SALA DE SITUAÇÃO EM SAÚDE DA ÊNFASE SAÚDE MENTAL RIS ESP/CE TURMA 05: CONTRIBUIÇÕES PARA O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DE CRATEÚS/CE

Publicado em 28/06/2021 - ISBN: 978-65-5941-237-2

Título do Trabalho
SALA DE SITUAÇÃO EM SAÚDE DA ÊNFASE SAÚDE MENTAL RIS ESP/CE TURMA 05: CONTRIBUIÇÕES PARA O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DE CRATEÚS/CE
Autores
  • Jéssica Freire dos Santos Veras
  • Beatriz da Silva Lima
  • Mayara Ruth Sérvolo Silva
  • Mirla Aurélio Costa Santos
Modalidade
Trabalhos Científicos através da apresentação de Pôster/Banner
Área temática
c) Formação do residente para o SUS
Data de Publicação
28/06/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/7ecrs/200904-sala-de-situacao-em-saude-da-enfase-saude-mental-ris-espce-turma-05--contribuicoes-para-o-centro-de-atencao-psic
ISBN
978-65-5941-237-2
Palavras-Chave
Residência Integrada em Saúde, Saúde Mental, Sala de Situação em Saúde.
Resumo
INTRODUÇÃO: A Sala de Situação em Saúde (SSS) da Política de Saúde Mental do Município de Crateús/CE surgiu como produto da atividade do Módulo Transversal 05 - Vigilância em saúde da Residência Integrada (RIS) em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP). Os profissionais residentes da ênfase Saúde Mental Coletiva identificaram a necessidade de realizar um aprofundamento sobre a procura de usuários com perfil suicida, partindo da seguinte classificação: ideação, planejamento e tentativas de suicídio. O levante de dados propostos pelos residentes estava no intervalo entre o dia 02 de março e 30 de novembro de 2018, com uma amostra total de 401 prontuários. Esse período retrata a inserção dos residentes em saúde mental da turma 05 RIS no Centro de Atenção Psicossocial de Crateús/CE (CAPS). DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Iniciamos a pesquisa com os indicadores de território – a partir da localidade dos usuários do serviço com o perfil da pesquisa, com intuito de nortear o olhar mais atento e/ou direcionado dos profissionais. Assim, percebemos que 81% dos usuários residem na zona urbana; 17% zona rural; 2% sem registro. Seguindo com pesquisa nos indicadores de Gestão, nos deparamos com a questão dos encaminhamentos trazidos pelos usuários no atendimento inicial/triagem no CAPS. Destacando a relação entre a porta de entrada do SUS – UBS – e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no município de Crateús/CE. Então, 11% dos usuários vieram encaminhados de serviços de atenção secundária; 36% iniciaram acompanhamento como demanda espontânea, ou seja, sem referência de quaisquer outros serviços ou políticas públicas; 43% foram encaminhados ao CAPS pelas UBS. Os indicadores de Situação em Saúde trouxeram os seguintes dados: em relação à idade dos usuário: 4% são crianças entre 0 e 12 anos de idade, 44% são jovens de 13 a 29 anos, 43% adultos com idade entre 30 e 59 anos, 9% idosos com 60 anos ou mais; Sexo: 54% feminino e 46% masculino; Esses pontos são importantes para traçar o perfil epidemiológico dos usuários, norteando as estratégias de intervenção da equipe multiprofissional do CAPS. Como indicadores de Produção apontamos a Amostra de Prontuários, uma vez que dos 401 novos usuários, 109 possuem o perfil da pesquisa. Durante a construção da Sala de Situação em Saúde, cada categoria profissional elencou indicadores pertinentes ao seu escopo profissional. A Enfermagem fez uma reflexão sobre o uso de medicações dos usuários: a terapêutica medicamentosa faz parte do tratamento para transtornos mentais e tem sido associada a problemas como o descontrole e o uso indiscriminado com risco para a instabilidade e a piora do quadro clínico. Isso pode levar à ideação, planejamento e tentativa do suicídio, inclusive