USO DA TELEDERMATOLOGIA PARA APOIO AO DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE PELE NA ATENÇÃO BÁSICA EM SANTA CATARINA

Publicado em 22/05/2019 - ISBN: 978-85-5722-215-1

DOI
10.29327/cbtms9.145077  
Título do Trabalho
USO DA TELEDERMATOLOGIA PARA APOIO AO DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE PELE NA ATENÇÃO BÁSICA EM SANTA CATARINA
Autores
  • GISELE DAMIAN ANTONIO GOUVEIA
  • Harley Miguel Wagner
  • Bárbara Telino Soares
  • Daniel Holthausen Nunes
  • Cristina Calvo
  • Aldo von Wangenheim
Modalidade
Relato de Experiência
Área temática
Telemedicina e Telessaúde aplicadas à Gestão na Saúde
Data de Publicação
22/05/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cbtms9/145077-uso-da-teledermatologia-para-apoio-ao-diagnostico-de-lesoes-de-pele-na-atencao-basica-em-santa-catarina
ISBN
978-85-5722-215-1
Palavras-Chave
Telemedicina; Dermatología; Atenção básica
Resumo
A inserção da Teledermatologia no Sistema de Regulação da Dermatologia é uma iniciativa pioneira e inovadora, normatizada pela deliberação CIB 366/2013 da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de Santa Catarina. A Rede de Teledermatologia foi criada em agosto/2011, para realizar exames dermatológicos e receber laudo de um médico especialista sem que o paciente precise se deslocar do seu domicílio atrelado ao processo de regulação dos encaminhamentos, superando barreiras temporais, geográficas e otimizando recursos de forma a beneficiar mais pessoas em diferentes contextos. Dada a relevância da experiência, o objetivo desse resumo é caracterizar o uso da teledermatologia em fluxos de acesso ao nível especializado para qualificar os encaminhamentos em Dermatologia em Santa Catarina. Trata-se de um relato de experiência descritivo e exploratório, dada a partir do levantamento de laudos emitidos pelo Teledermatologia do Telessaúde Núcleo SC, por macrorregião, por município, por tipo e local de lesão, por classificação de risco da lesão. Foram incluídos laudos emitidos no período de 01/01/2018 a 31/12/2018. Em 2018, foram registrados 33.315 exames de teledermatologia no STT, provenientes das macrorregiões catarinenses: Vale e Foz do Itajaí (29,7%), Grande Florianópolis (20,5%), Norte e Nordeste (16,8%), Grande Oeste (14%), Sul (9,8%), Meio Oeste (5%) e Serra Catarinense (4,1%). Florianópolis, Joinville, Chapecó, São José, Balneário Camboriú, Lages foram responsáveis 50% dos exames. Dos 295 municípios catarinenses, 75,25% usam a teledermatologia, 1,3% não tem equipamentos, 2,3% devolveram ou tiveram os equipamentos roubados e 21% não acessaram o serviço. Dos 222 municípios que usam, 18% realizaram 1 a 10 exames/ano; 54% 11 a 100 e 28% acima de 100. As lesões identificadas: câncer (41,25%), psoríase (4,25%), hanseníase (0,39%) e outras dermatoses (54,09%). Local da lesão: cabeça (49,6%), tórax (36,7%), membros superiores (29,2%) e membros inferiores (19,11%). Entre as lesões mais graves, predominaram a classificação de Risco: Verde (40,71%), Branca (28,73%), Amarela (19,81%), Azul (10,73%) e Vermelha (0,02%). 64% dos pacientes são do sexo feminino, 40, 6% fototipo III, 53% tem entre 20-59 anos e 49% são trabalhadores nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza de área pública, de embelezamento e higiene, técnicos de enfermagem, operadores de máquinas para costura, representantes comerciais, vigilantes e vendedores de veículo. Entre as lesões mais graves com classificação de risco amarela, 63,16% com suspeita de câncer e 6,73% de psoríase que necessitam de atendimento especializado. Entre as lesões mais graves com classificação de risco azul, 77,27% com suspeita de outras dermatoses e 10,16% de psoríase que não precisariam ser encaminhados para a especialidade. Para os casos de câncer predominou pacientes do sexo feminino, com idade acima de 60 anos e com histórico mórbida na família e/ou pregressa. Para psoríase, indivíduos do sexo feminino, entre 20 a 59 anos de idade e sem história mórbida familiar e/ou pregressa. A Teledermatologia vem acontecendo de forma objetiva com foco na qualificação dos encaminhamentos para dermatologia para fortalecer a resolubilidade da AB. A implantação do fluxo que inclui a teledermatologia no acesso ao nível especializado contribuiu para redução do tempo de espera propiciado pela classificação de risco via STT, otimização do sistema público de saúde, redução de custos e logística envolvendo deslocamento de pacientes e acompanhantes para fora do município. Recomenda-se discutir temas emergentes relacionados à Tecnologia da Informação em Saúde atrelado a Rede de cuidado de pacientes crônicos, bem como estimular à adesão da teledermatologia como estratégia de apoio ao diagnóstico e priorização de lesões de pele para o encaminhamento à dermatologia em SC.
Título do Evento
9º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde - 9º CBTms
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do 9º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde - CBTms
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

GOUVEIA, GISELE DAMIAN ANTONIO et al.. USO DA TELEDERMATOLOGIA PARA APOIO AO DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE PELE NA ATENÇÃO BÁSICA EM SANTA CATARINA.. In: Anais do 9º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde - CBTms. Anais...São Paulo(SP) Transamerica Expo Center, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cbtms9/145077-USO-DA-TELEDERMATOLOGIA-PARA-APOIO-AO-DIAGNOSTICO-DE-LESOES-DE-PELE-NA-ATENCAO-BASICA-EM-SANTA-CATARINA. Acesso em: 09/05/2025

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