AUTOLESÃO NÃO SUICIDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TDAH: REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

Publicado em 29/12/2022 - ISBN: 978-85-5722-507-7

Título do Trabalho
AUTOLESÃO NÃO SUICIDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TDAH: REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
Autores
  • Beatriz Billafan Ferreira
Modalidade
Resumo
Área temática
Saúde e bem-estar
Data de Publicação
29/12/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/21jornadacientificadohub/582614-autolesao-nao-suicida-em-criancas-e-adolescentes-com-tdah--revisao-narrativa-da-literatura
ISBN
978-85-5722-507-7
Palavras-Chave
Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade, Comportamento Autodestrutivo, Autolesão não Suicida.
Resumo
Introdução: O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é um prevalente transtorno do neurodesenvolvimento, com padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, prejuízo funcional e repercussão no desenvolvimento. Em crianças e adolescentes com TDAH, a prevalência de transtornos mentais comórbidos é alta e, no entanto, há condições pouco estudadas e de extrema relevância clínica, como a autolesão não suicida. Estudos já apontaram o TDAH como potencial fator de risco para autolesão nessa faixa etária, porém há reduzido número de estudos sobre o tema e não está claro se tal associação é direta ou se é mediada por outras variáveis. Objetivos: Este estudo visa esclarecer a associação entre TDAH na infância/adolescência e o comportamento autolesivo, com destaque para a autolesão não suicida, por meio de revisão narrativa da literatura. Pretende-se investigar a relevância dessa comorbidade no curso do TDAH e na avaliação diagnóstica e terapêutica do jovem com o transtorno. Método: O estudo consistiu em revisão narrativa da literatura, na plataforma digital PubMed. Utilizaram-se descritores extraídos da plataforma Descritores em Ciências da Saúde, do Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde - BIREME. Não houve delimitação de tempo ou tipo de estudo, principalmente devido à pequena quantidade de artigos publicados disponíveis. Os artigos encontrados foram selecionados para leitura integral com base no título e em breve leitura do resumo/abstract, por coerência com o tema da pesquisa. Foram excluídos estudos com populações adultas ou que incluíam adultos; porém, os estudos longitudinais que incluíram população de crianças/adolescentes na aferição inicial de dados foram considerados. Todos os artigos encontrados e incluídos foram publicados em língua inglesa. Resultados: Dentre os oito estudos analisados, seis destacaram associação positiva entre TDAH e autolesão na infância/adolescência. Ward e Curran (2021) observaram mais sintomas hiperativos em adolescentes com comportamento autolesivo. Em crianças/adolescentes com TDAH, Meza et al. (2021) citaram maior prevalência de autolesão não suicida ao longo da vida, Hurtig et al. (2012) relataram maior prevalência de autolesão deliberada e Chou et al. (2014) encontraram maior incidência de auto envenenamento deliberado. Já Mulraney et al. (2021) não observaram associação significativa, assim como Balázs et al. (2018), que evidenciaram fatores como transtornos afetivos, transtornos psicóticos, comportamento suicida, abuso e dependência de álcool mediando completamente tal associação. Os estudos evidenciaram, subjacente à associação, importante papel de sexo feminino, impulsividade, idade, comorbidades psiquiátricas, disfunção familiar e problemas comportamentais e emocionais na infância. Conclusões: Verificou-se nos trabalhos analisados uma predominância de associações positivas entre TDAH na infância e adolescência e o comportamento autolesivo. Propõe-se vigilância e rastreamento das formas de autolesão – incluindo-se a autolesão não suicida – e de seus fatores de risco nos indivíduos com TDAH pertencentes a essas faixas etárias. Há necessidade de atenção especial às meninas, principalmente àquelas com mais sintomas impulsivos/hiperativos ou apresentação combinada. Dessa mesma forma, diante de uma emergência autolesiva em criança ou adolescente, é indicada triagem para sinais e sintomas hiperativos/impulsivos e desatentos. Destaca-se a imprescindibilidade de uma abordagem integral e do paciente com TDAH, tendo em vista a importância de fatores individuais e ambientais no curso do transtorno e na mediação de eventos como a autolesão. Diante de limitações, aponta-se para a necessidade de mais estudos primários no tema, especialmente em âmbito nacional. Este trabalho foi apresentado, anteriormente, no 28º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 19º do DF realizado entre os dias 09/11 a 11/11/2022.
Título do Evento
21ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Título dos Anais do Evento
ANAIS DA 21ª JORNADA CIENTÍFICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Beatriz Billafan. AUTOLESÃO NÃO SUICIDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TDAH: REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/21jornadacientificadohub/582614-AUTOLESAO-NAO-SUICIDA-EM-CRIANCAS-E-ADOLESCENTES-COM-TDAH--REVISAO-NARRATIVA-DA-LITERATURA. Acesso em: 03/05/2025

Trabalho

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