A GESTALT TERAPIA ATRAVÉS DO MOVIMENTO DA AUTORREGULAÇÃO

Publicado em 23/12/2022 - ISBN: 978-85-5722-491-9

DOI
10.29327/1148517.1-2  
Título do Trabalho
A GESTALT TERAPIA ATRAVÉS DO MOVIMENTO DA AUTORREGULAÇÃO
Autores
  • Amanda Mello Andrade
Modalidade
Tema livre
Área temática
1. FORMAÇÃO E PRÁTICAS CLÍNICAS: 1.3 Cultura contemporânea e novos desafios para a clínica gestáltica.
Data de Publicação
23/12/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cgtrio22/522075-a-gestalt-terapia-atraves-do-movimento-da-autorregulacao
ISBN
978-85-5722-491-9
Palavras-Chave
Gestalt terapia, psicoterapeuta, clínica, contemporâneo, autorregulação.
Resumo
Nos últimos anos estamos convivendo com exigências da contemporaneidade que entram em conflito com a forma criativa dos indivíduos, psicoterapeutas ou não, de se ajustarem. Engajamento, velocidade, tecnologia, narcisismo e ideias desvinculadas da própria realidade conduzem as desordens do organismo. Desordens que se revelam quando não encontramos a satisfação das necessidades e interagindo com o meio carregado de informações instantâneas cresce o número de evidências sobre o baixo grau de vitalidade que estamos percorrendo no caminhar da nossa existência. Nessas desordens, destaco a relação da perda de identidade que está em permanente crise com a tensão criativa e produtiva exigida e valorizada pelo mundo domesticado. Essa realidade é um dos caminhos que devem ser olhados com atenção na construção de um Gestalt terapeuta, pois é atravessado por elementos que o modificam a todo momento. Reinventar-se, sim. Porém, como se colocar diante dos horizontes das convocações da atualidade e do estar, fazer e atuar com Gestalt terapia? No nosso processo de crescimento e desenvolvimento carregamos uma biografia que é construída com a interação no mundo. Atualmente, essa forma de interação que sofre forte influência de tempos autoritários, denota um certo agir de forma a se enquadrar em parâmetros impostos pela superficialidade das relações, nutrindo-se somente de necessidades artificiais e não espontâneas do nosso organismo. Incorporamos ingredientes existenciais que não nos pertenciam e em uma era de necessidades estamos cada vez mais sendo absorvidos por ela. (Ponciano, 2017) Conforme Polster (2001) as nossas fronteiras rígidas e vivências nas existências estereotipadas nos limitam na tomada de consciência sobre as prioridades e a forma de viver mais fluida. E para atender as necessidades, que o organismo solicita, nos ajustamos criativamente a todo momento, porém muita das vezes esgotados. E essa energia que demandamos se dissipa para inúmeras necessidades. A ânsia por uma vida excelente, centrada somente no “ter” faz com que a relação psicoterapeuta consigo e com o mundo seja realizada somente na fronteira do Eu-isso, não fazendo contato com seu verdadeiro Eu. O reinventar-se do psicoterapeuta se faz no espaço que ele integra na sociedade, que nos convoca à autorregulação. Uma reconexão, de um vínculo perdido é considerável para redescobrir a sua identidade em evolução e de estar integrado se colocando diante de um novo fazer clínico. Na formação e pós-formação ainda dentro das expectativas geradas pelo psicoterapeuta, pontuo uma consideração de Hycner (1995) sobre a existência de um treinamento que aprisiona o terapeuta no seu abismo existencial, utilizando somente dessa a única forma de trabalho, não incorporando as qualidades relacionais. E mediante as incertezas e lacunas abertas do terapeuta, como podemos pensar e explorar uma nova essência para confirmar um aprendizado em Gestalt terapia de forma recíproca e genuína? Aproveitar o lado bom das demandas que recebemos sobre a utilização de um novo ritual, principalmente tecnológico, é valioso. Porém, o olhar para esses horizontes também nos oferece uma reflexão sobre a nossa atuação como profissionais. É o pensar sobre uma clínica que pode ser ampliada para além das paredes do consultório ou podemos dizer que seria um nadar contra a maré de toda uma inferência sobre somente “ter”. Na construção de um Gestalt terapeuta, as conexões com a natureza, o social e espiritual também se faz presente, onde sair do nosso lugar de privilégio se torna essencial para um belo fazer clínico. O caminho do autoconhecimento é importante para tornar-se consciente de uma beleza interior e além de si, expandindo a percepção do psicoterapeuta sobre também ser parte do mundo e de que forma saudável ele pode interagir com esse mundo. E o que ressoa no nosso fazer clínico? Como primordial, precisamos viver a Gestalt terapia para sermos Gestalt terapeutas.
Título do Evento
VIII Congresso de Gestalt-terapia do Estado de Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

ANDRADE, Amanda Mello. A GESTALT TERAPIA ATRAVÉS DO MOVIMENTO DA AUTORREGULAÇÃO.. In: Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Hotel Windsor Guanabara, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CGTRIO22/522075-A-GESTALT-TERAPIA-ATRAVES-DO-MOVIMENTO-DA-AUTORREGULACAO. Acesso em: 20/05/2025

Trabalho

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