APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA MEDICINA: ESTADO DA ARTE

Publicado em 23/12/2021 - ISBN: 978-65-5941-500-7

Título do Trabalho
APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA MEDICINA: ESTADO DA ARTE
Autores
  • Ednaldo Queiroga Filho
  • Cláudio Galeno de Oliveira Queiroga de Lima
  • Maysa Kevia Linhares Dantas Queiroga
  • Nicole Almeida Ventura Queiroga
  • Ednaldo Queiroga de Lima
  • Ramirez Weber Lima Mota
Modalidade
Artigos Originais e Revisões (Sistemática, Integrativa e Narrativa)
Área temática
HORA CIENTÍFICA
Data de Publicação
23/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/caemed2021/439759-aplicacao-da-inteligencia-artificial-na-medicina--estado-da-arte
ISBN
978-65-5941-500-7
Palavras-Chave
Inteligência Artificial, Auxilio em Diagnóstico, Cardiologia, Clínica Médica.
Resumo
Introdução: Nos dias de hoje muitas tecnologias surgem para tentar auxiliar a prática médica, bem como auxiliar no diagnóstico. Um grande desenvolvimento tem sido feito através da aplicação da Inteligência Artificial na medicina. A Inteligência Artificial (IA) é um ramo da Ciência da Computação que tem como objetivo imitar o processamento de pensamento humano, tornando as aplicações de Inteligência Artificial na medicina as mais diversas possíveis. Objetivo: O presente estudo, através de uma revisão bibliográfica extensa, realizou uma análise sobre a Aplicação da Inteligência Artificial na medicina, em diversos campos como clínica médica, cardiologia, radiologia e dermatologia, assim como na avalição de riscos de surgimento de doenças, cuidados com pacientes, entre outros, e com isso poder demonstrar o estado da arte dessas aplicações nos dias atuais. Materiais e Métodos: A revisão bibliográfica teve como tema Aplicação de Inteligência Artificial na Medicina, que se faz muito importante nos dias atuais, visto que muitas dessas aplicações são desconhecidas no Brasil e podem trazer muitos benefícios não só para o paciente, mas também para os médicos. Um tema que se fez interessante de analisar foi principalmente as aplicações como auxilio para diagnósticos de doenças cardiovasculares, e analisou-se também aplicações em cuidados com pacientes, análise de riscos de surgimento e diagnóstico de patologias, bem como aliviar ou reduzir as complicações de algumas patologias. Dessa forma, a revisão bibliográfica fez valer-se das bases de dados da SciELO, Google Scholar e PubMed. Utilizaram-se os termos descritores a seguir: “Inteligência Artificial na Medicina”, “Doenças Cardiovasculares”, “Desafio e Analise”, “Impacto”, bem como os seus correspondentes em inglês, sendo analisado apenas os artigos encontrados que foram publicados entre os anos 2017 e 2021. Discussão: No meio médico já são usadas várias inteligências artificiais (Amisha, 2019), esse uso compreende desde agendamento de consultas online até o controle do tratamento farmacológico de pacientes, incluso alertando os pacientes para efeitos adversos das dosagens de suas medicações. Pesquisas recentes mostraram que os principais usos (Becker, 2019) da IA são: avaliação dos riscos de desenvolvimento de doenças e estimação do sucesso de seu tratamento, antes mesmo de inicia-lo; gerenciamento ou alivio de complicações; auxilio no cuidado com pacientes durante o tratamento ou procedimento; e por último na elucidação ou mecanismo de ação de uma patologia juntamente com o tratamento. Para realizar essas tarefas a IA utiliza de equações matemáticas, Machine Learning (Buch, 2018), e redes neurais, e dessa forma consegue simular o pensamento humano e a cada nova interação “aprender”, com isso, ao processar milhões de amostras (casos clínicos) é possível que tenha uma aprendizagem que nenhum médico talvez consiga atingir em vida. Também observou-se o uso de IA em robôs (Hamet, 2017) para auxilio médico, através dos quais podem beneficiar os médicos e os pacientes com indicações para intervenções cirúrgicas de forma mais precisa e menos invasiva, outra forma de utilização desses robôs foi feita por japoneses que os utilizou como cuidador de idosos. No âmbito da radiologia (Mintz, 2019), pode-se observar a utilização da IA com tarefas de reconhecimento de imagens, através de seus algoritmos foi possível agilizar diagnósticos, aumentar a visualização de processos patológicos, alertar casos emergenciais e principalmente suprir a carga de poder humano que está deficiente no campo da radiologia. Idealmente uma IA tem capacidade de abranger uma população considerável (Buch, 2018), principalmente em regiões onde há a falta de médicos. Embora as IA possuam um poder muito grande, ainda há possíveis falhas que devem ser consideradas, alguns problemas foram levantados por pesquisadores (Yu K-H, 2018), verificou-se problemas como dificuldade de identificar e atualizar os parâmetros que descrevem o ambiente que a IA irá atuar, confiança na performance da IA, amplificação dos