por meio da overdose de psicofármacos associados ou não a outras substâncias. É importante verificar as prescrições medicamentosas, o uso e a adesão do paciente como estratégia de prevenção de complicações e agravamentos, os quais podem evoluir para o comportamento suicida. O núcleo de Serviço Social trouxe a discussão sobre a Composição Familiar dos usuários: 13% dos usuários não possuem registro de composição familiar; 04% moram sozinhos; 71% possuem de 1 a 3 familiares; 12% têm quatro ou mais familiares. Acreditamos que esses registros revelam o quanto a participação dos familiares no acompanhamento dos usuários é imprescindível para a obtenção de bons resultados. Essa contribuição vai ao encontro da reforma psiquiátrica, que prioriza o convívio social, comunitário e familiar para as pessoas com transtorno mental. A Psicologia colocou como ponto central a classificação da ideação - foram três relacionados à temática do suicídio: ideação, planejamento e tentativa. A escolha aconteceu baseada nos dados obtidos na SSS, onde se revelou um índice crescente no serviço do CAPS deste que é um problema de saúde pública e considerado uma emergência em saúde mental. RESULTADOS: Percebemos que a SSS traduz a relação entre Crateús e o tema suicídio. Diante disso, surgiram algumas propostas de intervenção como: o aperfeiçoamento e modernização dos prontuários através da informatização dos dados e do preenchimento satisfatório; Realização busca ativa dos usuários que deixaram de frequentar o CAPS; Promover formação/educação permanente para profissionais das UBS sobre risco e manejo clínico na prevenção ao suicídio, bem como a criação de grupos de estudos; sensibilizar os profissionais ao registro de casos nas fichas de notificação e agravo. CONCLUSÃO: O CAPS se caracteriza como uma unidade escola – recebendo estudantes que estão em formação profissional – assim, a pesquisa servirá como fonte de dados e incentivo à realização de novos trabalhos nesta área. O tempo disponibilizado para a realização do trabalho e a presença/apoio dos preceptores no CAPS se destacou como potencialidade. A existência de reuniões técnico-científica com participação de todos os profissionais quinzenalmente oportuniza a construção de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) dos usuários. Perpassando, inclusive, a intersetorialidade na corresponsabilização do cuidado individual e familiar, na prevenção ou posvenção ao suicídio. REFERÊNCIAS: 1. BARCELLOS, Christovam de Castro; SABROZA, Paulo Chagastelles; PEITER, Paulo; ROJAS, Luisa Iñiguez. Organização espacial, saúde e qualidade de vida: A análise espacial e o uso de indicadores na avaliação de situações de saúde. Informe Epidemiológico do SUS, vol.11, n.3, p.129-138, 2002. 2. Botega, Neury José. Comportamento suicida: epidemiologia. Revista USP Psicologia, São Paulo, volume 25, número 3, páginas 231-236, 2014. 3. CANTÃO, Luiza; BOTTI, Nadja Cristiane Lappann. Comportamento suicida entre dependentes químicos. Revista Brasileira de Enfermagem, volume 69, número 2, mar-abr, páginas 389-396, 2016.
Título do Evento
7º Encontro Cearense de Residências Em Saúde
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VERAS, Jéssica Freire dos Santos et al.. SALA DE SITUAÇÃO EM SAÚDE DA ÊNFASE SAÚDE MENTAL RIS ESP/CE TURMA 05: CONTRIBUIÇÕES PARA O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DE CRATEÚS/CE.. In: Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde. Anais...Fortaleza(CE) Campus do Pici- UFC, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7ecrs/200904-SALA-DE-SITUACAO-EM-SAUDE-DA-ENFASE-SAUDE-MENTAL-RIS-ESPCE-TURMA-05--CONTRIBUICOES-PARA-O-CENTRO-DE-ATENCAO-PSIC. Acesso em: 27/06/2025

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