CORP(O)RALIDADE, DANÇA AFRO E PALHAÇARIA: EXPERIMENTOS E DIÁLOGOS COM O CORPO NA CLÍNICA GESTÁLTICA

Publicado em 23/12/2022 - ISBN: 978-85-5722-491-9

Título do Trabalho
CORP(O)RALIDADE, DANÇA AFRO E PALHAÇARIA: EXPERIMENTOS E DIÁLOGOS COM O CORPO NA CLÍNICA GESTÁLTICA
Autores
  • DANIELLE MIRANDA
  • Hebert Silva Dos Santos
  • DANIELLY PIERRE PROCOPIO DA ROCHA
Modalidade
Tema livre
Área temática
4. ARTE, CORPO E EXPERIMENTAÇÕES: 4.1 O corpo em suas múltiplas manifestações em terapia.
Data de Publicação
23/12/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cgtrio22/522111-corp(o)ralidade-danca-afro-e-palhacaria--experimentos-e-dialogos-com-o-corpo-na-clinica-gestaltica
ISBN
978-85-5722-491-9
Palavras-Chave
Corp(O)ralidade, Dança, Palhaçaria, Experimento, Corpo.
Resumo
A partir de um olhar de dois campos artísticos: a Dança e a Palhaçaria, o presente trabalho se propõe a discutir as possibilidades do corpo na clínica gestáltica, entendendo esse como um contador de histórias que são atravessadas por vivências nossas e dos que nos cercam. Dessa forma, e partindo da ideia de Escrevivência (EVARISTO apud DUARTE, 2020), vamos nos debruçar no conceito de Corp(O)ralidade (SANTOS, 2022) para pensarmos como que esse corpo - dançante e/ou brincante - pode, por meio dos experimentos, recontar histórias e, dessa forma, as ressignificá-las. Corp(O)ralidade surge como um conceito inspirado na Escrevivência de Conceição Evaristo, sendo a Corp(O)ralidade uma escrita do corpo, uma união de corpo e oralidade dentro de uma perspectiva circular representada pelo “O” que une as palavras e atribui esse diálogo entre o corpo e a fala. Neste sentido, o corpo é convocado para narrar sentimentos, histórias, traumas, dores. Ao tirar o foco exclusivo da fala, a Gestalt-Terapia abre espaço para que essas histórias possam ser experimentadas pelo corpo, dentro de um diálogo entre cliente e terapeuta, ganhando novos contornos e reverberando de outras formas. E é aí que o trabalho com a Gestalt-terapia e seu encontro com campos artísticos, como a dança e a palhaçaria, surge enquanto potência, pois permite ao indivíduo criar recursos, novos ajustamentos criativos, e transitar, de maneira mais aware por entre os diálogos criados que abarcam histórias nossas e daqueles que nos compõe. Acreditamos que a clínica gestáltica, com sua abertura para a flexibilidade e criatividade, e ao entender o corpo como um contador de histórias, fomenta um outro tipo de encontro; no entanto, o movimento do corpo precisa de intenção para que a expressão não fique vazia ou sem sentido. É nesse ponto que destacamos o lugar da/do terapeuta, costurando a intenção do experimento à medida que o pensa através de questões como: da onde ele vem? Quem sou eu? Que espaço eu ocupo? Que espaço ocupa o outro? Para onde eu quero ir? Quem é a pessoa que está na minha frente? Essas são indagações que precisam ser feitas a todo momento, pois sem ela não nos localizamos, algo essencial para sabermos onde estamos, onde o outro está e que encontros são possíveis de ser gerados a partir daí. Defendemos que é fundamental que nós, enquanto terapeutas, também vivamos nossos corpos e repensemos nossas práticas e intervenções, estando atentos com as possibilidades das formas de ver e agir no mundo que emergem e que se atualizam. Seja na dança ou na palhaçaria, necessitamos tornar este corpo sensível para gerar esses diálogos, através de vivências, processos, aulas, ensinamentos, ensaios, etc. Até que esse corpo compreenda os aspectos que o constroem e que o fazem dizer. Com isso, quando conhecemos os passos e caminhos, disponibilizamos o corpo para dialogar, como quando ensinamos alguém a falar ou ler e escrever. Isso faz com que as expressões corporais, que surgem em um experimento clínico, tenham intenção quando executadas, mesmo que sejam espontâneas, inesperadas ou improvisadas, pois assim damos contorno ao que está sendo experienciado. Não é o fazer pelo fazer, o experimento pelo experimento, o “ars gratia artis”; é, antes de tudo, ter uma estrutura naquilo que se faz, ter cuidado com aquilo que se faz, disponibilizando o corpo para essa conversa que ocorre no processo terapêutico.
Título do Evento
VIII Congresso de Gestalt-terapia do Estado de Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MIRANDA, DANIELLE; SANTOS, Hebert Silva Dos; ROCHA, DANIELLY PIERRE PROCOPIO DA. CORP(O)RALIDADE, DANÇA AFRO E PALHAÇARIA: EXPERIMENTOS E DIÁLOGOS COM O CORPO NA CLÍNICA GESTÁLTICA.. In: Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Hotel Windsor Guanabara, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CGTRIO22/522111-CORP(O)RALIDADE-DANCA-AFRO-E-PALHACARIA--EXPERIMENTOS-E-DIALOGOS-COM-O-CORPO-NA-CLINICA-GESTALTICA. Acesso em: 10/06/2025

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