A ETNIA HERAREKÃ XETÁ NO CONTEXTO SOCIOESPACIAL DE UMUARAMA-PR: O USO DO ESTEREÓTIPO E O APAGAMENTO CULTURAL

Priscila Fonseca da Silva; Ana Claudia Adamante; Eliel Feliz

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Título do Trabalho

A ETNIA HERAREKÃ XETÁ NO CONTEXTO SOCIOESPACIAL DE UMUARAMA-PR: O USO DO ESTEREÓTIPO E O APAGAMENTO CULTURAL

Autores

Priscila Fonseca da Silva
Ana Claudia Adamante
Eliel Feliz

Modalidade

Comunicações

Área temática

1.4 Autodeterminação e direitos indígenas: desafios e avanços na garantia dos direitos humanos e culturais dos povos originários

Data de Publicação

25/04/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/6-simposio-cientifico-do-icomos-brasil-patrimonio-e-direitos-humanos-396946/783796-a-etnia-herareka-xeta-no-contexto-socioespacial-de-umuarama-pr--o-uso-do-estereotipo-e-o-apagamento-cultural

ISBN

978-65-272-0421-3

Palavras-Chave

Xetá, Inserção Urbana, Uso do território, Uso da imagem

Resumo

Os indígenas da etnia Herarekã Xetá ocupavam a região Noroeste do Paraná e até a década de 1940, sem contato com a sociedade colonizadora de origem europeia. Com o movimento denominado Marcha para o Oeste, determinando a ocupação das terras até então com mata nativa intocada, rapidamente a etnia dos Xetás foi contada e sofreu um intenso processo de extermínio, chegando a restar apenas 8 indivíduos. Na década de 1990, após a reivindicação dos poucos Xetás vivos e de seus descendentes, houve tratativas com o Governo que determinou uma área de pouco mais de 2600 ha, onde estudos apontaram ser tradicionalmente ocupada pela comunidade indígena em questão. Apesar da delimitação da área, conflitos fundiários ainda impedem que haja a demarcação do território, e sua população ainda vive dispersa pelo Paraná. Neste mesmo contexto, a questão da inserção da população Xetá no meio urbano é controversa e cruel. O fato deste povo originário ter sido varrido de seu território, através de genocídio com o aval do Estado, não impediu que sua imagem fosse utilizada como máquina de propaganda para a municipalidade. O nome da etnia é utilizado para nomear um grande bosque inserido na região central de Umuarama, com uma área de 179.868,00 m², que conta com uma representação alegórica do estereótipo do “índio”, de autoria do artista plástico Rubens Utrabo, instalada em 1990. A imagem do “índio” também é utilizada como figura de “garoto propaganda” do município, com bonecos com características infantis espalhados por diversos pontos de Umuarama. Enquanto isso, é possível verificar que o povo Xetá vive em situação de extrema vulnerabilidade, estando à margem da sociedade. Não há qualquer solução, por parte do poder público, de inserção dessa população no contexto social do município. Que direito tem o colonizador de se utilizar do território e imagem deste povo originário sem que qualquer compensação seja prevista?

Título do Evento: 6º SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO ICOMOS-BRASIL: Patrimônio e direitos humanos
Cidade do Evento: Juiz de Fora
Título dos Anais do Evento: 6º SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO ICOMOS-BRASIL: Patrimônio e direitos humanos
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SILVA, Priscila Fonseca da; ADAMANTE, Ana Claudia; FELIZ, Eliel. A ETNIA HERAREKÃ XETÁ NO CONTEXTO SOCIOESPACIAL DE UMUARAMA-PR: O USO DO ESTEREÓTIPO E O APAGAMENTO CULTURAL.. In: 6º SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO ICOMOS-BRASIL: Patrimônio e direitos humanos. Anais...Belo Horizonte(MG) Juiz de Fora, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/6-simposio-cientifico-do-icomos-brasil-patrimonio-e-direitos-humanos-396946/783796-A-ETNIA-HERAREKA-XETA-NO-CONTEXTO-SOCIOESPACIAL-DE-UMUARAMA-PR--O-USO-DO-ESTEREOTIPO-E-O-APAGAMENTO-CULTURAL. Acesso em: 14/05/2025