vieses através de dados históricos e a quebra do fluxo de trabalho do médico. Diversas soluções são discutidas para os problemas levantados, na qual envolve um papel do médico como intermediador para o melhoramento da precisão da IA, também seria necessário um maior treinamento por parte do médico e dos pacientes, a criação de uma base de dados para melhor treinamento da IA, e uma reorganização do fluxo de trabalho para que a IA se encaixe dentro do processo de decisão médica. De acordo com alguns pesquisadores (Ahuja, 2019) em um futuro próximo a IA será uma parte do dia a dia do médico, em especial do radiologista e do dermatologista (Becker, 2019), onde a análise de imagens poderá ajudar a aumentar o diagnóstico correto de diversas patologias, incluindo câncer de mama e pele, por exemplo. Uma área que chama a atenção são as aplicações dentro do campo da cardiologia (Kirttanawong, 2017; Cho, 2020; Wu C-C, 2019; Joloudari, 2021), na qual podemos observar aplicações com um maior nível de precisão e que envolve diversos fatores para suas aplicações, como analisar dieta, estilo de vida, genética, microbiota gastrointestinal, presença de comorbidades e outros, para o cálculo de risco cardiovascular, bem como analise de ECG reconhecendo enfermidades coronárias como infarto agudo do miocárdio e anginas (estáveis ou instáveis). Na utilização da IA para cardiologia encontrou-se uma precisão em certos casos próximos a 100%. Para tais aplicações é interessante sempre que haja a supervisão médica, para confirmação do diagnóstico, como também a criação de alarmes ou alertas para que as pessoas responsáveis sejam avisadas a tempo para que possam tomar as medidas necessária e evitar a morte do paciente. Conclusão: A implementação da Inteligência Artificial mostra ter um alto potencial para o melhoramento do dia a dia do médico, bem como dos pacientes. Com possibilidades de diagnósticos mais precisos, intervenções cirúrgicas melhoradas e o avanço no cuidado com o paciente, a IA mostra a necessidade de sua implementação no Brasil, onde poucos artigos relevantes foram encontrados sobre suas aplicações. Através do levantamento bibliográfico fica evidente o quão avançado estão as aplicações da IA no mundo, e o quanto ainda há a se desenvolver. Com isso, podemos dizer que em um futuro próximo teremos na prática médica a presença da inteligência artificial. Referências Bibliográficas 1. Amisha, Malik P., Pathania M., Rathaur V. K.. Overview of artificial intelligence in medicine. Journal of Family Medicine and Primary Care, 2019; 9:2328-2331. 2. Becker A.. Artificial intelligence in medicine: What is it doing for us today? Health Policy and Technology. 2019;8(2):198–205. 3. Buch V. H., Ahmed I., Maruthappu M.. Artificial intelligence in medicine: current trends and future possibilities. British Journal of General Practice [Internet]. 2018;68(668):143–4. 4. Hamet P., Tremblay J.. Artificial intelligence in medicine. Metabolism. 2017; 69:S36–40. 5. Mintz Y., Brodie R.. Introduction to artificial intelligence in medicine. Minimally Invasive Therapy & Allied Technologies. 2019; 28(2):73–81. 6. Yu K-H., Kohane I. S.. Framing the challenges of artificial intelligence in medicine. BMJ Quality & Safety. 2018; 28(3):238–41. 7. Ahuja A. S.. The impact of artificial intelligence in medicine on the future role of the physician. PeerJ. 2019;7:e7702. 8. Krittanawong C., Zhang H., Wang Z., Aydar M., Kitai T.. Artificial Intelligence in Precision Cardiovascular Medicine. Journal of the American College of Cardiology. 2017; 69(21):2657–64. 9. Cho Y., Kwon J., Kim K-H., Medina-Inojosa J. R., Jeon K-H., Cho S., Lee S. Y., Park J., Oh B-H.. Artificial intelligence algorithm for detecting myocardial infarction using six-lead electrocardiography. Scientific Reports. 2020;10(1):1-10. 10. Wu C-C., Hsu W-D., Islam Md. M., Poly T. N., Yang H-C., Nguyen P-A., Wang Y-C., Li Y-C. J.. An artificial intelligence approach to early predict non-ST-elevation myocardial infarction patients with chest pain. Computer Methods and Programs in Biomedicine. 2019; 173:109–17. 11. Joloudari J. H., Mojrian S., Nodehi I., Mashmool A., Zadegan Z. K., Shirkharkolaie S. K., et al. A Survey of Applications of Artificial Intelligence for Myocardial Infarction Disease Diagnosis. arXiv:210706179. 2021:1-18.
Título do Evento
I CAEMED - Congresso de Atualidades em Educação Médica
Título dos Anais do Evento
Congresso de Atualidades em Educação Médica: Anais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FILHO, Ednaldo Queiroga et al.. APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA MEDICINA: ESTADO DA ARTE.. In: Congresso de Atualidades em Educação Médica: Anais. Anais...Curitiba(PR) CAEMED, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/caemed2021/439759-APLICACAO-DA-INTELIGENCIA-ARTIFICIAL-NA-MEDICINA--ESTADO-DA-ARTE. Acesso em: 24/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes