TUDO JUNTO, MAS SEPARADO. FENOLOGIA DA FLORAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES COOCORRENTES DE MYRTACEAE

Gabrielle Marques Inácio; Adriano Valentin da Silva; Fernanda Figueiredo de Araujo; Desconhecido6768

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Trabalho

Título do Trabalho

TUDO JUNTO, MAS SEPARADO. FENOLOGIA DA FLORAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES COOCORRENTES DE MYRTACEAE

Autores

Gabrielle Marques Inácio
Adriano Valentin da Silva
Fernanda Figueiredo de Araujo
Desconhecido6768

Modalidade

Resumos simples

Área temática

Ecologia Vegetal

Data de Publicação

04/07/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/41erbot/413584-tudo-junto-mas-separado-fenologia-da-floracao-de-tres-especies-coocorrentes-de-myrtaceae

ISBN

978-65-5941-740-7

Palavras-Chave

Campo Rupestre, Antese Floral, Floração, Competição

Resumo

Espécies de plantas competem pelos mesmos polinizadores quando ocorrem no mesmo local, oferecem os mesmos recursos florais e possuem morfologia floral similar. Estudos fenológicos auxiliam no entendimento desse tipo de interação ecológica. Buscamos compreender a fenologia da floração de três espécies coocorrentes de Myrtaceae. Em uma área de campo rupestre sobre afloramento ferruginoso na Serra da Calçada (Nova Lima, Minas Gerais), marcamos arbustos de três espécies (Blepharocalyx salicifolius (Kunth), Myrcia obovata (O. Berg) Nied e Myrcia splendens (Sw.) DC.) que possuem atributos florais semelhantes. Coletamos os dados quinzenalmente, de setembro de 2019 a agosto de 2020, e duas vezes por semana, durante o período de abertura das flores. Analisamos as fenofases botão floral e flor em antese, além da dinâmica de abertura das flores, utilizando os índices de atividade e intensidade (Fournier). Nas três espécies, os botões florais foram produzidos na estação seca, apresentando frequência anual e duração estendida, com picos de atividade e intensidade entre agosto e outubro. Embora o período de floração tenha se sobreposto (setembro a novembro), os picos de atividade e de intensidade foram sequenciais entre as três espécies. O pico de M. obovata foi em setembro, de B. salicifolius no início de outubro e de M. splendens no final de outubro. Ao analisar os dados das flores em antese coletados duas vezes por semana, notamos que os índices de atividade e intensidade de M. obovata e B. salicifolius foram sobrepostos, enquanto os de M. splendens alternaram com as outras espécies. Entretanto, em campo, observamos que as flores de M. obovata e B. salicifolius abriram em dias diferentes. As três espécies apresentaram dinâmica de abertura floral em que, em uma mesma inflorescência, ocorreu a abertura gradual das flores. Pelo menos dois eventos de abertura floral ocorreram em cada espécie. Associamos a alternância de abertura floral entre as espécies com a arquitetura das inflorescências. Interpretamos essa abertura alternada de flores em diferentes dias como um mecanismo que diminui a competição por polinizadores nas três espécies coocorrentes de Myrtaceae.

Título do Evento: 41 Encontro Regional de Botânicos
Título dos Anais do Evento: Anais do 41º Encontro Regional de Botânicos - Regional MG, BA, ES
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

INÁCIO, Gabrielle Marques et al.. TUDO JUNTO, MAS SEPARADO. FENOLOGIA DA FLORAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES COOCORRENTES DE MYRTACEAE.. In: Anais do 41º Encontro Regional de Botânicos - Regional MG, BA, ES. Anais...Itabuna(BA) UFSB, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/41erbot/413584-TUDO-JUNTO-MAS-SEPARADO-FENOLOGIA-DA-FLORACAO-DE-TRES-ESPECIES-COOCORRENTES-DE-MYRTACEAE. Acesso em: 02/08/2025