BONECAS KARAJÁ COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL: OS DESAFIOS DA POLÍTICA DE SALVAGUARDA EM COMUNIDADES INDÍGENAS.

RENATA SILVA DE OLIVEIRA GALVAO; Francimário Vito dos Santos; Alessandro Barbosa Lopes; Luan Silveira Alves de Moura

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Trabalho

Título do Trabalho

BONECAS KARAJÁ COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL: OS DESAFIOS DA POLÍTICA DE SALVAGUARDA EM COMUNIDADES INDÍGENAS.

Autores

RENATA SILVA DE OLIVEIRA GALVAO
Francimário Vito dos Santos
Alessandro Barbosa Lopes
Luan Silveira Alves de Moura

Modalidade

Relato de experiência

Área temática

1.2 Saberes tradicionais: valorização e salvaguarda dos conhecimentos ancestrais dos povos indígenas

Data de Publicação

25/04/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/6-simposio-cientifico-do-icomos-brasil-patrimonio-e-direitos-humanos-396946/777230-bonecas-karaja-como-patrimonio-imaterial--os-desafios-da-politica-de-salvaguarda-em-comunidades-indigenas

ISBN

978-65-272-0421-3

Palavras-Chave

Patrimônio Imaterial, Saberes, Salvaguarda

Resumo

Este trabalho tem por objetivo refletir sobre os desafios da salvaguarda de bens registrados de povos indígenas, por meio da experiência de elaboração do Plano de Salvaguarda dos bens culturais imateriais: “Saberes e Práticas Associados aos Modos de Fazer Bonecas Karajá” e “Ritxoko: Expressão Artística e Cosmológica do Povo Karajá”, reconhecidos Patrimônio Cultural do Brasileiro pelo IPHAN em 2012. O povo Karajá habita às margens do Rio Araguaia, nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Pará. A produção de bonecas de cerâmicas, denominadas na língua nativa Iny Ribè, de ritxoko (na ala feminina) e/ou ritxoo (na ala masculina), é uma atividade exclusiva das mulheres e envolvem técnicas e modos de fazer considerados tradicionais, transmitidos de geração em geração. Para além de objetos lúdicos elas expressam sentidos da cosmologia da cultura Karajá. Os reconhecimentos geraram à União a responsabilidade de acompanhamento desses bens culturais. Tal fato impactou no compromisso dos poderes públicos em dialogar com a comunidade detentora para viabilizar a elaboração de um Plano de Salvaguarda. Contudo, após o registro, foram executadas ações pelo Departamento de Patrimônio Imaterial/DPI do Iphan em conjunto com as Superintendências Estaduais de Goiás e Tocantins de modo autônomo, sem articulação sistemática com as detentoras. Ou seja, não havia nesse período articulação e a mobilização necessárias para a elaboração de um Plano de Salvaguarda. Vale salientar que, este documento é construído coletivamente entre o Iphan, as instituições públicas e privadas, as entidades parceiras e a comunidade detentora. O objetivo principal é priorizar e pactuar as ações de apoio e fomento a serem executadas durante determinado período. Somente em 2019, as superintendências do Iphan nos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins atuaram de forma articulada. Inclusive, esta interlocução permitiu a construção conjunta do parecer técnico de revalidação do título dos bens culturais Karajá, durante os anos de 2020 e 2021 (pandemia do Covid-19). Foram realizadas várias reuniões envolvendo os técnicos das três superintendências, parceiros institucionais, lideranças indígenas e detentoras do bem cultural, que reforçaram a necessidade de realização de um trabalho sincronizado. O esforço em ações de articulação e mobilização forneceu o contexto oportuno para a execução de uma reunião ampliada com a comunidade detentora, em 2023, com o intuito de construir de modo participativo o Plano de Salvaguarda dos bens culturais dos Karajá. Os resultados positivos alcançados no encontro somente foram possíveis com o apoio de instituições parceiras como IBAMA, FUNAI e SESAI, que nos forneceram subsídios para a construção das tratativas e pactuações que irão compor o Plano. É importante destacar ainda a participação das mulheres, público prioritário do evento, nas priorizações das ações de salvaguarda, feito não observado nos processos de diálogos até o momento.

Título do Evento: 6º SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO ICOMOS-BRASIL: Patrimônio e direitos humanos
Cidade do Evento: Juiz de Fora
Título dos Anais do Evento: 6º SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO ICOMOS-BRASIL: Patrimônio e direitos humanos
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

GALVAO, RENATA SILVA DE OLIVEIRA et al.. BONECAS KARAJÁ COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL: OS DESAFIOS DA POLÍTICA DE SALVAGUARDA EM COMUNIDADES INDÍGENAS... In: 6º SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO ICOMOS-BRASIL: Patrimônio e direitos humanos. Anais...Belo Horizonte(MG) Juiz de Fora, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/6-simposio-cientifico-do-icomos-brasil-patrimonio-e-direitos-humanos-396946/777230-BONECAS-KARAJA-COMO-PATRIMONIO-IMATERIAL--OS-DESAFIOS-DA-POLITICA-DE-SALVAGUARDA-EM-COMUNIDADES-INDIGENAS. Acesso em: 01/06/2025