RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA ÁREA DE ABRANGENCIA DE UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM FORTALEZA-CE

Publicado em 28/06/2021 - ISBN: 978-65-5941-237-2

Título do Trabalho
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA ÁREA DE ABRANGENCIA DE UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM FORTALEZA-CE
Autores
  • Ana Karolina da Silva Lima
  • Janaina Calisto Moreira
Modalidade
Trabalhos Científicos através da apresentação de Pôster/Banner
Área temática
c) Formação do residente para o SUS
Data de Publicação
28/06/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/7ecrs/192108-relato-de-experiencia-sobre-o-processo-de-territorializacao-da-residencia-multiprofissional-na-area-de-abrangenci
ISBN
978-65-5941-237-2
Palavras-Chave
Atenção Primária, Estratégia Saúde da Família, Território
Resumo
INTRODUÇÃO A territorialização é uma importante ferramenta no processo de trabalho da Atenção Primária, pois permite reconhecer o território e fazer um diagnóstico situacional, aumentando a resolubilidade dos problemas da população. O território deve ser visto não apenas como espaço físico, mas como um espaço que está em constante mudança e evolução, com características próprias. O processo de territorialização é parte indispensável para a organização dos serviços na Estratégia de Saúde da Família (ESF), pois, por meio dela, é possível identificar os pacientes que estarão sobre seus cuidados, além de realizar um planejamento que visa contínuo acompanhamento da população (CAIRES, JUNIOR, 2017). Esse processo surge como ferramenta fundamental para o planejamento das ações de saúde, pois possibilita conhecer os aspectos ambientais, sociais, demográficos e econômicos e os principais problemas de saúde da população, possibilitando desenvolver intervenções epidemiológicas e atividades voltadas às necessidades da comunidade adstrita favorecendo, dessa forma, que a hierarquização e a regionalização se concretizem (ARAÚJO et al , 2017). A Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (RIS/ESP- CE) determina como primeira proposta de atividade o processo de reconhecimento do território, por meio da territorialização, sendo esse processo fundamental para conhecer a realidade local do território, e a partir disso, elencar com maior propriedade suas principais fragilidades e potencialidades, além de planejar com eficácia formas de intervir nos problemas de saúde da população. O estudo tem como objetivo relatar a experiência do processo de territorialização da residência multiprofissional na área de abrangência de uma unidade de atenção primária em Fortaleza-CE. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA O presente trabalho trata-se de um relato de experiência do processo de territorialização no período de março a abril do ano de 2019. Envolveu seis residentes de saúde da família e uma residente de saúde coletiva. No momento inicial, fomos acompanhadas por um Agente da Mobilização Social. Esse profissional foi de extrema importância no tocante ao conhecimento da realidade do território, onde pudemos reconhecer os espaços e os atores que ali habitam. Realizamos entrevista com uma antiga moradora do bairro, que nos relatou a história do local. Além disso, visitamos os principais equipamentos de referencia que atendem ao território, no qual sentimos a dificuldade/barreira de acesso a esses equipamentos, pois a maioria deles estão localizados em pontos distantes do território. Para elencar com maior propriedade as fragilidades e potencialidades do território, realizamos oficinas de territorialização e, a partir disso, pudemos fazer o planejamento participativo com a ajuda dos moradores, onde pudemos elencar as possíveis soluções para os problemas relatados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Fazer a territorialização possibilitou a criação de uma aproximação entre os residentes recém- chegados e a comunidade adstrita à UAPS. Esse processo nos fez entender que seu objetivo não é apenas definir a área de abrangência e a população adstrita, mas também de conhecer os perfis territoriais e adequar os serviços à realidade do território (FARIA, 2013). Após o processo de territorialização, a equipe de residentes utilizou-se de um instrumento para elencar as principais Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças do território (Matriz FOFA). Essa ferramenta estratégica objetiva o confrontamento com o ambiente, seja ele o interno ou o externo, a fim de gerar informações importantes de suas possibilidades futuras (DINIZ, 2014). Como pontos fortes do território podemos identificar: existência de escolas e creches conveniadas à prefeitura, associações comunitárias que disponibilizam atividades gratuitas para a população, grupo ligado ao posto com foco na saúde mental, presença de igrejas e praças no bairro. Já entre os pontos fracos, identificamos: infraestrutura precária da Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS), ausência de escolas de ensino médio e de tempo integral no bairro, inexistência de creches de execução direta da prefeitura, acúmulo de lixo nas ruas, ausência de saneamento básico, poucos espaços para lazer, bem como práticas de esportes e atividade física, insegurança e equipamentos de saúde de referência distantes do bairro. CONCLUSÃO A matriz FOFA foi uma ferramenta primordial para nos auxiliar na visualização dos problemas mais emergentes do território, facilitando a elaboração de propostas para a resolução dos problemas com base nas principais necessidades da população. A territorialização proporcionou ao grupo de residentes um olhar crítico e ampliado do território, entendendo que é um espaço de diversidades, com particularidades próprias e que está em constante mudança. Dessa forma esse processo deve ser visto como algo de caráter contínuo. Além disso, esse processo favoreceu a criação de vínculos dos residentes com a comunidade, o que é essencial para a eficácia das ações a serem realizadas naquele território durante nosso período de permanência na unidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DINIZ, A. L. M. Estratégias de gestão e organização empresarial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. CAIRES, E.S; JUNIOR, P.J.S. Territorialização em saúde: uma reflexão acerca de sua importância na atenção primária. Rev Eletrônica Acervo Saúde, vol. 9. n. 1. p. 1174-77. Abr, 2017. ARAÚJO, G. B et al. Territorialização em saúde como instrumento de formação para estudantes de medicina: relato de experiência, Rev Sanare, vol. 16, n. 01, p. 123-29, Jan- Jun, 2017. FARIA, R. M. A. Territorialização da atenção primária à saúde no sistema único de saúde e a construção de uma perspectiva de adequação dos serviços aos perfis do território. Hygeia. vol.9. n.16. p. 131 – 147. Jun, 2013.
Título do Evento
7º Encontro Cearense de Residências Em Saúde
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Ana Karolina da Silva; MOREIRA, Janaina Calisto. RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA ÁREA DE ABRANGENCIA DE UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM FORTALEZA-CE.. In: Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde. Anais...Fortaleza(CE) Campus do Pici- UFC, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7ecrs/192108-RELATO-DE-EXPERIENCIA-SOBRE-O-PROCESSO-DE-TERRITORIALIZACAO-DA-RESIDENCIA-MULTIPROFISSIONAL-NA-AREA-DE-ABRANGENCI. Acesso em: 24/05/2025

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