ARQUITETURAS DOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ: ENTRE OS AFRICANISTAS E CRIOULISTAS

Fábio Macedo Velame

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Resumo

Título do Trabalho

ARQUITETURAS DOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ: ENTRE OS AFRICANISTAS E CRIOULISTAS

Autores

Fábio Macedo Velame

Modalidade

Artigo

Área temática

Eixo Temático 1 - Fundamentos Teóricos e Metodológicos | Trabalhos que explorem, em perspectiva crítica, histórica ou contemporânea, teorias, conceitos e/ou métodos mobilizados ou propostos no campo da arquitetura vernácula ou popular.

Data de Publicação

15/12/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/arqvernapop/395715-arquiteturas-dos-terreiros-de-candomble--entre-os-africanistas-e-crioulistas

ISBN

978-65-5941-479-6

Palavras-Chave

negritude; afro-arquitetura; terreiros; candomblé; cidade.

Resumo

O presente trabalho problematiza as análises, caracterizações, reflexões, e definições sobre as arquiteturas dos Terreiros de Candomblé da Bahia que foram elaborados por historiados, sociólogos, antropólogos do final do século XIX até a contemporaneidade. Esse trabalho apresenta a questão central: ‘’Como os estudos afro-brasileiros problematizaram a arquitetura de Templos Religiosos de Matrizes Africanas?’’ Nesse víeis buscamos fazer através do método genealógico e comparativo uma busca de como os autores dos Estudos Afro-brasileiros trataram a arquitetura dos Terreiros de Candomblé. Foram estudados os seguintes autores das ciências sociais e humanas: Nina Rodrigues, Edson Carneiro, Pierre Verger, Roger Bastide, Juana Elbein Santos, Raul Lody, Jussara Rego, Kátia Matoso, João Reis, Jocélio Teles, Muniz Sodré, Ulisses Rafael, Júlio Braga, Louis Marcelin. A partir desses autores verificou-se duas grandes vertentes da abordagem das Arquiteturas de Terreiros de Candomblé: a africanista; e a crioulista. A vertente Africanista se desenvolveu do final do século XIX até os anos de 1980 e apresenta as seguintes características: continuidade das práticas culturais africanas no novo mundo; estudos comparativos entre o Brasil e a África em busca das permanências, as origens e referências africanas; resistência cultural, religiosa, artística e lingüística; a busca do mesmo, do igual e do idêntico; romantização do negro no novo mundo; a defesa da idéia de que o candomblé foi institucionalizado pelos africanos; a posição de que as Arquiteturas dos Terreiros de Candomblé pautavam-se em modelos, formas referências e tipologias. A vertente Crioulista se desenvolveu dos meados dos anos de 1980 a contemporaneidade e apresenta as seguintes características: resignificação, reinvenção, adaptações culturais africanas no Novo Mundo; criações e invenções do negro no Brasil em seu novo contexto social; interações culturais do africano com outras etnias africanas, indígenas e européias; estudos comparativos entre o Brasil e África em busca dos elementos em comuns, mas também, e, principalmente, as distinções entre práticas culturais africanas e afro-brasileiras; a proposição de que o Candomblé foi institucionalizado pelos Crioulos (filhos de africanos nascidos no Brasil); a defesa de que as Arquiteturas dos Terreiros de Candomblé apresentam transformações (espaço-temporalidades), redes, diversidades de configurações espaciais.

Título do Evento: 3º Seminário Arquitetura Vernácula/Popular
Título dos Anais do Evento: Anais do Seminário Arquitetura Vernácula/Popular
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

VELAME, Fábio Macedo. ARQUITETURAS DOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ: ENTRE OS AFRICANISTAS E CRIOULISTAS.. In: Anais do Seminário Arquitetura Vernácula/Popular. Anais...Salvador(BA) Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFBA, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/arqvernapop/395715-ARQUITETURAS-DOS-TERREIROS-DE-CANDOMBLE--ENTRE-OS-AFRICANISTAS-E-CRIOULISTAS. Acesso em: 29/06/2025