NOSSAS PAUTAS PRECISAM SAIR DAS NOSSAS BOCAS PRETAS: MULHERES NEGRAS NA PRODUÇÃO DE CAMPANHAS ELEITORAIS

Publicado em 02/10/2024 - ISBN: 978-65-272-0753-5

Título do Trabalho
NOSSAS PAUTAS PRECISAM SAIR DAS NOSSAS BOCAS PRETAS: MULHERES NEGRAS NA PRODUÇÃO DE CAMPANHAS ELEITORAIS
Autores
  • Cristhiane Malungo
Modalidade
GT 13: Discurso, raça e mídias digitais na América Latina - Glenda Melo e Kassandra Muniz
Área temática
Discurso
Data de Publicação
02/10/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/800837-nossas-pautas-precisam-sair-das-nossas-bocas-pretas---mulheres-negras-na-producao-de-campanhas-eleitorais
ISBN
978-65-272-0753-5
Palavras-Chave
Mulheres Negras, Campanhas Eleitorais, Interseccionalidade, Raça, Mídias
Resumo
Nas eleições de 2018, o Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro (FEMNegras-RJ) em conjunto com outros movimentos de mulheres negras do estado, promoveu a campanha Eu voto nas pretas, para incentivar candidaturas e eleição de mulheres negras para cargos do executivo e legislativo. Em 2020, em meio à pandemia de COVID-19, a campanha foi virtual. Ao contrário de eleições anteriores, onde a televisão, o rádio e mídia impressa eram os focos da propaganda eleitoral, as últimas eleições estabeleceram outros elementos e espaços de comunicação. Isso possibilitou a inserção de grupos que estavam fora da produção de campanhas, que dependiam de espaços na mídia e agências de publicidade dominadas por homens brancos. Segundo Oliveira (2007) há uma lacuna nos estudos sobre a relação entre raça, racismo e política no Brasil e como as tecnologias de marketing político e narrativas jornalísticas tem influenciado a (des)construção da imagem de candidatos, partidos e plataformas eleitorais. O objetivo da pesquisa foi analisar, a partir da Campanha Eu voto nas Pretas de 2020, a inserção de mulheres negras como protagonistas das produções de campanhas eleitorais realizadas em ambiente virtual, seus desafios, interseccionalidades e a desconstrução de narrativas e imagens subalternizadas construídas historicamente sobre essas mulheres. Foi realizada análise de conteúdo das lives produzidas com as candidatas da campanha . Collins (2019) apresenta imagens de controle e opressão criadas sobre mulheres negras. Carrero, Meirinho (2020) , nos indicam caminhos na forma como artistas negras rompem a lógica dessas imagens e Lélia Gonzalez (2020) analise como o racismo articulado com o sexismo produz efeitos violentos sobre as mulheres negras brasileiras. Segundo Borges (2021) presenciamos hoje novas e diferentes formas de elaboração e exploração do político, “testemunhamos a movimentação de sujeitos nas malhas digitais e materiais gestando novas formas de existência por meio de outros agenciamentos de imagens”. As estratégias desenvolvidos por mulheres negras nos espaços de campanhas eleitorais tem promovido uma forma própria de fazer política em uma perspectiva de quebra dos padrões normativos.
Título do Evento
I CINALC e V Colóquio Raça e Interseccionalidades
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MALUNGO, Cristhiane. NOSSAS PAUTAS PRECISAM SAIR DAS NOSSAS BOCAS PRETAS: MULHERES NEGRAS NA PRODUÇÃO DE CAMPANHAS ELEITORAIS.. In: Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/800837-NOSSAS-PAUTAS-PRECISAM-SAIR-DAS-NOSSAS-BOCAS-PRETAS---MULHERES-NEGRAS-NA-PRODUCAO-DE-CAMPANHAS-ELEITORAIS. Acesso em: 03/07/2025

Trabalho

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