“VILAS OPERÁRIAS”: HISTÓRIA INDUSTRIAL E ESQUECIMENTO PATRIMONIAL EM SÃO LUÍS, MARANHÃO, CIDADE PATRIMÔNIO MUNDIAL PELA UNESCO.

Publicado em 19/04/2023 - ISBN: 978-85-5722-720-0

DOI
10.29327/1204016.5-16  
Título do Trabalho
“VILAS OPERÁRIAS”: HISTÓRIA INDUSTRIAL E ESQUECIMENTO PATRIMONIAL EM SÃO LUÍS, MARANHÃO, CIDADE PATRIMÔNIO MUNDIAL PELA UNESCO.
Autores
  • diogo guagliardo neves
Modalidade
Resumo
Área temática
Tema Geral 2 - Cidades e vilas históricas - Subtemas: Ambientes urbanos-monumentais, áreas monumentais, centros históricos.
Data de Publicação
19/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/5-icomos-2-icomos-lac/580773-vilas-operarias--historia-industrial-e-esquecimento-patrimonial-em-sao-luis-maranhao-cidade-patrimonio-mundia
ISBN
978-85-5722-720-0
Palavras-Chave
Indústria; Trabalho; Patrimônio; Esquecimento; Maranhão.
Resumo
O Maranhão, em que pese seu atual afastamento no que refere ao desenvolvimento econômico, é possível ser referido como “desindustrializado”, posto que na passagem do século XIX ao XX foi um dos Estados que mais possuiu fábricas no Norte do Brasil, e que estiveram ativas até meados da década de 1960, com destaque o ramo têxtil a partir da fibra do algodão. A lavoura tem sido apontada pela historiografia como a responsável pela ampla projeção no comércio verificada nesse território entre os séculos XVIII e XIX. No entanto, em momento posterior, as fábricas tiveram papel altamente relevante. De fato, o Maranhão possuiu, entre 1890 e 1965, 18 unidades fabris de grande porte, a saber: “Fábrica Camboa”; “Fábrica Santa Isabel”, “Fábrica São Joaquim”, “Fábrica Santa Amélia”, “Fábrica Rio Anil”, “Fiação e Tecelagem São Luiz”; “Companhia Progresso Maranhense”, “Companhia Industrial Maranhense”, “Fábrica de Tecidos e Malhas Ewerton” e “Fábrica Cânhamo”, todas na capital, São Luís. No interior do Estado tinha-se a “Fábrica Caxiense”, “União Caxiense”, “Industrial Caxiense” e “Fábrica Sanharó”, na cidade de Caxias. No município de Codó, a “Companhia Manufatureira e Agrícola do Maranhão”. Mesmo fábricas não-têxteis como a “Fábrica Santiago”, de produtos químicos e hospitalares e “Empresa Maranhense de Curtumes”, também de São Luís, foram relativamente grandes e empregaram considerável número de operários. Havia também o “Engenho Central São Pedro” e a “Usina Joaquim Antônio”, surgidos no final do Segundo Reinado, e que, apesar dos nomes, eram de fato unidades industriais. Pode-se dizer que a instalação delas nas cercanias do núcleos urbanos, especialmente na capital maranhense, terminou por os conformar durante um longo período. No ponto, o modelo inicial de “unidade fabril” envolveu a fábrica propriamente dita, mas também a “casa do gerente” ou do proprietário, as vilas operárias, dentre outras instalações, inclusive esportivas, tal o “Estádio Santa Isabel”, que assumiu finalidade pública, recepcionando eventos como comícios políticos. Todavia, o modelo adotado de preservação patrimonial em São Luís, cidade reconhecida pela UNESCO por seu acervo cultural edificado, apesar de restaurações relativamente recentes de alguns dos imóveis industriais sobreviventes, o privilégio preservacionista ainda pertence ao legado colonial e imperial, e nenhuma preocupação houve com a conservação das edificações adjacentes, resultando na perda quase total da maioria das vilas operárias, apesar da grande relevância que tiveram e do símbolo como memória do trabalho operário. Porém, no caso da “Fábrica Santa Isabel” na aérea central da capital, operou-se o reverso: a sede foi quase de todo aniquilada, mas chegaram aos dias atuais a estrutura fundamental da residência dos proprietários e parte da vila operária original. Ambas merecem imediata restauração e requalificação, como exemplares representativos da história social recente da cidade e do Estado do Maranhão.
Título do Evento
5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do 5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

NEVES, diogo guagliardo. “VILAS OPERÁRIAS”: HISTÓRIA INDUSTRIAL E ESQUECIMENTO PATRIMONIAL EM SÃO LUÍS, MARANHÃO, CIDADE PATRIMÔNIO MUNDIAL PELA UNESCO... In: Anais do 5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/5-icomos-2-icomos-lac/580773-VILAS-OPERARIAS--HISTORIA-INDUSTRIAL-E-ESQUECIMENTO-PATRIMONIAL-EM-SAO-LUIS-MARANHAO-CIDADE-PATRIMONIO-MUNDIA. Acesso em: 15/05/2025

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