AS DIFICULDADES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Publicado em 04/02/2020 - ISBN: 978-85-5722-415-5

Título do Trabalho
AS DIFICULDADES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Autores
  • Rosimeire Gomes Paz da Silva
Modalidade
Artigo Científico
Área temática
Educação
Data de Publicação
04/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/amplamentecursos/236204-as-dificuldades-da-educacao-inclusiva
ISBN
978-85-5722-415-5
Palavras-Chave
Inclusão. Escola. Família. Capacitação.
Resumo
INTRODUÇÃO Inicialmente vamos fazer uma breve leitura do que é inclusão para o dicionário Antônio Olinto da Língua Portuguesa, o mesmo diz, inclusão é: Ação ou efeito de incluir. Assim sendo, inclusão vai além da interposição como afirma o dicionário. Incluir é ser compreendido, é fazer parte. O conceito de educação inclusiva ganhou maior ênfase a partir de 1994, com declaração de Salamanca. No que diz respeito as escolas, a mesma, defende a idéia que as crianças com necessidades educativas especiais, sejam incluídas em escolas regular de ensino.Com isso, todo o sistema de ensino necessita ser revisto de forma a atender as demandas individuais de todos os discentes. Contudo, o objetivo da inclusão demonstra uma evolução, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das demais por apresentar alguma diferença ou necessidade especial. Dessa forma, a inclusão assume vantagem de existir interação entre crianças, buscando um desenvolvimento em conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito á diversidade humana e cultural. Porém, ainda tem encontrado dificuldade para avançar, especialmente no que diz respeito à resistência por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais, uma delas é o alto custo para se criar as condições adequadas. Além disso, alguns educadores resistem a este novo paradigma, que por sua vez requer dos mesmos, uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da experiência que dispõem. Partindo do pressuposto que inclusão é ato ou efeito de incluir, ou seja, de interagir a mesma, deve ser encarada como mais um elemento de desenvolvimento que facilite a descoberta, garantindo aos alunos condições propícias a interação e ao próprio desenvolvimento. Segundo Maria Tereza Egler Mantoan (2008) “inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”. Portanto, incluir uma pessoa com necessidade especial na sociedade vai muito além de dá emprego ou adaptar locais. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das politicas vivenciadas nas escolas. Assim sendo, devemos batalhar para que esta se dê todos os modos e para todos os públicos. Muitos setores estão tentando se adaptar para receber este público de forma adequada e eficaz, mas ainda falta bastante, uma vez, que estamos engatinhando para inclusão. Estamos constantemente nos deparando com novos desafios. Essa sociedade que se diz inclusiva, possui diversas barreiras que impedem o avanço. Uma delas é as escolas regulares que não estão adaptadas de modo que dificulta a interação dos alunos com necessidades especiais. Outra é o preconceito que por sua vez ,é um dos mais difíceis, logo após vem a estrutura física, onde muitas vezes o poder público deixa de disponibilizar verbas ,dificultando o desenvolvimento, outra barreira é a falta de conhecimento das famílias com relação aos seus direitos. Fica claro a falta de preparo das nossas escolas. Porém ,se formos esperar que estejam aptas, literalmente vai demorar décadas. Assim sendo, é necessário que o processo de inclusão seja visto com olhar de desafio, primeiro passo que as escolas busquem matricular estes alunos, logo após, buscar parceria com outras entidades que juntos busquem condições para atender de forma adequada e de direito, já que a inclusão está prevista na nossa constituição. De acordo com a constituição federal de (1988) ART. 205. “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovido e incentivado com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento, sem preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. ART. