CARACTERIZAÇÃO DA PORCENTAGEM DE MIGRAÇÃO DO QUADRIL E OS NÍVEIS DE FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL

Publicado em 29/12/2022 - ISBN: 978-85-5722-507-7

Título do Trabalho
CARACTERIZAÇÃO DA PORCENTAGEM DE MIGRAÇÃO DO QUADRIL E OS NÍVEIS DE FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Autores
  • Giovana Rosa Borges
  • Ranny Keatlyn de Oliveira
  • sthefany Da Silva Souza
  • Thamiris da Silva dos Santos
  • Amanda Larissa Oliveira Lima
  • Aline Martins Toledo
  • Kennea Martins Almeida Ayupe
Modalidade
Resumo
Área temática
Saúde e bem-estar
Data de Publicação
29/12/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/21jornadacientificadohub/582514-caracterizacao-da-porcentagem-de-migracao-do-quadril-e-os-niveis-de-funcionalidade-de-criancas-com-paralisia-cere
ISBN
978-85-5722-507-7
Palavras-Chave
Hip Dislocation, Cerebral Palsy, Joint Dislocations
Resumo
Introdução: A Paralisia Cerebral (PC) é uma condição neurológica de caráter não-progressivo que apresenta distúrbios motores e cognitivos permanentes, acarretando limitações de atividades, déficits posturais e na execução dos movimentos. A criança com PC é classificada de acordo com o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) composta por cinco níveis de funcionalidade. As disfunções relacionadas à PC são diversas, sendo que a displasia neuromuscular do quadril é a segunda deformidade esquelética mais comum nessa população (CORNELL; 1995). Protocolos de vigilância do quadril compostos por radiografias pélvicas regulares que visam monitorar a Porcentagem de Migração (PM) da cabeça femoral em relação ao acetábulo são essenciais no cuidado e desenvolvimento de projetos terapêuticos para estes pacientes. Tendo em vista que na PC as deficiências e habilidades variam com o tempo e a idade é necessário que o protocolo de vigilância do quadril seja realizado com periodicidade. Objetivos: Os objetivos do presente estudo são: caracterizar a porcentagem de migração do quadril e sua relação com os níveis de funcionalidade e idade de crianças com Paralisia Cerebral; e descrever a relação do nível de funcionalidade da criança com os casos de luxação de quadril. Método: Trata-se de um estudo transversal oriundo de um estudo longitudinal multicêntrico aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 28540620.6.2005.8093). A amostra foi selecionada por conveniência no ambulatório de fisioterapia neurológica em colaboração ao projeto de extensão “Cuidar de PC”. Foram incluídas crianças com idades de 1 a 13 anos e diagnóstico de PC de todos os níveis do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), sendo que o nível I abrange a presença mínima de disfunção em relação à auto-locomoção e o nível V compreende a existência de total dependência de assistência, como por exemplo de aparelhos auxiliares de locomoção, adaptações e cadeira de rodas motorizada. Para avaliar a porcentagem de migração da cabeça femoral (lados Direito - D e esquerdo - E) em relação ao acetábulo foram coletadas radiografias de quadril e analisadas pela equipe de fisioterapia do projeto Cuidar de PC, pelo aplicativo HipScreen. A porcentagem de migração varia de 0 a 100%, sendo que valores iguais ou superiores a 30% indicam subluxação de quadril e 100% relaciona-se a deslocamentos completo da cabeça do fêmur. Foram analisadas as variáveis de caracterização da amostra, como data de nascimento, tipo clínico de PC e nível de GMFCS. Foi realizada análise descritiva dos dados por meio de média e desvio-padrão, além de porcentagens de ocorrência. Resultados: Foram avaliadas 27 crianças com diagnóstico de PC com idade média de 5,3 anos (±3,1 anos). No nível GMFCS I (n=1) a idade foi de 4 anos com PM de 0 e 10 do lado D e E respectivamente. No nível GMFCS II (n=5) a média de idade foi de 4,8 anos (±2,5 anos) com PM média de 22% (D) e 20% (E). No nível GMFCS III (n=6) a média de idade foi de 3,3 anos (±1,6 anos) com PM média de 30,8% (D) e 20,8% (E). No nível GMFCS IV (n=7) a média de idade foi de 6,7 anos (±3,09 anos) com PM média de 24,5% (D) e 39% (E). No nível GMFCS V (n=8), a média de idade foi de 6,6, anos (±4,1 anos) com PM do quadril de 47,5% e 45,6% do lado D e E respectivamente. A subluxação e luxação de quadril foram verificadas, respectivamente, nos níveis II (20%; 0%), III (33,3%; 0%), IV (42,85%, 14,3%) e V (25%; 37,5%). Nos casos de luxação, todas as crianças possuíam idade acima de 5 anos. Conclusões: O aumento de nível de GMFCS está diretamente associado à luxação de quadril e ao aumento da porcentagem de migração. A subluxação de quadril apresentou-se a partir do nível II do GMFCS. A luxação apresentou-se nas crianças a partir dos 5 anos de idade, o que demonstra que o mau posicionamento na cadeira de rodas e as deficiências motoras acarretam disfunções a longo prazo e orientações e adequações ambientais para estas crianças se fazem necessárias.
Título do Evento
21ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Título dos Anais do Evento
ANAIS DA 21ª JORNADA CIENTÍFICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BORGES, Giovana Rosa et al.. CARACTERIZAÇÃO DA PORCENTAGEM DE MIGRAÇÃO DO QUADRIL E OS NÍVEIS DE FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/21jornadacientificadohub/582514-CARACTERIZACAO-DA-PORCENTAGEM-DE-MIGRACAO-DO-QUADRIL-E-OS-NIVEIS-DE-FUNCIONALIDADE-DE-CRIANCAS-COM-PARALISIA-CERE. Acesso em: 09/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes