A EDUCAÇÃO POPULAR NO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ

Publicado em 28/06/2021 - ISBN: 978-65-5941-237-2

Título do Trabalho
A EDUCAÇÃO POPULAR NO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ
Autores
  • Larissa Rodrigues De Lima
  • Nayanne Barros Queiroz
  • Ívala Sara Do Carmo Sá
  • Brenda Kércia De Sousa Silva
Modalidade
Trabalhos Científicos através da apresentação de Pôster/Banner
Área temática
b) Participação, movimentos e controle social na saúde:
Data de Publicação
28/06/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/7ecrs/192893-a-educacao-popular-no-processo-de-territorializacao--um-relato-de-experiencia-de-uma-equipe-multiprofissional-em-
ISBN
978-65-5941-237-2
Palavras-Chave
Educação Popular em Saúde, Residência Integrada em Saúde (RIS), Participação Social
Resumo
Introdução: Considerando que a atenção primária em saúde tem seu foco centrado na família, compreendida a partir do seu ambiente físico e social, compreendendo de forma ampliada o processo saúde-doença e a necessidade de intervenções que vão além de práticas curativas, torna-se necessário o estabelecimento de vínculos e a criação de co-responsabilidade entre os profissionais de saúde e a população. Sendo assim, o processo de trabalho da equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) durante o conhecimento do território, reconhecimento de potencialidades e fragilidades e elaboração do plano de ação devem, portanto, estar apoiados na prática de educação popular, como um instrumento de fortalecimento da sociedade civil e de transformação das relações de poder existentes nas práticas sociais. Descrição da experiência: Durante os meses de março a maio de 2019, em todo o território adscrito da Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Quixadá, realizou-se o processo de territorialização da equipe de residência integrada em saúde na ênfase em saúde da família. As estratégias utilizadas durante o processo foram o percurso pelos equipamentos de saúde e pela comunidade e a realização de oficinas. A oficina intitulada “Que território é esse?” contou coma participação de usuários, trabalhadores da saúde e dos demais serviços da rede, como também de alguns atores que fazem parte da gestão. Utilizou-se como metodologia dinâmicas interativas. No primeiro momento foi realizada a dinâmica do repolho, no qual os participantes distribuídos em um círculo passam um repolho produzido com folhas de papel que no seu interior estão escritas palavras chave para a incitação de debates sobre a referida situação. O repolho passava de mão em mão enquanto tocava-se uma música, ao parar a música, o participante que estava com o repolho em mãos teria que iniciar o debate sobre o assunto retirado do papel. Os temas estavam expostos da seguinte maneira: saneamento básico, coleta de lixo, habitação, segurança, educação, lazer e cultura. A partir das discussões alcançadas por meio da dinâmica, eram registrados as percepções e os pontos destacados pelos participantes para construção de um mapa de fatores potencializadores e fragilizantes à saúde. No segundo momento da oficina houve a realização de uma dinâmica intitulada por “Percurso em Rede”. A dinâmica se baseia na história fictícia de uma família que está vivenciando inúmeras situações referentes às vulnerabilidades sociais, econômicas e agravos de doenças. A ideia foi realizar um percurso por toda a rede disponível no município, a partir da apresentação das situações vivenciadas pela família apresentada. Eram elencadas alternativas para que os participantes interagissem e opinassem sobre o que o usuário deveria fazer diante da situação apresentada, a qual equipamento se dirigir. Após isso ocorriam os questionamentos aos participantes de quais as fragilidades e potencialidades presentes naquela instituição, o que há de facilitador e o que há de obstáculos ao acessar determinado serviço de saúde ou dos demais equipamentos que realizam ações intersetoriais em rede. A Educação Popular é uma forma diferenciada de aplicar e buscar o saber dentro de parâmetros pedagógicos, que consiste em reafirmar a cultura pré-existente e amenizar desequilíbrios sociais com a conscientização do potencial, participação mais ativa do usuário, as práticas e as metodologias da Educação Popular em Saúde (EPS) possibilitando o encontro entre trabalhadores e usuários, entre as equipes de saúde e os espaços das práticas populares de cuidado, entre o cotidiano dos conselhos e dos movimentos populares (MS, 2002). Durante a realização das oficinas os usuários expuseram as principais fragilidades existentes no território a partir da sua percepção e vivencia traçando junto a equipe de residência quais seriam as estratégias mais eficientes para seu enfrentamento e reconhecendo o papel da comunidade no processo de desenvolvimento das fragilidades e na resolubilidade das mesmas. A dinâmica do percurso em rede possibilitou o levantamento de discursões sobre o fluxo de atendimento dentro dos equipamentos de saúde e sobre seu funcionamento no município, onde foram traçadas ações para evitar a superlotação, o utilização do fluxo correto dentro dos equipamentos de saúde e a resolubilidade das problemáticas. Principais resultados: A consolidação do vínculo estabelecido entre a comunidade e a equipe de residentes foi evidente ao final do processo a assim como a criação de diálogos horizontais entre saúde profissionais e usuários e o fortalecimento do desenvolvimento da co-responsabilização dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Conclusão: O uso das dinâmicas interativas como instrumento facilitador e reforçador da educação popular dentro do processo de territorialização da equipe de residência aproximou e integrou a comunidade da equipe, reforçou a importância do protagonismo e resinificou saberes e práticas dos usuários, reafirmando seu papel de agente ativo na promoção e prevenção da saúde. Esse vínculo também possibilitou a implementação de ações conjuntas desenvolvidas com e para a comunidade como o movimento da Residência Itinerante. Referencias: Ministério da Saúde. Portaria n.º 1256/GM, de 17 de junho de 2009. Institui o Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde. Disponível em: . Acesso em: 03 de out 2012.
Título do Evento
7º Encontro Cearense de Residências Em Saúde
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Larissa Rodrigues De et al.. A EDUCAÇÃO POPULAR NO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ.. In: Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde. Anais...Fortaleza(CE) Campus do Pici- UFC, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7ecrs/192893-A-EDUCACAO-POPULAR-NO-PROCESSO-DE-TERRITORIALIZACAO--UM-RELATO-DE-EXPERIENCIA-DE-UMA-EQUIPE-MULTIPROFISSIONAL-EM-. Acesso em: 26/06/2025

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