BELL, QUERENDO FALAR DE AMOR, FALOU COM O MC MARCINHO

Publicado em 02/10/2024 - ISBN: 978-65-272-0753-5

Título do Trabalho
BELL, QUERENDO FALAR DE AMOR, FALOU COM O MC MARCINHO
Autores
  • Waleff Dias Caridade
Modalidade
GT 24: Musicalidades africanas e afro-diaspóricas como repositório da memória negra no Brasil - Renan Ribeiro Moutinho e Luiza Nascimento Almeida
Área temática
Discurso
Data de Publicação
02/10/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/796936-bell-querendo-falar-de-amor-falou-com-o-mc-marcinho
ISBN
978-65-272-0753-5
Palavras-Chave
Negrura, Afetividade, Racialidade, bell hooks, MC Marcinho
Resumo
Esse ensaio surge na possibilidade de encontro entre bell hooks, uma das principais filósofas negras que reflete o amor enquanto categoria política de crescimento espiritual próprio ou alguém semelhante, e o cantor MC Marcinho, conhecido popularmente como o príncipe solitário do funk melody carioca, pois, em suas letras abordam as dificuldades de viver nas comunidades do Rio de Janeiro, utilizando o amor como fio condutor do encontro, tendo a perspectiva preta enquanto espinha dorsal. Os textos Vivendo de amor (2000) e Love as the practice of freedom (2006) de bell hooks, as canções Sonhos, Tudo é festa, Funk da antiga e Vem comigo, presentes no álbum Tudo é festa (2001) de MC Marcinho, e a interlocução com outros autores negros que pensam o amor entre a comunidade negra são assimilados enquanto metodologia para o encontro. Importante salientar que pode parecer que estamos falando de metodologia, mas, principalmente, estamos falando de amor à negrura, questão tão cara às pessoas negras, já que no desenvolvimento do processo colonial não foram levadas a refletir sobre as condições raciais. Reprimir os sentimentos era a via de possibilidade de sobrevivência e no decorrer dos anos esse comportamento de mascarar passou a ser considerado como sinal de personalidade forte e a única noção de intimidade ofertada acontecia por meio de uma negociação de autopreservação, ligada ao sentimento prático da realidade, associado muitas vezes a reprodução de violência. Expressar os sentimentos e falar sobre eles se tornou um luxo, uma vez que sobreviver era e é ainda hoje divulgado como o mais importante para esses corpos. E é por meio do funk melody carioca que surge a possibilidade de construir outra relação com as pessoas negras, através da prática. A boca que fala e os corpos que se movimentam na mesma frequência. Assim, percebe-se esse ensaio pensando o encontro pelo respeito e legado que ambos construíram falando, cada um de sua forma, sobre algo tão necessário, o amor entre semelhantes, e acredito que se estivessem se encontrado pessoalmente nesse plano, teriam muito para dialogar.
Título do Evento
I CINALC e V Colóquio Raça e Interseccionalidades
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARIDADE, Waleff Dias. BELL, QUERENDO FALAR DE AMOR, FALOU COM O MC MARCINHO.. In: Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/796936-BELL-QUERENDO-FALAR-DE-AMOR-FALOU-COM-O-MC-MARCINHO. Acesso em: 20/06/2025

Trabalho

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