“MUITO PODE A MULHER EM PROL DA MORALIZAÇÃO DOS COSTUMES”: A CASA MATERNAL MELLO MATTOS E A “ARTE DE SER MÃE” (1924-1942)

Publicado em 14/01/2025 - ISBN: 978-65-272-1084-9

Título do Trabalho
“MUITO PODE A MULHER EM PROL DA MORALIZAÇÃO DOS COSTUMES”: A CASA MATERNAL MELLO MATTOS E A “ARTE DE SER MÃE” (1924-1942)
Autores
  • Bruna Bottino da Silva
  • Marcele dos Santos Ribeiro Malaquias
Modalidade
Comunicação Individual
Área temática
Eixo Temático 01 - Políticas e instituições educativas
Data de Publicação
14/01/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cbhe2024/841679-muito-pode-a-mulher-em-prol-da-moralizacao-dos-costumes--a-casa-maternal-mello-mattos-e-a-arte-de-ser-mae-(19
ISBN
978-65-272-1084-9
Palavras-Chave
Casa Maternal Mello Mattos, Crimes contra Honra, Infância
Resumo
O trabalho tem como objetivo analisar o projeto de criação e implementação da Casa Maternal Mello Mattos, na cidade do Rio de Janeiro, durante o período de 1924 a 1942. O recorte temporal justifica-se pela criação do Primeiro Juízo Privativo de Menores Abandonados e Delinquentes da cidade do Rio de Janeiro no ano de 1924, responsável pela fiscalização e assistência dos assuntos relacionados aos menores abandonados e delinquentes; pelo processo de implementação do Primeiro Código de Menores do Brasil, em 1927 até 1942, quando foi prevista a necessidade de revisar o Código de Menores como uma medida provisória, que culminou no Serviço de Assistência a Menores (SAM), que assumiu o papel de amparar socialmente os menores carentes, abandonados e infratores, mudando assim a maneira como a assistência aos menores era realizada (Gandini Jr, 2007, p. 2). Fundada em 24 de dezembro de 1924, em homenagem ao juiz de Menores José Cândido de Albuquerque Mello Mattos, a Casa Maternal previa funcionar como um ambiente acolhedor para crianças abandonadas da primeira infância, de 0 a 7 anos de idade e para dar auxílio às meninas-mães. Buscaremos analisar também, o  correlacionar da Casa Maternal com outras instituições assistenciais, como a  Casa das Mãezinhas e o Recolhimento Infantil Arthur Bernardes. A Casa tinha como diretora Francisca Barroso de Mello Mattos e subdiretora, Abiah do Rego e era administrada pela congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. A instituição se localizava na capela da Chácara da Cabeça, Rua Faro, 80, bairro do Jardim Botânico, local onde a primeira comunhão e casamentos das menores eram realizados, por serem considerados atos de fortalecimento às ações de beneficência. Essas celebrações demonstram como o ambiente previa uma regeneração moral das mãezinhas e crianças, ao serem recolhidas às meninas vítimas de crimes contra a honra, o  juiz de menores colaborava em todo o processo de casamento, diminuindo ou deixando sem custo algum os documentos. A problemática por trás dessa celebração era que muitas vezes o juiz usava de aparatos jurídicos para fazer o violentador se casar, assim como por muitas vezes as meninas eram forçadas a se casar em prol da moral da família. Em busca de mapear as ações promovidas pela Casa, foi realizado um levantamento na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional dando destaque aos periódicos: A Cruz: Orgão de Parochia de S. João Baptista (RJ), Vida Doméstica, O Jornal, Jornal do Brasil, O Paiz, Correio da Manhã, A Manhã, entre outros. A análise permitiu perceber a Casa Maternal Mello Mattos como um elemento empregado para a promoção da caridade na arte de ser mãe, promovendo assim cursos de puericultura organizados pelas meninas asiladas em conjunto com a Legião Brasileira de Assistência, assim como anúncios que circulam pela imprensa carioca oferecendo o trabalho das mãezinhas com costura, assim como as confluências do campo científico, médico e jurídico na maternidade (Freire, 2008).
Título do Evento
XII Congresso Brasileiro de História da Educação
Cidade do Evento
Natal
Título dos Anais do Evento
Anais do XII Congresso Brasileiro de História da Educação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Bruna Bottino da; MALAQUIAS, Marcele dos Santos Ribeiro. “MUITO PODE A MULHER EM PROL DA MORALIZAÇÃO DOS COSTUMES”: A CASA MATERNAL MELLO MATTOS E A “ARTE DE SER MÃE” (1924-1942).. In: Anais do XII Congresso Brasileiro de História da Educação. Anais...Natal(RN) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cbhe2024/841679-MUITO-PODE-A-MULHER-EM-PROL-DA-MORALIZACAO-DOS-COSTUMES--A-CASA-MATERNAL-MELLO-MATTOS-E-A-ARTE-DE-SER-MAE-(19. Acesso em: 20/05/2025

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