RESSIGNIFICANDO MEMÓRIAS NEGRAS: A ROMA CARTOGRÁFICA DA ESCRITORA AFRO-ITALIANA IGIABA SCEGO

Publicado em 02/10/2024 - ISBN: 978-65-272-0753-5

Título do Trabalho
RESSIGNIFICANDO MEMÓRIAS NEGRAS: A ROMA CARTOGRÁFICA DA ESCRITORA AFRO-ITALIANA IGIABA SCEGO
Autores
  • Adriana Aparecida de Jesus Reis
Modalidade
GT 06: Literatura, Memória e identidade cultural: o pensamento decolonial nas literaturas africanas de língua portuguesa, afro-brasileiras e indígenas - Ana Claudia Servilha Martins Poleto e Adriana Lins Precioso
Área temática
Memórias Negras
Data de Publicação
02/10/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/757459-ressignificando-memorias-negras--a-roma-cartografica-da-escritora-afro-italiana-igiaba-scego
ISBN
978-65-272-0753-5
Palavras-Chave
memórias negras, Igiaba Scego, afro-italiana, monumentos, diáspora.
Resumo
Em sua obra autobiográfica, La mia casa è dove sono, traduzida no Brasil com o título de A minha casa é onde estou (Editora Noz, trad. Francesca Cricelli), a escritora contemporânea italiana Igiaba Scego, filha de pais somalis, atesta a possibilidade de viver numa identidade de encruzilhada: “Sono italiana, ma anche no. Sono somala, ma anche no. Un crocevia uno svincolo”. Guiada por um sentimento de pertencimento, avultado pela experiência diaspórica de seus ancestrais, Scego desenha um mapa afetivo, conectando as capitais da Itália e da Somália, respectivamente Roma e Mogadíscio. Esse mapa, à primeira vista, parece trazer um conforto emocional para a escritora que se vê num entrelugar. Entretanto, ao propor esta nova cartografia, a escritora afro-italiana problematiza temas como identidade afro diaspórica, xenofobia, racismo e colonialismo, estes até então apagados ou silenciados pela história oficial em razão do mito relativo aos italianos como um povo “brava gente”. Nesse sentido, a empresa colonial italiana ocupou territórios africanos, como Somália, Eritréia, Etiópia e Líbia, cujos monumentos símbolos relativos a esse passado colonial orientam os nomes de alguns capítulos da autobiografia geográfica. Isto posto, a presente comunicação tem o objetivo de analisar como o saqueamento de memórias negras é representado na escrivivência da autora afro-italiana. Para isso, serão fundamentais as contribuições teóricas de Igiaba Scego e Rino Bianchi em Roma negata. Percorsi postcoloniali nella città (2014), bem como de Bénédicte Savoy em A luta da África por sua arte: história de um malogro pós-colonial (2022).Chegou-se à conclusão de que tais monumentos em diáspora (cf. Marcia Chuva, 2022) são ressignificados afetivamente por Scego, pois tais lugares símbolos presentes na capital italiana representam uma espécie de desdobramento da identidade híbrida da escritora-personagem que se vê num conflito por nascer e sentir-se estrangeira em Roma, devido a um ideal de identidade racial dos italianos.
Título do Evento
I CINALC e V Colóquio Raça e Interseccionalidades
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

REIS, Adriana Aparecida de Jesus. RESSIGNIFICANDO MEMÓRIAS NEGRAS: A ROMA CARTOGRÁFICA DA ESCRITORA AFRO-ITALIANA IGIABA SCEGO.. In: Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/1cinalc-e-v-coloquio-raca-e-interseccionalidades-387936/757459-RESSIGNIFICANDO-MEMORIAS-NEGRAS--A-ROMA-CARTOGRAFICA-DA-ESCRITORA-AFRO-ITALIANA-IGIABA-SCEGO. Acesso em: 04/08/2025

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