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; ART. 208. O dever do estado com a educação será efetivada mediante a garantia de: III- Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, na rede regular de ensino. Quando a constituição garante a todos o direito à educação e acesso a escola, fortalece que os princípios constitucionais não podem excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, sexo, raça, idade, cor ou deficiência. Na concepção da inclusão e na lei, o atendimento especializado deve estar disponível em todos os níveis de ensino, de preferência na rede regular, desde a educação infantil até a universidade. Para entendermos com maior precisão, é preciso considerar algumas questões éticas como o nosso ações. Ou seja, mais precisamente as propostas educacionais e permeiam a inclusão, se estão realmente considerando as diferenças na escola, se os alunos com deficiência e os demais excluídos estão sendo vistos com olhar de inclusão. Se pretendemos ter uma escola inclusiva, é preciso que seus planos se redefinam para uma educação voltada para cidadania global plena, livre de preconceitos e que valorize e reconheça as diferenças. Segundo Morin (2001), “para se reformar a instituição, temos de reformar as mentes, mas não se podem reformar as mentes sem uma prévia reforma das instituições”. Além de pensar que a inclusão é muito mais que encaminhar a criança para uma escola, implica em mudar paradigmas, conceitos e posições que fogem as regras educacionais tradicionais. A escola deve ser vista como local que proporcionara condições de se desenvolverem e de se tornarem cidadãos, que sejam, pessoas com identidade sociocultural que lhes propiciem oportunidade de ser e de viver dignamente. As mesmas devem reconhecer e valorizar as diferenças através dos projetos inclusivos de educação e o ensino que se diferencie, buscando inovar e atender as especificidades do educandos que não conseguem acompanhar os demais colegas. Neste sentido, rever seus conceitos, adaptando seus currículos, facilitando as atividades e programas para reforçar a aprendizagem, ou para acelerar, em caso de idade/série escolar e defasagem. Propondo superar o sistema tradicional de ensino. Essa superação refere-se ao que ensinamos as nossas crianças e para assim serem pessoas mais humanas. Recriar esse modelo implica em como entendemos a qualidade do ensino. Tem-se um ensino de qualidade a partir de condições de trabalho pedagógico que implicam na formação de redes de saberes e de relações que se entrelaçam por caminhos imprevisíveis para chegar ao conhecimento, existe ensino de qualidade quando as ações educativas se pautam na solidariedade, na colaboração, no compartilhamento do processo educativo com todos que estão direto ou indiretamente nele envolvido. (MANTOAN, pg 33, 2003). Aos professores e demais funcionários da educação cabem ação, tanto no planejamento como na vivência na sala de aula, buscando aperfeiçoar suas práticas, diante da modernização e reestruturação de suas condições atuais. Dessa forma, suprir as suas necessidades e a de cada um de seus alunos, em suas especificidades. Outro ponto primordial são os pais que por sua vez podem ser grandes aliados na reconstrução da nova escola. Eles devem ser vistos como estimulo para reivindicarem os seus direitos buscando almejar a recriação da escola, exigindo o melhor para seus filhos, não se contentando com projetos e programas que nunca saem do papel, mais que assumam com práticas transformadoras, onde a cooperação substitua a competição, uma vez, que o que se busca, é que as diferenças se articulem e se componham e que os desenvolvimentos de cada um se sobressaiam. Portanto, cabe aos professores rever o verdadeiro poder da escola. Temos que combater a descrença e o pessimismo e mostrar que a inclusão é uma grande oportunidade para os alunos, pais e educadores. Esses devem demonstrar as suas competências, os seus poderes e as suas responsabilidades educacionais. Já, que o mesmo é uma figura indispensável no planejamento, ações, implantação e implementação de programas de atendimento especializado, como também, na inclusão. O professor deve valorizar as ações e reações afetivas dos alunos e estar atento ao seu desenvolvimento e comportamento. Hoje ser professor vai além de mediador. De acordo com a lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional 1996, determina que os sistemas de ensino devam assegurar aos educandos com necessidades especiais: Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender ás suas necessidades; II. Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo de programa escolar para os superdotados; III. Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns; IV. Educação especial para o trabalho, visando á sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo (...). Portanto, a escola como um todo deve se sensibilizar em busca de uma perfeita intergração. Propondo assim, uma escola inclusiva, aberta á diversidade dos alunos, participação da comunidade, onde o professor passa a organizar e valorizar práticas educativas que valorize a cooperação a experiência de vida de cada discente, o respeito mútuo na relação professor/aluno de modo que venha a contribuir para a construção de uma escola para todos. CONCLUSÃO De acordo com os conhecimentos adquiridos durante o curso, o tema citado no trabalho tem as seguintes relevâncias: entender como se processa a inclusão na rede regular de ensino, rever os valores e buscar novos paradigmas educacionais, além de analisar o papel do professor diante tal desafio. Para que aconteça uma inclusão de modo inovador no sistema educacional, um dos princípios básico é obter novos paradigmas e estratégias de ensino-aprendizagem. Buscando trabalhar com ideias e desafios, propondo aos educadores a persistirem, fazendo perguntas, se permitindo aprender, resistindo á acomodação e desconfiando da facilidade, encarando os permanentes desafios, se permitindo vencer as incertezas, buscando soluções para novas possibilidades de aprendizagem. Visando uma escola de qualidade, a mesma, deve ter espaços educativos que busque priorizar a construção de personalidades autônomas, criticas, o desenvolvimento e crescimento de personalidade das acrianças e dos jovens. Assim sendo, propor aos alunos a valorizar as diferenças seja ela pela convivência, por exemplos sócios afetivo das relações estabelecidas na comunidade escolar. Essa escola realmente deve está aberta as diferenças e ter capacidade de ensinar a todos, ou seja, possibilitando o ensino a todos os alunos sem discriminação e sem práticas de ensino especializado, nesse sentido, é necessário que a escola busque reestruturar os projetos escolares exigindo ajustes aos novos parâmetros de ação educativa. Dessa forma, o futuro da inclusão depende da evolução dos projetos que serão incluídos com compromisso de transformar a escola, sempre tentando , persistindo e se adequando aos novos tempos, como também, no empenho de todos que fazem a educação em buscar novos propósitos, além do empenho dos pais nessa luta incansável pelo bem estar e desenvolvimento dos seus filhos. Portanto, a escola inclusiva precisa garantir os direitos sociais de cada indivíduo previsto na constituição, aumentando assim os desafios de responsabilidade e compromisso do sistema educacional. Desta forma, proporcionar aos professores formação para a educação especial através de cursos de graduação e pós-graduação visando qualificação e capacitação profissional. Vale salientar, que inclusão não significa tornar todos iguais, mas respeitar as diferenças. Para tanto, é preciso à utilização de diferentes métodos para se responder ás diferentes necessidades, capacidades e níveis de desenvolvimento individuais. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BATISTA, Cristina Abranches Mota. Educação inclusiva: Atendimento educacional especializado para a deficiência mental. (2. Ed, Cristina Abranches Mota Batista. Maria Tereza Egler Mantoan-Brasilia: MEC, SEESP. 2006. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil: Promulgada em 5 de outubro de 1988. _______. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Ministério d Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB. JUAREZ de Oliveira. 4. Ed. São Paulo: saraiva, 1990. 168p. (série legislação Brasileira). MANTOAN, Maria Tereza Egler. Inclusão Escolar: o que é por quê? Como fazer? Maria Tereza Egler- São Paulo: Moderna, 2003-(coleção cotidiana escolar). MORIN, F. A cabeça bem feita: repensar, reforma reformar o pensamento. 4. ed. Trad. Eloa Jacobina. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2001. OLINTO, Antônio, 1919- Minidicionário/Antônio Olinto- 2 ed. reve. e ampl- São Paulo: Moderna, 2001. UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, politica e práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. 1994.
Título do Evento
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA NA CONTEMPORANEIDADE
Título dos Anais do Evento
Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Rosimeire Gomes Paz da. AS DIFICULDADES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.. In: Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade. Anais...Natal(RN) Evento on-line - Amplamente Cursos, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/Amplamentecursos/236204-AS-DIFICULDADES-DA-EDUCACAO-INCLUSIVA. Acesso em: 11/05/2025

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