EXPRESSIVIDADES POPULARES MARANHENSES NA ESCOLA

Publicado em 13/04/2020 - ISBN: 978-65-990852-0-8

Título do Trabalho
EXPRESSIVIDADES POPULARES MARANHENSES NA ESCOLA
Autores
  • Amadeu Henrique Neves Saldanha
  • Micael Carvalho dos Santos
Modalidade
Resumo
Área temática
Categoria C - Ensino Médio e Técnico - Ciências Humanas
Data de Publicação
13/04/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/7febrat/175837-expressividades-populares-maranhenses-na-escola
ISBN
978-65-990852-0-8
Palavras-Chave
Cultura Popular Maranhense, Música na Escola, Diversidade Cultural
Resumo
O Projeto Expressividades Populares Maranhenses na Escola é uma iniciativa do Colégio Universitário da Universidade Federal do Maranhão - COLUN/UFMA em parceria com o Laboratório de Expressões Artísticas - LABORARTE. O LABORARTE é Centro de Formação artístico independente, fundado em 1972, que realiza trabalhos culturais desenvolvidos no Maranhão, produzindo nas áreas de teatro, dança, música, capoeira, artes plásticas, fotografia, literatura, desenvolvendo atividades culturais permanentes: oficina de Tambor de Crioula, oficina de Cacuriá, oficinas de ritmos populares maranhenses, mantém uma Escola de Capoeira e programações culturais. A proposta permite o aprendizado de manifestações maranhenses de grupos da cultura popular, com foco na musicalidade - dentro do Colégio de Aplicação -contribuindo para o desenvolvimento sociocultural, além do valor histórico de pertencimento para os alunos. O Maranhão possui diversos atores da cultura popular, seja por mestres e mestras, sejam por aqueles que praticam as diversas expressividades dentro desse contexto (FERRETTI; LIMA, 2015). As experiências com a música popular maranhense no ambiente escolar possibilitam o conhecimento e reconhecimento de saberes tradicionais, importantes para a compreensão cultural mais ampliada e, portanto, crítica. A temática da pluralidade cultural é encarada como conhecimento e valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no território nacional, às desigualdades socioeconômicas e à crítica às relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira, oferecendo ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um país complexo, multifacetado e algumas vezes paradoxal (BRASIL, 1998). Ainda, no Plano Nacional de Cultura - PNC, de 2013, podemos destacar algumas metas que corroboram para a fundamentação da proposta. A meta 4 (quatro) diz respeito à política nacional de proteção e valorização dos conhecimentos e expressões das culturas populares e tradicionais; a meta 12 (doze) tem-se em vista a cobertura total de escolas públicas de educação básica com a disciplina de Arte no currículo escolar regular com ênfase em cultura brasileira, linguagens artísticas e patrimônio cultural. Para o projeto foram escolhidas três manifestações: Capoeira, Caixa do Divino e Tambor de Crioula. A roda de capoeira, segundo o Atlas do Esporte no DACOSTA (2006), se caracteriza como um jogo corporal, utilizando pernas, braços e cabeça, praticado em duplas, baseado em ataques, esquivas e insinuações, ao som de cânticos e instrumentos musicais (berimbau, atabaque, agogô e reco-reco). “As caixeiras de São Luís são em geral mulheres negras, com mais de cinquenta anos, que moram em bairros periféricos da cidade. [...] são portadoras de uma rica tradição que se expressa nas cantigas que pontuam cada uma das etapas da festa.” (PACHECO; GOUVEIA; ABREU, 2005, p. 1). O Tambor de Crioula é uma manifestação afro-brasileira que ocorre no Maranhão, envolvendo dança circular, canto e percussão de tambores (crivador, meião e tambor grande). Participam as coreiras, conduzidas pelo ritmo intenso da parelha e pelo influxo de toadas evocadas por cantadores, culminando na punga (umbigada) (IPHAN, [201-?]). As atividades são teórico-práticas, que durante os módulos são transmitidas oralmente pelos próprios mestres e mestras de Capoeira, Tambor de Crioula e Caixa do Divino, responsáveis pelas oficinas, vinculados ao LABORARTE, com intuito de manter a tradição, o vínculo com os costumes e memórias da cultura popular. O pilar de sustentação do projeto é estimular as práticas musicais populares maranhenses na educação básica por meio de oficinas com o LABORARTE. Especificamente, visa estimular a participação dos alunos nas oficinas de música popular maranhense; reconhecer a diversidade musical da cultura popular no âmbito escolar; desenvolver a percepção auditiva, memória musical, utilização do corpo e da voz como meio de expressão musical; desenvolver a sociabilidade e trabalho em grupo por meio da música e estimular convívio tolerante, respeitoso que admita as diferenças e a diversidade. Nesse sentido, contribui para a justiça social, no respeito a pluralidade – pressupostos fundamentais à democracia. Como resultados, esperamos que todos os envolvidos possam criar uma relação de socialização de fazeres musicais e divulgação para público vinculado à educação básica. Espera-se, ainda, o desenvolvimento da sensibilidade com as manifestações da cultura popular maranhense, trabalhando com aspectos históricos, sociológicos e técnicos musicais que envolvem as escutas e performances musicais em evidência no projeto, facilitando assim, a compreensão da formação sócio histórica do estado.
Título do Evento
7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais a 7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SALDANHA, Amadeu Henrique Neves; SANTOS, Micael Carvalho dos. EXPRESSIVIDADES POPULARES MARANHENSES NA ESCOLA.. In: Anais a 7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT. Anais...Belo Horizonte(MG) Centro Pedagógico da UFMG, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7febrat/175837-EXPRESSIVIDADES-POPULARES-MARANHENSES-NA-ESCOLA. Acesso em: 03/05/2025

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