EDUCAÇÃO EM SAÚDE: OS GRUPOS COMO ESTRATÉGIAS DE TRABALHOS NA PERSPECTIVA DO NASF-AB

Publicado em 28/06/2021 - ISBN: 978-65-5941-237-2

Título do Trabalho
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: OS GRUPOS COMO ESTRATÉGIAS DE TRABALHOS NA PERSPECTIVA DO NASF-AB
Autores
  • ANA KARINE CARVALHO DE PINHO FREIRES
  • Ana Karine Lopes Camelo
  • Edna Mota Loiola
  • Janaína Gomes de Negreiros dA Silva
Modalidade
Trabalhos Científicos através da apresentação de Pôster/Banner
Área temática
c) Formação do residente para o SUS
Data de Publicação
28/06/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/7ecrs/194027-educacao-em-saude--os-grupos-como-estrategias-de-trabalhos-na-perspectiva-do-nasf-ab
ISBN
978-65-5941-237-2
Palavras-Chave
Educação em Saúde, Grupos, Interdisciplinaridade
Resumo
INTRODUÇÃO: De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), o primeiro contato na rede assistencial dentro do SUS, acontece na Atenção Primária a Saúde (APS), que coordena a assistência dentro do sistema, centraliza a atenção na família, prioriza a participação e orientação comunitária e a competência cultural. Esse nível de atenção em saúde é caracterizado por quatro dimensões primordiais, quais sejam: o acesso, a continuidade do cuidado, a integralidade da atenção e a coordenação do cuidado. Para tanto, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) é materializada dentro das Unidades de Atenção Primária a Saúde (UAPS), priorizando a promoção, proteção e recuperação da saúde, tomando como base as necessidades reais da população do território. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) desenvolve ações interdisciplinar e intersetorial; educação permanente em saúde para os profissionais e população; desenvolvimento do conceito de território; integralidade, participação social, educação popular; promoção da saúde e humanização. Assim, destacamos a promoção da saúde, que é uma estratégia da educação em saúde, por meio das atividades em grupos, com o objetivo de socializar informações, saberes, conhecimentos entre usuários e profissionais(BRASIL, 2010). Política Nacional de Educação Popular (PNEPS), através das atividades em grupo, propõe práticas, a partir do diálogo entre diversos saberes populares, ancestrais e o incentivo a produção de conhecimentos individuais e coletivos para inseri-los no SUS. Sendo assim, este artigo tem como justificativa analisar os aspectos de promoção, prevenção e educação em saúde, desenvolvidos a partir de atividades em grupos na perspectiva do NASF. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O presente estudo consiste em um relato de experiência, a partir de vivências em grupos diversos, na perspectiva de Educação em Saúde, como grupo com idosos, de saúde mental com estudantes do ensino médio, universitários e professores da rede pública, com gestantes, grupos operativos com os profissionais das UAPS, realizados dentro da APS e rede intersetorial, no período de maio a julho de 2019, desenvolvidos pela equipe de residentes multiprofissionais da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), composta por psicóloga, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta, que estão inseridas no NASF, no município de Crateús-CE. Dentre os atores sociais participantes têm-se: os profissionais residentes, os usuários e as equipes de profissionais das instituições. As atividades em grupo utilizam metodologias ativas, pedagógicas, recursos lúdicos e dinâmicos, que facilitem a participação e entendimento dos usuários em relação aos temas abordados, construindo conhecimentos coletivos, para fortalecer o usuário como protagonista das ações do serviço de saúde e participe do SUS. Portanto, o trabalho em grupo nas comunidades constitui-se como uma importante ferramenta para a sensibilização dos indivíduos a respeito do seu papel social, enquanto ator social no processo de autonomia da construção do autocuidado e na luta para a manutenção do SUS. PRINCIPAIS RESULTADOS: As atividades em grupos possibilitam melhora a comunicação e aproximação entre os profissionais e usuários, uma vez que o profissional adequa sua linguagem, tornando-a mais acessível, para que as informações sejam absorvidas de forma clara e objetiva. Para Santos (2006), os grupos podem ser entendidos como: “uma intervenção coletiva e interdisciplinar de saúde, constituída por um processo grupal dos seus participantes até o limite ético de eliminação das diferenças desnecessárias e evitáveis entre grupos humanos. Caracteriza-se como um conjunto de pessoas ligadas por constantes de tempo, espaço e limites de funcionamento, que interagem cooperativamente a fim de realizar a tarefa da promoção da saúde”. A metodologia de grupos demanda encontros regulares, o que potencializa um acompanhamento do cuidado contínuo, de forma horizontal, possibilitando aprendizagem e maior autonomia do usuário em relação ao seu autocuidado. Destaca-se que o grupo é um espaço de apoio e trocas de afeto, construindo uma relação de rede de cuidado entre os usuários. Tem um valor terapêutico, pois os usuários podem observar pessoas que vivenciam experiências parecidas, o que pode ajudá-los a enxergarem novas possibilidades de enfrentamento dos seus problemas de saúde a partir dos relatos de experiências de outras pessoas. Outro ponto importante é o trabalho interprofissional, que possibilita o cuidado integral e a troca de saberes entre os profissionais de diferentes categorias. Entretanto, existem desafios e dificuldades, como por exemplo, a dificuldade dos usuários aderirem aos grupos, pelo fato de alguns ainda permanecerem na cultura “medicalocêntrica”, valorizando a questão do uso de medicamentos, ou seja, centralizam o cuidado em apenas um profissional, o que tem levado as pessoas a buscarem soluções imediatas para seus problemas de saúde. CONCLUSÃO: Portanto, mediante a experiência relatada sobre o trabalho em grupos, com ações promovidas na perspectiva interdisciplinar e na descentralização do cuidado, contribui efetivamente para a qualidade de vida. Apesar das dificuldades existentes, não deixa de ser uma estratégia potente de educação em saúde, com ações de cuidado contínuo e participação ativa dos usuários para melhorar suas condições de vida, e fortalecer o SUS como um direito acessível, universal, igualitário e democrático. REFERÊNCIAS: 1BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 2SANTOS, L.M.; DA ROS,M.A.; CREPALDI, M.A. In: Grupos de promoção à saúde no desenvolvimento da autonomia, condições de vida e saúde. Rev. Saúde Pública [online]. 2006, vol. 40,n. 2, p.346.
Título do Evento
7º Encontro Cearense de Residências Em Saúde
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FREIRES, ANA KARINE CARVALHO DE PINHO et al.. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: OS GRUPOS COMO ESTRATÉGIAS DE TRABALHOS NA PERSPECTIVA DO NASF-AB.. In: Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde. Anais...Fortaleza(CE) Campus do Pici- UFC, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7ecrs/194027-EDUCACAO-EM-SAUDE--OS-GRUPOS-COMO-ESTRATEGIAS-DE-TRABALHOS-NA-PERSPECTIVA-DO-NASF-AB. Acesso em: 25/05/2025

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