VESÍCULAS EXTRACELULARES PLASMÁTICAS COMO POTENCIAIS BIOMARCADORES NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: ANÁLISE DE SUA RELAÇÃO COM IMUNOSSUPRESSÃO E ATIVIDADE DA DOENÇA

Publicado em 06/08/2025 - ISSN: -

Título do Trabalho
VESÍCULAS EXTRACELULARES PLASMÁTICAS COMO POTENCIAIS BIOMARCADORES NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: ANÁLISE DE SUA RELAÇÃO COM IMUNOSSUPRESSÃO E ATIVIDADE DA DOENÇA
Autores
  • Ana Patricia de Almeida Lemos
  • Suellen da Costa Fonseca
  • Lilian Santos Da Silva Alves
  • Rodrigo Gáudio
  • Katia Lino Baptista
  • ALICE RAMOS SILVA
  • Fernanda Barros Aragão
  • Andrea Alice Silva
  • Thalia Medeiros Tito Avelar
  • Mauro Jorge Cabral-Castro
Modalidade
Resumo
Área temática
Outros
Data de Publicação
06/08/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/anaisfisiopat/1094482-vesiculas-extracelulares-plasmaticas-como-potenciais-biomarcadores-no-lupus-eritematoso-sistemico--analise-de-su
ISSN
-
Palavras-Chave
Vesículas extracelulares, lúpus eritematoso sistêmico, biomarcador
Resumo
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e sistêmica, que apresenta períodos de atividade e remissão, patogênese complexa e manifestações clínicas variáveis. As vesículas extracelulares (EVs) são nanopartículas liberadas por diferentes tipos celulares em condições fisiológicas e patológicas, envolvidas em diversos processos biológicos. Por suas características, as EVs têm sido amplamente estudadas como potenciais biomarcadores de ativação e lesão celular, sendo crucial esclarecer seu envolvimento no LES. Objetivo: Investigar EVs plasmáticas, derivadas de leucócitos e plaquetas, em pacientes com LES usando diferentes métodos de detecção de EVs. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, onde avaliamos 43 amostras de plasma obtidas de pacientes com LES atendidos no ambulatório do Hospital Universitário Antônio Pedro (Niterói, RJ), e 13 amostras de indivíduos sem LES (nLES) para grupo controle. A atividade da doença foi determinada pelo Índice de Atividade da Doença do LES (SLEDAI-2K) sendo os pacientes estratificados em LES inativo (SLEDAI-2K = 0), baixa atividade (SLEDAI-2K = 1-4) e moderada/alta atividade (SLEDAI-2K = 5). Avaliamos ainda a influência da imunossupressão sobre as EVs plasmáticas, considerando como doses imunossupressoras: prednisona = 20 mg/dia, azatioprina > 2 mg/kg/dia, micofenolato >1g/dia, metotrexato = 20 mg/semana e qualquer dose de ciclofosfamida. As EVs plasmáticas foram isoladas por centrifugação diferencial, seguida da análise de rastreamento de nanopartículas pelo ZetaView® a fim de avaliar seu tamanho e perfil de distribuição, assim como foi avaliada pelo ELISA in house para identificar a origem das EVs, utilizando a citometria de fluxo como método de referência. Resultados: Dentre os 43 pacientes com LES, 40 (93%) eram do sexo feminino, com mediana de idade de 42 (IC 95%: 31-53) anos. A principal comorbidade observada foi hipertensão (48,8%) e 62,8% dos pacientes faziam uso de prednisona no momento da coleta. O ELISA in house e a citometria de fluxo foram capazes de detectar EVs plasmáticas derivadas de plaquetas (p=0,001) e EVs derivadas de leucócitos (p=0,0009), respectivamente, em pacientes com LES. A análise da curva ROC mostrou um bom desempenho do ELISA in house em discriminar EVs derivadas de plaquetas (AUC=0,8; p=0,01) em indivíduos com LES. Já a citometria de fluxo apresentou melhor desempenho na análise das EVs totais (AUC= 0,71; p=0,04) e EVs leucocitárias (AUC=0,85; p=0,002). A análise pelo NTA mostrou uma contagem de nanopartículas e perfil de tamanho semelhantes entre os grupos. Não encontramos relação entre SLEDAI-2K e EVs plasmáticas, porém identificamos contagens elevadas de EVs derivadas de leucócitos (p = 0,01) nos pacientes em terapia imunossupressora. Conclusão: Nossos dados mostram que os pacientes com LES apresentam níveis elevados de EVs plasmáticas independente da atividade da doença mensurada pelo SLEDAI-2K, sugerindo que EVs plasmáticas têm forte potencial como biomarcadores de inflamação no LES, além de serem influenciadas por estados de imunossupressão.
Título do Evento
III Congresso de Fisiologia e Patologia
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Fisiologia e Patologia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LEMOS, Ana Patricia de Almeida et al.. VESÍCULAS EXTRACELULARES PLASMÁTICAS COMO POTENCIAIS BIOMARCADORES NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: ANÁLISE DE SUA RELAÇÃO COM IMUNOSSUPRESSÃO E ATIVIDADE DA DOENÇA.. In: Anais do Congresso de Fisiologia e Patologia. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Fiocruz, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/anaisfisiopat/1094482-VESICULAS-EXTRACELULARES-PLASMATICAS-COMO-POTENCIAIS-BIOMARCADORES-NO-LUPUS-ERITEMATOSO-SISTEMICO--ANALISE-DE-SU. Acesso em: 17/08/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes