UM OLHAR DA GESTALT-TERAPIA PARA O LUTO DA CRIANÇA

PATRICIA BARRACHINA CAMPS; Maria Helena Pereira Franco

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Trabalho

Título do Trabalho

UM OLHAR DA GESTALT-TERAPIA PARA O LUTO DA CRIANÇA

Autores

PATRICIA BARRACHINA CAMPS
Maria Helena Pereira Franco

Modalidade

Minicurso

Área temática

5. SAÚDE MENTAL: UM OLHAR SOBRE AS DIVERSAS FORMAS DE EXISTIR: 5.3 Clínica do Luto: dores sem nome e seres não enlutáveis

Data de Publicação

23/12/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/cgtrio22/511745-um-olhar-da-gestalt-terapia-para-o-luto-da-crianca

ISBN

978-85-5722-491-9

Palavras-Chave

Luto da criança, Gestalt-terapia, luto na infância.

Resumo

O luto é uma experiência humana inegável e universal, especialmente quando se perde uma figura de apego importante, e seu enfrentamento pode trazer inúmeros sintomas físicos, psíquicos e sociais. A experiência de perda de pessoas na vida humana é inevitável. Amar implica em risco constante de perder o objeto do amor, mas pode ser considerado um preço justo pela possibilidade de uma vida calcada em um sentimento necessário ao existir humano com significado e sentido. Não raro o sentido dado à vida sofre uma crise e as relações com o ambiente também são questionadas. O processo de luto é uma experiência que rompe o conhecido e requer a constituição de uma nova forma, um recomeço que precisa ser alcançado, uma esperança que precisa ser resgatada. Sustentada na perspectiva gestáltica, podemos compreender luto como um processo contínuo de mudanças, no qual novos ajustamentos precisam ser criados para enfrentar o desequilíbrio causado pela experiência da perda, buscando a retomada dos processos autorregulatórios. No processo de luto da criança, a presença de um outro-suporte é fundamental para que a esta possa percorrer seus ciclos de contato e alcançar a satisfação de suas necessidades no enfrentamento do luto. A criança está em luto e muitas vezes os adultos que dela cuidam também estão, o que torna essa experiência ainda mais desafiadora. Em termos de prática clínica, o terapeuta se coloca em abertura à espera do outro-humano que o busca, na expectativa de que se revele, acolhendo os conteúdos, reconhecendo sua manifestação, em um processo de aceitação, confirmação e inclusão. Neste sentido, a intervenção terapêutica acompanha a expressão do brincar como linguagem para a criança comunicar, compreender e assimilar o vivido. No âmbito do trabalho realizado com crianças, estas precisam reconstruir sua percepção de mundo, relações e compreensão sobre a morte e o morrer, transformando a relação com a pessoa perdida e atribuindo sentido a esta experiência, inaugurando uma nova forma de ser-no-mundo. O presente minicurso tem por objetivo apresentar possibilidades de compreensão e intervenções terapêuticas no processo de luto da criança. Serão percorridos os fundamentos epistemológicos e conceitos fundamentais que sustentam a Gestalt-terapia, conjugado a estudos contemporâneos sobre o luto, sendo este curso acessível para participantes com nível básico de conhecimento na abordagem. Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica de teóricos da Gestalt-terapia e estudos em luto na contemporaneidade, destacando a importância da relação terapêutica e o encontro terapeuta-cliente por meio da linguagem dos símbolos e do brincar e como estes podem ser valiosos recursos na clínica de luto. Os resultados obtidos nesta revisão, bem como as vinhetas clínicas serão apresentadas, tecendo diálogos entre teoria e prática. Nos casos clínicos que serão apresentados, observou-se que as intervenções terapêuticas por meio do brincar atuaram como facilitadoras na comunicação terapêutica, permitindo a expressão de sentimentos sobre a experiência da perda, descoberta ou criação de recursos de enfrentamento e possibilidades de questionamentos acerca de dúvidas e inquietações sobre a morte e a vivência do luto. Ao vivenciar uma experiência de perda significativa, a criança pode precisar da intervenção terapêutica para ajudá-la em seu processo de elaboração do luto e é fundamental que o psicoterapeuta tenha conhecimento acerca da vivência do processo de luto, bem como compreenda o brincar como linguagem infantil neste enfrentamento, possibilitando intervenções que facilitem a elaboração do luto frente ao rompimento de um laço afetivo significativo e reconstrução de mundo e de uma nova forma de existir.

Título do Evento: VIII Congresso de Gestalt-terapia do Estado de Rio de Janeiro
Cidade do Evento: Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

CAMPS, PATRICIA BARRACHINA; FRANCO, Maria Helena Pereira. UM OLHAR DA GESTALT-TERAPIA PARA O LUTO DA CRIANÇA.. In: Anais do Congresso de Gestalt-terapia do Estado do Rio de Janeiro: existências anônimas - a Gestalt-terapia ocupando espaços de resistência. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Hotel Windsor Guanabara, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CGTRIO22/511745-UM-OLHAR-DA-GESTALT-TERAPIA-PARA-O-LUTO-DA-CRIANCA. Acesso em: 15/12/2025