PRESERVAÇÃO E USOS DO PATRIMÔNIO FERROVIÁRIO: O CASO DA VILA PARANAPIACABA

Silvia Helena Passarelli; Renato Brancaglione Cristofi; Marcos Sidnei Pagotto-Euzebio

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Título do Trabalho

PRESERVAÇÃO E USOS DO PATRIMÔNIO FERROVIÁRIO: O CASO DA VILA PARANAPIACABA

Autores

Silvia Helena Passarelli
Renato Brancaglione Cristofi
Marcos Sidnei Pagotto-Euzebio

Modalidade

Resumo

Área temática

Tema Geral 7 - Gestão do patrimônio (Questões jurídicas, administrativas e financeiras) - Subtemas: Estruturas administrativas e de gestão, planejamento e seus instrumentos, mecanismos financeiros, cooperação internacional.

Data de Publicação

19/04/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/5-icomos-2-icomos-lac/583507-preservacao-e-usos-do-patrimonio-ferroviario--o-caso-da-vila-paranapiacaba

ISBN

978-85-5722-720-0

Palavras-Chave

gestão do patrimônio, patrimônio ferroviário, destino turístico, desenvolvimento local

Resumo

Nascida no alto da Serra do Mar, Paranapiacaba surgiu como canteiro de obras às margens da implantação da São Paulo Railway (1860-1867). Foi com o início da operação dos trens entre o litoral e o planalto, que o acampamento foi mantido para garantir a conservação das obras na Serra do Mar e a operação do sistema funicular. Do outro lado do pátio ferroviário, sobre uma elevação, um grupo de comerciantes vindos de Mogi das Cruzes, se instalou para oferecer serviços e produtos para os trabalhadores da ferrovia em construção e para os novos residentes. A crescente demanda de tráfego, exigiu que a linha férrea recebesse na virada do século XIX, um segundo sistema funicular. Junto a esse, foi implantada uma vila operária, garantindo as acomodações e a urbanidade necessária para abrigar os trabalhadores das máquinas, do tráfego e da conservação da ferrovia. O conjunto urbano no alto da serra chegou a reunir uma população de cerca de 3000 habitantes, muitos deles trabalhadores da ferrovia, com serviços para atender a vida naquele local: escola, clube social e esportivo, mercado e tudo que se faz necessário para a população que lá vivia ao lado do trem. Na década de 1970, já sob administração da Rede Ferroviária Federal S/A, um novo sistema de tração dos trens foi implantado - cremalheira-aderência - que já não necessitava de tantos trabalhadores para a sua operação e, aos poucos, a vila operária se tornava uma vila dormitório no extremo sul da metrópole paulistana, no munícipio de Santo André. Com tal diminuição de sua função de vila operária, parte dos imóveis da vila já se mostravam em aparente quadro de risco, quando na década de 1980, iniciou-se um movimento pela preservação do patrimônio ferroviário local que teve como enfoque principal o valor da vila como destino turístico. Com a desestatização da ferrovia e a extinção da Rede Ferroviária Federal S/A, novos atores passaram a atuar em Paranapiacaba: desde 1996 a MRS Logística S/A é responsável pela operação dos trens; a Prefeitura de Santo André, desde 2002, assume a propriedade da vila ferroviária; a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária é responsável pela gestão de um museu no pátio ferroviário. Diante do dilema entre a preservação do patrimônio e a vocação turística e a falta de entrosamento entre os diferentes órgãos que têm interesse e responsabilidades sobre a área, Paranapiacaba sofre com a falta de diretrizes na gestão do patrimônio, que tem levado a vila à descaracterização e ao abandono, e corre riscos de se tornar um local de passagem. Este artigo se propõe a refletir sobre este quadro de desafios e observar as práticas de preservação, conservação e gestão da Vila de Paranapiacaba. O objetivo central é analisar os caminhos que foram desenhados para o desenvolvimento local de Paranapiacaba nestes últimos vinte anos, especialmente diante de sua condição inequívoca de antiga vila operária, paisagem cultural relevante do estado de São Paulo, tombada nos três níveis de governo.

Título do Evento: 5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC
Cidade do Evento: Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento: Anais do 5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

PASSARELLI, Silvia Helena; CRISTOFI, Renato Brancaglione; PAGOTTO-EUZEBIO, Marcos Sidnei. PRESERVAÇÃO E USOS DO PATRIMÔNIO FERROVIÁRIO: O CASO DA VILA PARANAPIACABA.. In: Anais do 5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/5-icomos-2-icomos-lac/583507-PRESERVACAO-E-USOS-DO-PATRIMONIO-FERROVIARIO--O-CASO-DA-VILA-PARANAPIACABA. Acesso em: 07/05/2025