AVALIAÇÃO DAS TELECONSULTORIAS EM ORTOPEDIA SOLICITADAS NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE (SC)

Publicado em 22/05/2019 - ISBN: 978-85-5722-215-1

DOI
10.29327/cbtms9.145062  
Título do Trabalho
AVALIAÇÃO DAS TELECONSULTORIAS EM ORTOPEDIA SOLICITADAS NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE (SC)
Autores
  • Marcos Aurélio Maeyama
  • Ana Beatriz Altvater Biagio
  • Maria Carolina Albino Patiño
  • Luana Gabriele Nilson
  • Bárbara Heloisa Breidenbach Pupim
  • Cristina Calvo
  • Marlene Bonow Oliveira
Modalidade
Trabalho original
Área temática
Telemedicina e Telessaúde aplicadas à Gestão na Saúde
Data de Publicação
22/05/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cbtms9/145062-avaliacao-das-teleconsultorias-em-ortopedia-solicitadas-no-municipio-de-joinville-(sc)
ISBN
978-85-5722-215-1
Palavras-Chave
Telessaúde; Teleconsultoria; Monitoramento e Avaliação.
Resumo
Introdução: Com fila de espera estimada em dois anos para a consulta de Ortopedia para casos eletivos, o município de Joinville (SC), inseriu fluxo compulsório incluindo a teleconsultoria previamente ao encaminhamento à especialidade, em janeiro de 2016, em parceria com o Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina. Um primeiro estudo realizado em 2017, considerando os primeiros seis meses de implantação, demonstrou que 39% das solicitações de teleconsultoria tinham sugestão de manejo na Atenção Básica à Saúde (ABS), com impacto importante na redução da fila de espera para a consulta especializada. Objetivo: O objetivo do estudo foi reavaliar o fluxo de solicitações de teleconsultorias, um ano após seu início como forma de monitoramento do serviço. Método: Foi realizado estudo descritivo exploratório, no qual foi utilizada a base de dados do Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde, para coleta de informações das teleconsultorias de Ortopedia, realizadas pelos profissionais do município de Joinville entre janeiro e março de 2017. De um total de 1.460 teleconsultorias realizadas neste período, foi realizada amostragem sistemática, na qual foram admitidas 478 teleconsultorias. O intervalo de confiança mínimo admitido foi de 95%. Resultados: o estudo apresentou uma taxa de 18,8% de sugestão de manejo na ABS, com queda bastante expressiva se comparada com o estudo realizado nos meses iniciais de implantação. Nos fluxos compulsórios, é esperada a diminuição do percentual de manejo na ABS, uma vez que a teleconsultoria possui caráter formativo, o que implica, em alguns casos, na aprendizagem para resolução de problemas sem necessidade de encaminhamento ou solicitação de teleconsultoria. Já os casos mais complexos, mesmo que o médico da ABS já tenha certeza da necessidade de encaminhamento, a compulsoriedade determina o fluxo via teleconsultoria, pois ainda é possível a qualificação do encaminhamento com procedimentos prévios. Isso faz com que o percentual de encaminhamento se sobreponha ao de manejo na ABS, podendo justificar o decréscimo identificado na pesquisa. Porém, uma análise mais detalhada do conteúdo das teleconsultorias demonstrou que muitas com sugestão de encaminhamento apresentavam problemas ou queixas que, segundo a literatura disponível apresentada, teria sugestão de manejo na ABS, e sem qualquer situação singular que justificasse um possível agravamento do caso, como sinais de alerta, comorbidades ou tratamento prévio refratário. Além disso, foi apresentada discordância intra e inter-teleconsultores para casos semelhantes. Os resultados apontaram para a importância do processo contínuo de monitoramento, tanto no que se refere aos desdobramentos, quanto da qualidade das respostas das teleconsultorias. Ademais, foi identificada a necessidade da construção de protocolos clínicos que orientem previamente a conduta de médicos assistentes no manejo na ABS, parametrizados com a própria sugestão de manejo dada pelos teleconsultores, evitando inclusive contradições que acabam causando dúvidas nos médicos assistentes por posturas divergentes entre os teleconsultores. Além disso, a construção de protocolos de acesso à Atenção Especializada (AE) também pode diminuir as diferenças de conduta quanto aos desfechos esperados para os problemas mais prevalentes. O estabelecimento de critérios mínimos estabelece quais as situações em que o manejo deve ser realizado pela ABS ou pela AE. Nesse sentido, o Núcleo de Telessaúde deu início à construção de protocolos clínicos e de acesso em 2018, como forma de qualificar a integração da Teleconsultoria à Regulação. Conclusões: A construção de protocolos clínicos e de acesso, não concorre com o fluxo compulsório de teleconsultoria, muito pelo contrário, eles também são instrumentos de qualificação do fluxo entre ABS e AE, pois, integrados à Teleconsultoria, representam a qualificação do processo de atenção como um todo, dando clareza aos fluxos e ao compartilhamento de responsabilidades dentro da rede de atenção.
Título do Evento
9º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde - 9º CBTms
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do 9º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde - CBTms
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

MAEYAMA, Marcos Aurélio et al.. AVALIAÇÃO DAS TELECONSULTORIAS EM ORTOPEDIA SOLICITADAS NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE (SC).. In: Anais do 9º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde - CBTms. Anais...São Paulo(SP) Transamerica Expo Center, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cbtms9/145062-AVALIACAO-DAS-TELECONSULTORIAS-EM-ORTOPEDIA-SOLICITADAS-NO-MUNICIPIO-DE-JOINVILLE-(SC). Acesso em: 12/07/2025

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