TRATAMENTO DE GRANULOMA PERIAPICAL EM REGIÃO DE MAXILA ESQUERDA- RELATO DE CASO.

Publicado em 22/04/2024 - ISSN: 2965-9876

Título do Trabalho
TRATAMENTO DE GRANULOMA PERIAPICAL EM REGIÃO DE MAXILA ESQUERDA- RELATO DE CASO.
Autores
  • Laura Maria Pereira de Carvalho
  • Haressa Viana Cavalcante
  • Sérgio De Araujo Marques Filho
  • Joyce Magalhães de Barros
  • Clarissa Campelo
  • Carlos Nicolau Feitosa de Albuquerque Lima Babadopulos
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial
Data de Publicação
22/04/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/anais-universo-ateneu/774414-tratamento-de-granuloma-periapical-em-regiao-de-maxila-esquerda--relato-de-caso
ISSN
2965-9876
Palavras-Chave
granuloma periapical, marssupialização, necropulpectomia, patologia oral
Resumo
Introdução. O granuloma periapical pode ser definido como a formação de uma massa de tecido de granulação com inflamação crônica ou subaguda na extremidade de um dente necrosado. Tal lesão é uma resposta imune secundária que ocorre como resultado da presença de uma infecção microbiana no conduto radicular, acompanhada da disseminação de substâncias tóxicas na região apical. Devido à resposta inflamatória, são ativados os osteoclastos, provocando a reabsorção de tecidos duros e a destruição de tecidos periapicais adicionais. Além disso, a presença de materiais estranhos, como guta percha utilizada para obturação dos canais, cones de papel, fibras de algodão e suturas cirúrgicas, podem desencadear a formação de um granuloma que contém células gigantes de corpo estranho. Esses corpos estranhos podem favorecer à infecção de várias maneiras, uma vez que podem servir como fonte de biofilme bacteriano. O granuloma periapical pode ser dividido em dois estágios distintos. Na primeira fase, ocorre uma inflamação aguda inicial que resulta em dor latejante persistente. Os dentes afetados geralmente respondem negativamente aos testes de vitalidade ou apresentam uma resposta positiva tardia. Em contraste, na forma crônica, que representa a maioria dos casos de granuloma periapical, os dentes afetados geralmente são assintomáticos e não reagem aos testes pulpares térmicos e elétricos. Radiograficamente, essa condição é caracterizada por uma imagem radiolúcida na região periapical do dente afetado, variando de mal a bem definida. O diagnóstico diferencial mais comum é o cisto periapical, devido às suas semelhanças clínicas e radiográficas. O padrão radiográfico pode ser praticamente idêntico ao do granuloma periapical. No entanto, é importante observar que, em muitos casos, os cistos periapicais tendem a alcançar tamanhos maiores do que os granulomas periapicais. Os cistos periapicais são caracterizados por uma cavidade patológica que é totalmente revestida por um epitélio escamoso estratificado não queratinizado de espessura variável. Já os granulomas periapicais são compostos por tecido de granulação inflamatória, cercado por uma parede de tecido conjuntivo fibroso. O tecido de granulação geralmente exibe uma infiltração linfocítica de densidade variável, frequentemente misturada com neutrófilos, plasmócitos, histiócitos e, em menor frequência, mastócitos e eosinófilos. Além disso, em algumas situações, podem ser observados corpúsculos de Russel e corpúsculos de pironina na lesão. A distinção precisa entre essas patologias é desafiadora, mesmo com o uso de novas técnicas radiográficas, como a tomografia computadorizada de feixe cônico. A Marsupialização, descompressão e operação de Partsch são procedimentos cirúrgicos que envolvem a criação de uma abertura ou janela na parede de um cisto, permitindo que seu conteúdo seja drenado e mantendo uma conexão entre o cisto e a cavidade oral. Essa técnica pode ser empregada como tratamento único para um cisto ou como uma etapa inicial no tratamento, adiando a enucleação para uma cirurgia subsequente. O principal propósito do tratamento endodôntico não cirúrgico é a preservação ou restauração da saúde dos tecidos periapicais. Objetivo. O presente trabalho tem como objetivo apresentar e ilustrar a abordagem do caso de um paciente, diagnosticado com granuloma periapical na região do palato e tratado com técnica de marsupialização, utilizando dispositivo de silicone, seguido de retratamento e necropulpectomia de elementos dentários envolvidos na lesão. Relato de Caso. Paciente do sexo masculino, 49 anos procurou atendimento no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e Estomatologia da Clínica Escola de Odontologia UniATENEU, devido a um aumento de volume na região de palato, com cerca de um ano de evolução. Na anamnese, o paciente relatou não ter sintomatologia dolorosa. Ao exame clínico, observou-se lesão tumoral, única, bem delimitada, de consistência rígida, com coloração íntima da mucosa oral, medindo aproximadamente 03cm de diâmetro, em região de palato esquerdo. Foi diagnosticado com granuloma periapical na região do palato e tratado com técnica de marsupialização utilizando dispositivo de silicone, seguido de retratamento e necropulpectomia de elementos dentários envolvidos na lesão. Resultados. Frente à apresentação clínica da lesão, considerou-se como hipótese diagnóstica cisto radicular, optando-se pela realização de marsupialização com uso de dispositivo de silicone, seguido de biópsia incisional para confirmação do diagnóstico. Após a drenagem do material purulento, foi realizada a exérese de uma parte da cápsula da lesão e encaminhada para o exame anatomopatológico, o qual revelou fragmentos de tecido conjuntivo denso, permeado por moderado infiltrado inflamatório mononuclear incluindo macrófagos espumosos, além de fragmento de tecido ósseo e fibras musculares. Com base nos achados microscópicos, o diagnóstico histopatológico foi “granuloma periapical”. O paciente foi encaminhado para o Serviço de Endodontia da Clínica Escola da UniATENEU, para tratamentos endodônticos dos elementos dentários envolvidos pela lesão. Atualmente, o paciente encontra-se em acompanhamento, com sinais de regressão da lesão. Devendo ser aguardado o período de 6 meses a 1 ano para remoção total da lesão. Conclusão. O tratamento do caso foi pautado na literatura, sendo escolhida uma abordagem para lesões císticas, devido às suas características clínicas e radiográficas, bem como sua punção totalmente líquida. O tratamento endodôntico também foi relevante para regressão do granuloma, por combater a infecção dos patógenos no local. Portanto, tem-se a evidência que a combinação de marsupialização aliada à necropulpectomia faz-se necessário, e, é de suma importância para a redução de lesões intra-ósseas de origem pulpar, tal como o granuloma periapical apresentado.
Título do Evento
XI UNIVERSO ATENEU
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Universo Ateneu
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARVALHO, Laura Maria Pereira de et al.. TRATAMENTO DE GRANULOMA PERIAPICAL EM REGIÃO DE MAXILA ESQUERDA- RELATO DE CASO... In: Anais do Universo Ateneu. Anais...Fortaleza(CE) Centro Universitário Ateneu, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/anais-universo-ateneu/774414-TRATAMENTO-DE-GRANULOMA-PERIAPICAL-EM-REGIAO-DE-MAXILA-ESQUERDA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 09/05/2025

Trabalho

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