O RASTRO E A CICATRIZ: A EDIFICAÇÃO DO ANTIGO DOPS EM BELO HORIZONTE COMO UM POSSÍVEL LUGAR PARA A ELABORAÇÃO DO PASSADO.

Publicado em 19/04/2023 - ISBN: 978-85-5722-720-0

Título do Trabalho
O RASTRO E A CICATRIZ: A EDIFICAÇÃO DO ANTIGO DOPS EM BELO HORIZONTE COMO UM POSSÍVEL LUGAR PARA A ELABORAÇÃO DO PASSADO.
Autores
  • Lucas Marques Tarabal
Modalidade
Resumo
Área temática
Tema Geral 1 - Monumentos e Sítios - Subtemas: Fortificações e patrimônio militar, patrimônio religioso, patrimônio cultural subaquático, patrimônio do século 20, patrimônio industrial, arquitetura vernacular, patrimônio polar, arte rupestre.
Data de Publicação
19/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/5-icomos-2-icomos-lac/569426-o-rastro-e-a-cicatriz--a-edificacao-do-antigo-dops-em-belo-horizonte-como-um-possivel-lugar-para-a-elaboracao-do-
ISBN
978-85-5722-720-0
Palavras-Chave
DOPS, Patrimônio Sensível, Memória, Elaboração, Modernismo.
Resumo
O Departamento de Ordem Política e Social, DOPS, foi criado em 1924 para assegurar e disciplinar a ordem militar no país. Após o Golpe Militar de 1964, a instituição foi uma das principais responsáveis pelo sistema repressivo brasileiro, com sedes em várias capitais brasileiras, como em Belo Horizonte - Minas Gerais. O edifício modernista de autoria do arquiteto Hélio Ferreira Pinto que abrigou o DOPS juntamente com o Centro de Operações de Defesa Interna, DOI-CODI, na capital mineira, passou por vários usos ligados às forças de segurança e à carceragem após o fim da instituição em 1983, sendo posteriormente fechado na década de 2010, quando se dá seu tombamento em nível estadual após o tombamento municipal, na promessa de ali construir um Memorial de Direitos Humanos. Isto posto, este artigo discute este bem patrimonializado além de sua estrutura construída, o identificando como um patrimônio sensível, relacionado à vários abusos e violações de direitos humanos. E como tal, o artigo pensa o lugar, a matéria do patrimônio, como um possível espaço para a elaboração, partindo dos conceitos da psicanálise e suas interpretações realizadas por Jeanne Marie Gagnebin, que discute as maneiras com que o passado pode ser elaborado e constituir mais que uma lembrança para que algo não se repita, mas um entendimento do ocorrido e uma conscientização efetiva. O artigo, portanto, realiza um exercício de, ao ver o lugar como um abrigo de rastros, vestígios de memória que também se incrustam na matéria como cicatrizes, e uma memória eminentemente difícil, tentar imaginar como este patrimônio pode provocar a elaboração de um passado de abusos, torturas e violências perpetradas no edifício tombado em sua possível ocupação e gestão pelos órgãos de proteção do patrimônio cultural. Para isto, este artigo incorpora as discussões trazidas por Didi-Huberman, Derrida e Pierre Nora, buscando constituir um escopo teórico que permita vislumbrar a elaboração desse passado traumático por meio da matéria construída e inserida no corpo do patrimônio cultural do século XX, articulando, de maneira indissociável, a história da edificação às suas características estilísticas.
Título do Evento
5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do 5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

TARABAL, Lucas Marques. O RASTRO E A CICATRIZ: A EDIFICAÇÃO DO ANTIGO DOPS EM BELO HORIZONTE COMO UM POSSÍVEL LUGAR PARA A ELABORAÇÃO DO PASSADO... In: Anais do 5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/5-icomos-2-icomos-lac/569426-O-RASTRO-E-A-CICATRIZ--A-EDIFICACAO-DO-ANTIGO-DOPS-EM-BELO-HORIZONTE-COMO-UM-POSSIVEL-LUGAR-PARA-A-ELABORACAO-DO-. Acesso em: 07/08/2025

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