O capitalismo mundial foi, desde o início, colonial/moderno e eurocentrado”. A estrutura globalizada de dominação do capital e dos meios produtivos não estaria limitada a organização econômica implementada pelos colonizadores, extrapolando para uma reformatação do desenvolvimento político e cultural, gerando uma nova identidade com a mescla de culturas há muito sedimentadas com a perspectiva hegemônica europeia. Supressão dos meios de produção do conhecimento pelos povos colonizados em prol da servidão e imposição da cultura dos povos colonizadores, desenvolveu nos europeus um traço comum a todos os dominadores, o etnocentrismo. A modernidade e a racionalidade se estabeleceram como experiências e produtos cuja origem estava exclusivamente ligada aos europeus, acentuando a polarização fundada em seres superiores em detrimento de outros indicados como inferiores, conectada a colonialidade do poder, já que associada ao eurocentrismo e a forma centralizadora da elaboração intelectual nas novas práticas sociais de poder mundial. O resultado, um despojamento das identidades históricas e com a universalização cultural, dando espaço a primeira identidade geocultural moderna e mundial. Em paralelo a dominação colonial, iniciou-se na Europa Ocidental a formação da ideia de Estado-nação, fortificando a expansão da identidade colonizadora por meio da nacionalização. Nos casos de nacionalização que tiveram sucesso, foi possível constatar uma forma uníssona dessa experiência, com a democratização da sociedade e uma estrutura política organizada e voltada a ser um Estado-nação moderno. Porém a democratização e desenvolvimento social ocorreu de forma a manter as bases de distinção racial até então estabelecidas, criando o que o autor denomina de branquitude social. A concentração de terras, metais nobres e meios de produção, ocasionou o poder configurado como Estado-nação de brancos, excluindo os não-brancos da sociedade nacionalizada. Houve uma reorganização social da América com a homogeneização da sociedade, pela perspectiva europeia, ocasionando uma massiva eliminação dos não-brancos ou sua exclusão social. Uma pequena minoria branca assumiu o controle dos Estados negando toda participação na organização política e social as raças colonizadas. As sociedades caminharam no afã da nacionalização completa dos Estados, contudo, não é possível encontrar um exemplo de homogeneização nacional da população, já que para isso pressupõe a descolonização das relações sociais e a democratização da sociedade e do Estado.
Título do Evento
IV Congresso Hispano-Brasileiro de Direito Constitucional
Cidade do Evento
Recife
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Hispano-Brasileiro de Direito Constitucional
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LEITÃO, Rodrigo Ribeiro. A COLONIALIDADE DO PODER, EUROCENTRISMO E AMÉRICA LATINA, DE ANÍBAL QUIJANO.. In: Anais do Congresso Hispano-Brasileiro de Direito Constitucional. Anais...Recife(PE) UNICAP, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/chbdc/815378-A-COLONIALIDADE-DO-PODER-EUROCENTRISMO-E-AMERICA-LATINA-DE-ANIBAL-QUIJANO. Acesso em: 02/05/2025

Trabalho

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