O HTP NA GESTALT-TERAPIA: A VERSATILIDADE DOS TRAÇOS

Publicado em 23/12/2022 - ISBN: 978-85-5722-491-9

Título do Trabalho
O HTP NA GESTALT-TERAPIA: A VERSATILIDADE DOS TRAÇOS
Autores
  • Marcos Vinícius Guimarães Viana
  • Barbara Christina Chaves Portes
Modalidade
Tema livre
Área temática
1. FORMAÇÃO E PRÁTICAS CLÍNICAS: 1.2 Narrativas, intervenções e criatividade na clínica.
Data de Publicação
23/12/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cgtrio22/520065-o-htp-na-gestalt-terapia--a-versatilidade-dos-tracos
ISBN
978-85-5722-491-9
Palavras-Chave
Testes; Gestalt-Terapia; HTP; Desenhos
Resumo
O desenho é um dos meios de comunicação mais antigos, surgido antes mesmo da escrita e da leitura. Com o movimento sociocultural iniciado por Rousseau foi instaurado um interesse da psicologia com um novo olhar sobre a infância.Os Teóricos clássicos dividiram o desenvolvimento do desenho em estágios que os processos cognitivos e de interação são evidenciados. Luquet (1969) foi o pioneiro em descrever a evolução do desenho da criança em estágios. Piaget (1976) traçou cinco fases do desenvolvimento do desenho. O desenho foi inicialmente utilizado em testes psicológicos como medida para aspectos cognitivos e, posteriormente, como técnica projetiva. (De Oliveira, Grubits, 2019). O desenho revela conteúdos simbólicos, habilidades cognitivas artísticas, além de ser a forma de comunicação da criança. (De Oliveira, Grubits, 2019). É a partir do desenho que o sujeito expressa a ideia que tem de si mesmo, e a percepção a respeito das outras pessoas que convivem com ele. Também pode representar outros aspectos como preferências, pessoas vinculadas a ele, imagem ideal, padrões de hábitos, atitudes para com o examinador e a situação de testagem. O teste HTP foi criado por John Buck em 1949. Autorizado para uso no Brasil, através da Resolução do CFP, n. 002/2003.Tem como objetivo compreender aspectos da personalidade do indivíduo bem como a forma deste indivíduo interagir com as pessoas e com o ambiente. O HTP foi planejado para incluir, no mínimo, duas fases: A primeira é não estruturada, criativa e não-verbal ; A segunda fase envolve fazer uma série de perguntas relativas às associações do indivíduo sobre aspectos de cada desenho (Buck, 2003). Alguns detalhes podem ser observados: Casa: Quanto mais estruturada sua representação, mais adequadas são as condições de funcionamento do sujeito. Árvore: São analisados o tronco, copa, galhos, localização do desenho na página. Figura Humana: Está relacionada aos diferentes aspectos do self. Na correção são avaliados elementos como proporção do desenho em relação à folha, perspectiva, qualidade na linha e detalhes. De forma geral, esses podem informar como está o funcionamento de um indivíduo no contexto de seu nível de funcionamento esperado e sua capacidade para reconhecer elementos do dia a dia. (Da Silva et al, 2010). Na terapia em andamento, os desenhos podem refletir mudanças globais no estado psicológico de um indivíduo. (Buck, 2003). Em relação à atual versão brasileira do manual do HTP, observa-se a considerável escassez de informações no que se refere aos critérios para interpretação e à origem das associações propostas entre os itens dos desenhos e as psicopatologias. O desenho é um instrumento dialógico que favorece o encontro existencial, que é uma prerrogativa da Gestalt-terapia. Através do desenho o sujeito pode se comunicar, mostrar as formas que faz contato com o mundo e revelar que não está aware de si mesmo. Vai de uma visão de “o que” o sujeito desenha para “o como” o sujeito desenha, integrando aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Utilizado não somente como instrumento de investigação, mas também como intervenção terapêutica e facilitador no estabelecimento do vínculo contribuindo para o processo de atualização e de crescimento do cliente. Na Gestalt-terapia, o desenho pode ser utilizado como técnica, pois “facilita o acesso e a libertação de intensos afetos” (Sheperd, 1975, p. 303) e como experimento, pois “transforma o falar em fazer, as recordações estéreis e as teorizações em estar plenamente presente aqui, com a totalidade da imaginação, da energia e da excitação” (Zinker, 2007, p. 141), contribuindo para um suporte flexível, para o estabelecimento de vínculo, fundamentado no método fenomenológico. O método fenomenológico embasa todo trabalho com desenho em Gestalt-terapia que, além de ser o método básico da Gestalt-terapia, garante a autenticidade do vivido pelo cliente e impede que projeções do psicoterapeuta afetem o trabalho, comprometendo o processo.
Título do Evento
VIII Congresso de Gestalt-terapia do Estado de Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VIANA, Marcos Vinícius Guimarães; PORTES, Barbara Christina Chaves. O HTP NA GESTALT-TERAPIA: A VERSATILIDADE DOS TRAÇOS.. In: Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Hotel Windsor Guanabara, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CGTRIO22/520065-O-HTP-NA-GESTALT-TERAPIA--A-VERSATILIDADE-DOS-TRACOS. Acesso em: 01/05/2025

Trabalho

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