A HIPERSEXUALIZAÇÃO COMO PRODUÇÃO AFETIVA

Publicado em 02/10/2024 - ISBN: 978-65-272-0753-5

Título do Trabalho
A HIPERSEXUALIZAÇÃO COMO PRODUÇÃO AFETIVA
Autores
  • Bianca Toscano
Modalidade
Comunicações Orais - apresentação remota e por vídeo
Área temática
Gênero e Sexualidade
Data de Publicação
02/10/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/841837-a-hipersexualizacao-como-producao-afetiva
ISBN
978-65-272-0753-5
Palavras-Chave
hipersexualização, afeto, racismo, negritude
Resumo
O presente resumo é a conclusão de minha dissertação de mestrado que buscou responder questionamentos ligados a hipersexualização dos corpos dos jovens negros, tendo o racismo como elemento fundador e estruturador. De acordo com as análises dos dados produzidos pela pesquisa, 80% entrevistados compartilharam que feridas causadas pelo racismo vivenciado durante a infância e adolescência, foram potencializadores do estigma de um corpo/objeto. Os entrevistados também compartilharam que suas sexualidades, independente do gênero, estão totalmente ligadas às questões raciais. Cada um concluiu, de maneira individual, que seus corpos são desejados ou não, a partir da cor de sua pele e fenótipos. Os homens entrevistados sentem um “peso” em ter que responder às expectativas de seus pares, expectativas essas que envolvem, desde o desempenho sexual ao tamanho do pênis. Enquanto a entrevistada mulher, assim como eu (me coloco enquanto sujeito da pesquisa), sentimos a necessidade de interpretar essa mulata fogosa que habita o imaginário social. As consequências disso são: insatisfação sexual, cansaço físico e principalmente, uma condição psicossexual prejudicada, não saudável..Outra informação importante que a pesquisa revelou foi que, a hipersexualização também aliena, à medida que os homens negros não reconhecem essa prática como abuso, como uma violência sofrida, assim, acreditam que essa adjetivação é um benefício ou uma vantagem, como sendo o único lugar de visibilidade. A maioria dos entrevistados, têm comportamentos de autodepreciação e subalternização no que tange a relacionamentos afetivos. Tem resistência em se abrir, em confiar e a se entregar emocionalmente. Embora os estudos não possam ser conclusivos, por ser uma dissertação de mestrado, pelo tempo que é destinado à produção e pela quantidade de entrevistados, o trabalho nos apresenta marcas do racismo que podem ser vistas a partir dos elementos que a entrevista trouxe e que podem apontar para estudos futuros que aprofundem as questões da sexualidade da juventude negra.
Título do Evento
I CINALC e V Colóquio Raça e Interseccionalidades
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

TOSCANO, Bianca. A HIPERSEXUALIZAÇÃO COMO PRODUÇÃO AFETIVA.. In: Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/841837-A-HIPERSEXUALIZACAO-COMO-PRODUCAO-AFETIVA. Acesso em: 09/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes