ALFABETIZAÇÃO NA INFÂNCIA E NOS ANOS INICIAIS: PROMOVENDO A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Publicado em 04/02/2020 - ISBN: 978-85-5722-415-5

Título do Trabalho
ALFABETIZAÇÃO NA INFÂNCIA E NOS ANOS INICIAIS: PROMOVENDO A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Autores
  • MARIA CRISTINA ANTONIA DA SILVA
  • Jaqueline Tertuliana Da Silva Miranda
  • Rosiene Fonseca de Sousa
Modalidade
Artigo Científico
Área temática
Educação
Data de Publicação
04/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/amplamentecursos/236164-alfabetizacao-na-infancia-e-nos-anos-iniciais--promovendo-a-construcao-do-conhecimento
ISBN
978-85-5722-415-5
Palavras-Chave
Alfabetização, Educadores, Educandos
Resumo
1. INTRODUÇÃO Este artigo tem como objetivo mostrar que nos últimos anos, a busca pela construção do conhecimento vem aumentando. A leitura é a ferramenta fundamental para o acesso ao conhecimento em geral, seja no ambiente escolar, em uma empresa ou até mesmo para que possa ser incluído na sociedade. A incapacidade de adquirir a habilidade da leitura e escrita é ampla e árdua e sugere a capacidade intelectual, não somente essa capacidade, mas também vários fatores sociais como, estado emocional, o físico e o psicológico dos indivíduos isso necessita que os educadores sejam capacitados para que os educandos sejam capazes de desenvolverem suas potências. “Ao longo do tempo o conceito de alfabetização mudou para responder as necessidades da sociedade, muitos métodos e processos de alfabetização foram criados, modificados e adaptados tentando aperfeiçoar ao máximo o processo de ensino da escrita e leitura. Enquanto necessidade a alfabetização é um ponto indiscutível, porém, a utilização do método e da cartilha no processo é um tema que gera polêmica por parte dos professores alfabetizadores” (CESCA, 2004). Ultimamente vem se discutindo os problemas de aprendizagem no contexto escolar, é bastante preocupante as incontáveis reprovações e evasões no ambiente escolar. Na atualidade em que vivemos os educandos chegam a escola com o conhecimento prévio em relação a sua cultura, porém os educadores precisam alfabetizá-los, crianças acima de 09 anos de idade, o que consiste esse desempenho insuficiente nas instituições, a alfabetização está extremamente ligada à linguagem. Sendo assim, é preciso que as escolas ofereçam aos educando uma boa formação com professores capacitados, com suas competências e suas práticas pedagógicas para ampliar com eficácia um trabalho excelente em sala de aula, possibilitando ao educando o interesse pela leitura. Por tanto, é de suma importância a alfabetização na vida do indivíduo, pois proporciona o conhecimento, trazendo para educando situações que envolvam indagações associados ao conhecimento dos indivíduos. Sendo assim, a leitura e suas práticas, contribui para uma compreensão significativa, surgindo um espaço de interação, socialização, habilidade, despertando na criança o prazer pela leitura. 2. REFERENCIAL TEORICO 2.1 Breve histórico da alfabetização O modelo escolar de alfabetização, aqui entendida como o "processo de ensino e aprendizagem do sistema alfabético de escrita", ou seja, o processo de ensino e aprendizagem inicial de leitura e escrita nasceram há pouco mais de dois séculos, precisamente em 1789, na França, após a Revolução Francesa. A partir de então, segundo Barbosa (1990:28) IN Amâncio (2002:32), as crianças são transformadas em alunos, aprender a escrever se sobrepõe a aprender a ler, ler agora se aprende escrevendo? Até esse período, ler era uma aprendizagem distinta e anterior a escrever, compreendendo alguns anos de instrução através do ensino individualizado. Analisando a evolução da investigação e do debate em relação à alfabetização escolar no século XX, Amâncio afirma que é possível definir em linhas gerais três períodos, se referindo apenas ao Ocidente? Especialmente Europa e América do Norte e do Sul. O primeiro período corresponde aproximadamente à primeira metade do século, quando a discussão se dava estritamente no terreno do ensino. Buscava-se o melhor método para ensinar a ler, com base na suposição de que a ocorrência de fracasso se relacionava com o uso de métodos inadequados. A discussão mais candente travou-se entre os defensores do Método Global e os do Método Fonético. O Método Global ou Analítico defendia que o melhor era oferecer ao aluno a totalidade, ou seja, palavras, frases ou pequenos textos, para que ele fizesse uma análise e chegasse às partes, que são as sílabas e letras. O Método Fonético ou Sintético, ao contrário, propunha que o aluno tinha de aprender primeiro as letras ou sílabas, e o som das mesmas, para depois chegar à palavra ou frase. A doutora Emília Ferreiro foi orientada e colaboradora de Jean Piaget. Suas pesquisas em alfabetização demonstram o grande valor heurístico do construtivismo interacionista piagetiano para a compreensão dos processos de aquisição da leitura e da escrita e de outros conteúdos que se imaginavam, até então, estritamente escolares. Nesta época o Brasil, já discutia e divulgava um método que foi reconhecido como diferentes, meios de alfabetizar alguns anos atrás utilizava a cartilha, em base de analisar, estruturar e ordenar um silabário. Nos anos 60, houve uma circunferência geográfica nos Estados Unidos. Começaram a discutir ideias concretas em relação a alfabetização e levaram essas ideias para um debate de grande proporção questionando o fracasso escolar. Foram investidos grandes valores em pesquisas, tentando compreender a causa de tantas crianças não conseguiam aprender. Buscavam nos alunos motivos para seu fracasso. A relevância do fracasso escolar apresenta-se em crianças que as famílias vivem em situações difíceis, não tinham capacidade de estimular seus filhos de forma adequada. Nesta época criaram várias formas de estimular, para alguns o fracasso era como uma doença. Na década de 70, foi divulgado a ideia que a escolarização iniciaria com todas as crianças passando por um teste na época mais conhecido por “prontidão” para que as crianças tivessem uma oportunidade de desenvolver suas habilidades. Ainda nos anos 70 houve mudanças que foram marcadas, como o desenvolvimento que mudou totalmente o enfoque, as crianças começaram a desenvolver a maneira de compreender e aprender de maneira mais fácil. Portanto entendemos, que a batalha pela alfabetização vem de muitas décadas, onde todos lutam pelo o mesmo objetivo, mudar a realidade do nosso país através de um ensino de qualidade, com professores capacitados para enfrentar a realidade em que nos cercam, sabemos que a batalha é árdua, juntos na mesma luta conseguiremos alcançar nossos objetivos. 2.2 O ato de alfabetizar Em se tratando em andamento de ensino-aprendizagem torna-se relevante mencionar a dimensão pedagógica no ato de alfabetizar. E sobre esse assunto Emília Ferreiro (2001) afirma que: Na prática pedagógica nada é imutável, fechado e dependente do modo de conceber o mudar a adaptação de um ser vivo ao seu meio envolvente. As mudanças necessárias para a alfabetização inicial não se resolvem com um novo método, novos teste e materiais didáticos. Na realidade, o professor precisa mudar essa imagem em relação à escrita e a criança. A escrita é uma representação da linguagem e a criança não é: “um par de olhos, um par de ouvidos, uma mão que pega, um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons” para a autora, a criança é um sujeito “que pensa: que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê-lo seu” (FERREIRO, 2001, P.40). Para a autora o indivíduo é um ser de existência verdadeira e não imaginária, erra e acerta, aprende e tem suas dificuldades, é papel do educador investigar, buscar soluções para aqueles educando com dificuldades de aprendizagem, superando assim a expectativa de cada um. . Cagliari (1993) enfatiza que o processo de aprendizagem era tido como formação de palavras, sílabas e pequenas frases. Porém, o conceito é muito mais amplo, e deve chegar também à compreensão que se lê ou escreve. Para ele a alfabetização vai além da leitura e da compreensão de texto, ela nos leva a compreensão da sociedade, passando a usar essa prática na nossa realidade, ou seja, desenvolver habilidade de ler e escrever distinguir, decifrar os símbolos, buscando a interação entre o meio social inserido. Para esse autor é essencial que o professor busque novos conhecimento visando o melhor para os futuros cidadãos está inserido da sociedade, e é através da interação que os indivíduos ver o mundo em que o cerca, ou seja, um mundo de cultura , de diferentes tipos de material escritos, como: anúncios, avisos, placas e outdoors, entre outras coisas, ou seja, a crianças brincam de professor, brincam de escrever, fingem que estão lendo, ouvem histórias da mãe ou da professora, compreendendo seus usos e suas funções, crianças que ainda não são alfabetizadas, mas de maneira que estão inseridas no contexto de escrita. Segundo Saltini (1997) é preciso que […] encorajar a criança a descobrir e inventar, sem ensinar ou dar conceitos prontos. A resposta pronta só deve ser dada quando a pergunta da criança focaliza um ato social arbitrárias funções do objeto cotidiano). Manter-se atento à série de descoberta que as crianças vão fazendo, dando-lhes o máximo de possibilidades para isso. Dar atenção a cada uma delas, encorajando-as a construir e ase conhecer. Dar maior incentivo à pergunta que à resposta. Sempre buscando no grupo a resposta o professor procurará sistematizar e coordenar as ideias emergentes. A relação que se estabelece com o grupo como um todo e a pessoal com cada criança é diferenciada em cada aspecto quantitativo e cognitivo respeitando-se a maturidade de seu pensamento e a individualidade. [....] ( SALTINI,1997, p.90). Neste contexto podemos perceber que a criança necessita de estimulo para vivenciar de maneira prática no cotidiano para construção do seu conhecimento, tendo como peça fundamental o professor nas práticas educativas, respeitando o conhecimento prévio e cognitivo de cada criança, o seu desenvolvimento, maturação e desempenho alcançado. Portanto, fica comprovado por pesquisadores, estudiosos e especialistas o quanto é necessário ponderar dos aspectos afetivo no ensino da alfabetização, considerando que cada criança é diferente, afetivamente e cognitivamente sabendo-se que tem as fases do desenvolvimento de cada um. 3. A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL A alfabetização começa desde da educação infantil, a criança se integra através do ambiente onde o mesmo sinta-se um membro da coletividade. A criança por meio da interação e socialização constrói seu conhecimento, através de atividades direcionada a aprendizagem, pode direcionar a vários fatores, que possam contribuir para um bom ou ruim resultado, dependendo do desempenho e desenvolvimento do resultado alcançado da linguagem. A escrita apresenta algumas perspectivas da linguagem, enquanto a leitura deve e precisa ser trabalhada desde de cedo, preparando o indivíduo para compreender e entender a expressão da escrita. Para Cagliari (1998), a escrita tem como principal objetivo permitir a leitura. A leitura por sua vez, é uma interpretação da escrita que traduz os símbolos escritos em fala. Alguns tipos de escrita preocupam - se com a expressão oral e outros com a transmissão de significados específicos que são decifrados por quem é habilitado. Segundo o autor. Para quem já sabe ler, parece muito fácil e natural. Entretanto, para chegar a esse ponto, é preciso adquirir certos conhecimentos. Uma simples reflexão sobre isso nos leva a concluir entre outras coisas, que essa pessoa precisa saber a língua portuguesa, a diferença entre desenho e símbolos, o que são letras e como as diferentes formas de letra dão origem aos diferentes alfabetos que usamos. Deve saber porque uma forma gráfica pode ser interpretada como a letra A, e não de outra maneira, e até que ponto pode variar a forma gráfica de um caractere e, apesar de isso continuar reconhecendo nele a mesma letra – em poucas palavras, capacitado para identificar a categorização gráfica e funcional da letra, conseguindo somente com o reconhecimento da natureza, função e uso da ortografia. (CAGLIARI, 1998, p.312) Segundo Rojo (1998), um método de aprender a leitura e a escrita é considerável um ato de estabelecer estímulos, é deixar a criança em um espaço aconchegante onde o mesmo possa expor suas ideias e seus pensamentos, possibilitando encorajamento e contribuindo para um aprendizado significativo. Esse processo pode e deve ser realizado através de atividades, onde podemos observar habilidade, interação e algo a mais que realizou e descobriu, despertando o interesse pelo o que fez. Quando o aluno fala ou escreve alguma coisa, ou lê algo, ele demonstra, nestes trabalhos, o conhecimento que existe. Sendo assim aquele aluno que não tem um espaço onde possa explorar seus conhecimentos, não consegue organizar seu pensamento, cabe a escola oferecer espaço para que os alunos possam obter um resultado satisfatório. 3.1. Papel do educador junto aos alunos com dificuldade de aprendizagem O professor que atua com o ensino de alfabetização deve e precisa reconhecer que a estrutura do sistema precisa ser organizada, oportunizando meios para criar estratégias de repassar o conhecimento, conciliando sua visão quanto profissional, para que tenha suporte para ajudar seu educando na superação de algumas dúvidas na ortografia e na leitura. A falta de formação continuada para alguns alfabetizadores é um fato preocupante, pois o alfabetizador precisa estar capacitado para realidade em que enfrentamos no cotidiano. Existem maneiras de se aprimorar o conhecimento, os alfabetizadores precisam impulsos para buscar novos recursos, através de pesquisas e muitas leitura e vídeos de especialistas que tenham visão relacionada na área da linguagem. Aprendendo assim novas estratégias e novas técnicas. Cabe ao educador não somente, ter conhecimentos especificamente ao ensino de uma disciplina mas exibir para os alunos que cada letrinha (grafema) é simbolizada por unidades sonoras (fonemas). É dever do profissional de educação transmitir conhecimento ao educando, que o mesmo precisa memorizar várias palavras, ou seja, forma como se escreve, mostrar ao educando o dicionário e suas finalidades é de suma importância entender que as linguagens possuem algumas regras. Dessa maneira o educador é responsável pela aquisição no processo de interação verbal e não ver dos seus educandos, contribuindo para um desempenho e um aprendizado satisfatório nos trabalhos propostos. Conforme Rojo 1998), ele não é o único mediador entre uma atividade e um aluno que aprende, mas os próprios alunos podem ser uns dos outros, ao trabalharem juntos e compartilharem conhecimentos. A escola não precisa se preocupar muito com a aprendizagem: isso as crianças farão por si. Precisa preocupar – se com dar chances às crianças para vivenciarem o que precisam aprender. Sentirem que o que fazem é significativo e vale a pena ser feito. Sem esse interesse realmente sentido pelas crianças, as atividades da escola podem não passar de um jogo, de um brinquedo, de uma obrigação, que alguns podem realizar, e, outros inconformados, deixar de lado. (ROJO, 1998, p.64 a 65) Sendo assim, é de suma importância o conhecimento das práticas e das teorias referentes a mediação da construção da aprendizagem, é preciso o domínio de tais habilidades, porém isso não é suficiente. É preciso que haja empatia para lidar com cada aluno como uma única, demonstrando carinho e respeito, valorizando e conquistando as limitações e realização continuada de algumas atividades de cada criança. CONCLUSÃO Portanto, este trabalho mostra que o educador de alfabetização deve e precisa ser capacitado e habilitado, identificar a estrutura da linguagem e os principais problemas encarados pelos educandos para que todos possam se tornarem futuros leitores, possibilitando a construção do conhecimento, superando os obstáculos e na construção da aprendizagem. O educador deve estar sempre buscando novos conhecimentos, pesquisando, se aprimorando dia a dia, possibilitando entender melhor os educandos na construção do conhecimento. O trabalho de um alfabetizador é importantíssimo para que os alunos se aprimorem na leitura e na escrita de forma significativa. Sendo assim é fundamental que o educador seja capacitado, pois um bom trabalho, deve ser colocado em prática de maneira prazerosa, onde os educandos poderão vivenciar momentos significativos, facilitando desenvolvimento de ensino e aprendizagem. REFERÊNCIAS http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Trabalho_Comunicacao_oral_idinscrito_431_5f46c28dab73b0e0f4c660831ac45eaa.pdf Acesso em 18 de Abril de 2019 Acesso em 06 de Maio de 2019. https://www.webartigos.com/artigos/a-alfabetizacao-e-letramento-no-processo-de-aprendizagem/109797/ Acesso em 13 de julho de 2019. https://www.webartigos.com/artigos/o-processo-de-aquisicao-da-leitura-e-escrita-na-alfabetizacao/148537 Acesso em 20 de julho de 2019. http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_65062/artigo_sobre_um-breve-historico-da-alfabetizacao. Acesso em 26 de julho de 2019.
Título do Evento
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA NA CONTEMPORANEIDADE
Título dos Anais do Evento
Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, MARIA CRISTINA ANTONIA DA; MIRANDA, Jaqueline Tertuliana Da Silva; SOUSA, Rosiene Fonseca de. ALFABETIZAÇÃO NA INFÂNCIA E NOS ANOS INICIAIS: PROMOVENDO A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.. In: Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade. Anais...Natal(RN) Evento on-line - Amplamente Cursos, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/Amplamentecursos/236164-ALFABETIZACAO-NA-INFANCIA-E-NOS-ANOS-INICIAIS--PROMOVENDO-A-CONSTRUCAO-DO-CONHECIMENTO. Acesso em: 14/05/2025

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