VALE DO ANHANGABAÚ: RENOVAÇÕES, REQUALIFICAÇÕES, REUTILIZAÇÕES, (RE) GENTRICAÇÕES E A PERDA DA PAISAGEM E MEMÓRIA URBANA.

Publicado em 27/12/2021

Título do Trabalho
VALE DO ANHANGABAÚ: RENOVAÇÕES, REQUALIFICAÇÕES, REUTILIZAÇÕES, (RE) GENTRICAÇÕES E A PERDA DA PAISAGEM E MEMÓRIA URBANA.
Autores
  • Daniel dos Santos Cardoso
Modalidade
Resumo
Área temática
Eixo temático 4 – A via crítica do patrimônio: trajetórias e perspectivas - Patrimônio e valores: a perspectiva crítica; A trajetória das políticas de preservação: entre o lembrar e o esquecer; Atores e agentes do patrimônio e sua ação ao longo do tempo; Arquivos e historiografia da arquitetura: a constituição do corpus patrimonial; A emergência da cidade como objeto de preservação; Intervenções sobre o patrimônio protegido: métodos e perspectivas.
Data de Publicação
27/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/arqedoc2021/395791-vale-do-anhangabau--renovacoes-requalificacoes-reutilizacoes-(re)-gentricacoes-e-a-perda-da-paisagem-e-memoria
ISSN
Palavras-Chave
Paisagem e memoria urbana; patrimônio histórico; requalificação urbana; gentrificação.
Resumo
Em uma aula sobre requalificações urbanas na matéria de técnica retrospectiva, observou-se no Vale do Anhangabaú a presente alteração da memória e da paisagem urbana em todos os projetos executados. Do primeiro de Joseph-Antoine Bouvard em 1920 com paisagismo moldado com ideais dos bulevares franceses buscando também ser um salão de entrada para à cidade de São Paulo. Assim como do sistema viário que o substituiu em menos de 30 anos, com avenidas e uma pista subterrânea que foi denominada de Buraco do Adhemar (ARCHDAILY, 2020). E da retomada do espaço, onde a EMURB buscou diversas vezes a criação de um projeto para o Vale, chegando até a contratar o arquiteto Artigas em 1974, contudo sem êxito, pois havia a necessidade de conciliar o rio Ribeirão Anhangabaú, o sistema viário presente e o uso pedonal com a recuperação das áreas verdes. E isto foi observado no concurso nacional para o projeto Anhangabaú. Do qual ganhou o projeto liderado pelos arquitetos Jorge Wilheim e Rosa Kliass (HEREÑÚ, 2007). Sua inauguração ocorreu em 1992. Tinha-se a ideia de que o projeto seria algo que revolucionasse os espaços públicos, o que em certo ponto foi, afinal muitas manifestações foram realizadas no ambiente. Contudo seu uso pedonal foi algo questionado nos anos seguinte a sua inauguração, pelo grande porte do parque e as rotas do calçadão dificultar um pouco o uso, além de ainda ocorrerem inundações (HEREÑÚ, 2007). Desse modo, em 2007 Jan Gehl foi contratado pelo ITDP Brasil para realizar um estudo sobre possíveis ações de melhorias. Consequentemente foi elaborado “Revitalizando o centro da cidade de São Paulo – Estratégias para o Anhangabaú e Quadra das Artes” um instrumento que redigiu ações para a realização do novo projeto do Anhangabaú. Iniciando um novo processo de licitações e projetos para recuperar uma área que ao passar dos anos sofreu com a desvalorização e a crescente insegurança que permeiam os grandes centros urbanos. O escritório licitado para o novo projeto foi o PJJ Manucelli. Sua inauguração ocorreu neste ano, mesmo com várias controvérsias visto que o ambiente novamente teve o apagamento de boa parte de seus espaços, com custos elevados, pela falta de mais áreas com paisagismo e de convívio entre os usuários (LABCIDADE, 2020). De tal maneira, pela quantidade de projetos em um curto período se é visto que há uma complexidade para examinar as gentrificações ocorridas, também como a perda da paisagem e memória urbana imensurável, mesmo constando grandes nomes da arquitetura brasileira e internacional nos projetos estudados, o Vale que também é símbolo das alterações ocorrida no município, além de outras questões como seu tombamento, ocorrido no projeto Wilheim/Kliass pela resolução n° 37/92 do CONPRESP. O Vale do Anhangabaú agora com operações de parceria público privada onde também se é visto inconsistências e um certo receio por projetos anteriores, ainda se contém um debate acalorado, restando apenas aguardar para futuras ações pós pandemia.
Título do Evento
7º SEMINÁRIO IBERO-AMERICANO ARQUITETURA E DOCUMENTAÇÃO
Título dos Anais do Evento
Anais do 7º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARDOSO, Daniel dos Santos. VALE DO ANHANGABAÚ: RENOVAÇÕES, REQUALIFICAÇÕES, REUTILIZAÇÕES, (RE) GENTRICAÇÕES E A PERDA DA PAISAGEM E MEMÓRIA URBANA... In: Anais do 7º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação. Anais...Belo Horizonte(MG) ON LINE, 7. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/arqedoc2021/395791-VALE-DO-ANHANGABAU--RENOVACOES-REQUALIFICACOES-REUTILIZACOES-(RE)-GENTRICACOES-E-A-PERDA-DA-PAISAGEM-E-MEMORIA. Acesso em: 02/08/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes