ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO PROVOSO PROVOCADAS PELO USO DE DROGAS DEPRESSORAS

Publicado em 13/04/2020 - ISBN: 978-65-990852-0-8

Título do Trabalho
ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO PROVOSO PROVOCADAS PELO USO DE DROGAS DEPRESSORAS
Autores
  • Brian Diniz Amorim
  • Júlia Guedes Lima Manata
Modalidade
Resumo
Área temática
Categoria C - Ensino Médio e Técnico - Ciências Biológicas
Data de Publicação
13/04/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/7febrat/166695-alteracoes-no-sistema-nervoso-provoso-provocadas-pelo-uso-de-drogas-depressoras
ISBN
978-65-990852-0-8
Palavras-Chave
Álcool, Sistema Nervoso Central (SNC), Ácido gama-aminobutírico (GABA), Glutamato.
Resumo
O consumo nocivo de álcool configura-se, atualmente, como a causa de aproximadamente 3 milhões de mortes globais registradas apenas em 2016 (o equivalente a 5,3% de todas as mortes mundiais), segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no “Relatório Global sobre Álcool e Saúde 2018”. Posto isso, urge a necessidade da compreensão e análise dos aspectos fisiológicos e metabólicos de tal substância no sistema nervoso central (SNC) do indivíduo, caracterizando-se, dessa forma, como objetivo primeiro da pesquisa. A altercada discussão a respeito do uso de drogas depressoras, as quais são caracterizadas pela capacidade de redução da atividade cerebral, com enfoque no álcool, coloca em pauta a questão da ingestão nociva, ou seja, demasiada, da substância, de modo a provocar a efetiva redução dos sentidos, memória e controle motor, além de causar dependência, em casos extremos, coma alcoólico e óbito. Para melhor compreensão do tema abordado, faz-se necessário, portanto, uma análise dos aspectos bioquímicos e metabólicos ocorridos no Sistema Nervoso Central. Para tanto, foi empregado como metodologia o nivelamento bibliográfico, por meio de pesquisas, a partir de artigos, livros e teses. Além disso foi proposto a montagem de um circuito elétrico, para fins demonstrativos, o qual simulasse o funcionamento de sinapses inibitórias (GABA) e excitatória (Glutamato), sendo a corrente elétrica (i) análoga aos impulsos elétricos (potenciais de ação) gerados no sistema nervoso e os resistores simulando a interação do etanol com o neurotransmissor GABA. Tal representação torna-se possível uma vez que o compartilhamento de informação no sistema nervoso ocorre a partir de impulsos elétricos, gerados por uma variação brusca do potencial de membrana provocada por algum estímulo, que altera a abertura ou fechamento dos canais iônicos de sódio (Na+) e potássio (K+). Havendo tal abertura, o fluxo de íons gera o potencial de ação, que percorrerá a extensão dos axônios até o terminal do axônio. Para que tal transmissão torne-se efetiva, a comunicação entre os neurônios é fundamental, proporcionada pelas sinapses, regiões localizadas entre os neurônios onde agem os neurotransmissores (os quais levam o estimulo à célula vizinha, transportando, para isso, os íons), especializadas na propagação dos impulsos. As sinapses químicas podem se subdividir em dois grupos: sinapses excitatórias e sinapses inibitórias. As sinapses excitatórias acontecem quando um neurotransmissor se liga ao seu receptor na membrana do neurônio pós -sináptico e induz que se abra um canal catiônico na membrana e Na+ entre no meio intracelular, o que gera uma despolarização do neurônio a partir do aumento da concentração de íons positivos (e assim se transmite o sinal, o neurônio se despolariza e essa despolarização vai percorrendo todo o axônio, sendo rapidamente e novamente polarizado depois de passar por ele). Já as sinapses inibitórias ocorrem quando um neurotransmissor se liga a proteínas transmembranas, que são um tipo de proteína membranar que envolve a totalidade da membrana biológica à qual é permanentemente ligada - ou seja, recobre essa membrana de um lado a outro, podendo cobrir a bicamada lipídica uma vez (unipasso) ou várias vezes (multipasso). Tal ligação contribui para a abertura dos canais iônicos, assim como os excitatórios, mas estes, por sua vez, abrem canais para a entrada de Cl- na célula e para saída de K+, logo, contribui para uma hiperpolarização do neurônio (no qual o meio intracelular fica ainda mais negativo) o tornando capaz de inibir a propagação do impulso nervoso. O etanol provoca no sistema nervoso estimulação do receptor GABA-alfa (principal neurotransmissor inibitório), o que corrobora para um efeito ainda mais inibitório, dando a sensação de relaxamento, sedação e estupor do organismo, afetando, por conseguinte, áreas cerebrais responsáveis pelo julgamento, movimento, memória e respiração. Ainda, o glutamato, caracterizado como neurotransmissor excitatório mais importante presente no cérebro humano (possuindo papel crítico na memória e na cognição), tem sua ação sináptica alterada, comprometendo a neurotransmissão excitatória. Obteve-se como resultado da pesquisa a relação entre o etanol e o ácido gama-aminobutírico (GABA), neurotransmissor inibitório, que tem sua capacidade de bloqueio de transmissão de impulsos potencializada. Outrossim, o glutamato, em contato com o etanol, tem sua neurotransmissão glutaminérgica reduzida. O álcool é ainda capaz de estimular a liberação de outros neurotransmissores, como a serotonina e a endorfina, que contribuem para a sensação de bem-estar característica. Conclui-se por fim, que o comprometimento das funções cerebrais depende, dentre outras coisas, do nível do consumo de álcool ingerido pelo indivíduo, tendo em vista a maior estimulação da GABA e inibição do glutamato, proporcional à concentração de álcool no sangue, passando do estágio subclínico (o de menor concentração, classificando-se entre 0.01 a 0.05), para o de euforia (0.03 a 0.12), excitação (0.09 a 0.025), confusão (0.18 a 0.30), estupor (0,25 a 0.40), o coma alcoólico (0.35 a 0.50) levando, por fim, o indivíduo à óbito (0.45 +). Ainda, devido à perda momentânea, ou redução dos sentidos e do controle motor, torna-se de suma importância o devido cumprimento da Lei 11.705, aprovada em 2008 (Lei Seca) visando maior segurança pública.
Título do Evento
7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais a 7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

AMORIM, Brian Diniz; MANATA, Júlia Guedes Lima. ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO PROVOSO PROVOCADAS PELO USO DE DROGAS DEPRESSORAS.. In: Anais a 7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT. Anais...Belo Horizonte(MG) Centro Pedagógico da UFMG, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7febrat/166695-ALTERACOES-NO-SISTEMA-NERVOSO-PROVOSO-PROVOCADAS-PELO-USO-DE-DROGAS-DEPRESSORAS. Acesso em: 08/05/2025

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