OS EFEITOS DA DECARGA DE PESO TARDIA EM UM PÓS OPERATÓRIO DE FRATURA DE TORNOZELO: UM ESTUDO DE CASO

Publicado em 03/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-123-8

Título do Trabalho
OS EFEITOS DA DECARGA DE PESO TARDIA EM UM PÓS OPERATÓRIO DE FRATURA DE TORNOZELO: UM ESTUDO DE CASO
Autores
  • Valerie Cristine Costa e Silva Sandes
  • Michele Alves Da Silva
  • Nataline Coutinho Lopes
Modalidade
Vídeo + resumo: confira as regras
Área temática
Ciências da Saúde
Data de Publicação
03/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadohub/310941-os-efeitos-da-decarga-de-peso-tardia-em-um-pos-operatorio-de-fratura-de-tornozelo--um-estudo-de-caso
ISBN
978-65-5941-123-8
Palavras-Chave
descarga de peso; fratura de calcâneo
Resumo
Introdução: O calcâneo é um osso complexo que suporta todo o peso corporal, é responsável por receber a força de reação do solo na marcha. As fraturas do calcâneo representam mais de 60% das fraturas de tarso, sua incidência é maior entre os homens adultos e tem um alto custo socioeconômico. O mecanismo de fratura mais comum é por carga axial de alta energia no calcâneo, geralmente causada por queda de altura ou acidente de trânsito. (PARK et al, 2020; EBRAHIMPOUR et al, 2020) Quando necessário o tratamento cirúrgico, a abordagem mais comum é a redução aberta e fixação interna (ORIF) que possibilita o alinhamento anatômico do calcâneo e a congruência da faceta posterior da articulação subtalar. Nesta técnica, nem a transfixação articular nem a imobilização de longo prazo não são necessárias. Em comparação com outras fraturas de membros inferiores, a reabilitação para fraturas do calcâneo tende a ser tardia, pois usualmente é recomendado evitar a mobilização e descarga de peso por 3 meses após a cirurgia. Porém, estudos recentes vêm demonstrando a importância da descarga de peso precoce para a funcionalidade geral dos membros inferiores. (PARK et al, 2020; EBRAHIMPOUR et al, 2020) Objetivo: Discutir a influência da descarga de peso no prognóstico do pós operatório (PO) de fratura de calcâneo. Relato do caso: Paciente sexo feminino, 38 anos, fraturou o calcâneo no dia 15/05/2020, após queda de 2 metros, foi levada ao hospital em Brasília, ficando internada por 20 dias aguardando a cirurgia de fixação. No dia 04/06/2020 foi realizada a cirurgia de redução aberta e fixação com parafusos e fio de Kirschner, recebeu alta no dia seguinte e foi orientada pela equipe médica a não realizar descarga de peso até setembro. Chega à fisioterapia no dia 28/09/2020, queixando de dor no pé direito e parestesia em coxa direita. Deambulava com auxílio de muletas e utilizava órtese para imobilização, sem realizar contato com o solo. Na avaliação fisioterapêutica, a paciente relata ausência de sensibilidade nos artelhos, força muscular 1 (TMM), edema no pé e tornozelo, restrição de movimento em flexão plantar e dorsiflexão com end feel doloroso. No 1º atendimento foi orientada a iniciar a descarga de peso, retirar a órtese de imobilização e apoiar o pé no chão durante a marcha com muletas. Ao longo das 6 sessões a paciente realizou exercícios de mobilidade e fortalecimento, mobilização de cicatriz, treino de marcha com andador, seguindo para o treino com o uso de uma muleta. No momento atual, relata melhora da sensibilidade, consegue movimentar os dedos e uma redução significativa do edema. Discussão: No estudo sobre a reabilitação precoce no pós-operatório de fratura de calcâneo, proposto por Park et al (2020), trazem que, com a descarga de peso de acordo com o tolerado, após 4 semanas de PO, foi possível reduzir a atrofia muscular, melhorar o restabelecimento da amplitude de movimento trazendo uma melhora da função. Kienast et al (2009), verificou que os indivíduos tratados com ORIF utilizando um fixador interno 3D, que permite um posicionamento de parafusos individualizado, de acordo com o foco fraturário, por possuir uma variedade de orifícios, permitiu uma descarga parcial de peso em 6 semanas de pós-operatório evoluindo progressivamente para descarga total. Observaram como resultado, a curto prazo, uma redução na dor além de melhores resultados funcionais e uma alta porcentagem de pacientes retornando ao trabalho. Conclusões: A realização da descarga apenas após três meses de PO de fratura do Calcâneo pode trazer diversos prejuízos funcionais para o prognóstico do paciente, como a rigidez articular, perda importante de massa muscular e força, déficits de equilíbrio e o aumento do absenteísmo. Utilizar a estratégia de descarga de peso após 1 mês de PO e de acordo com o tolerado pelo paciente é uma opção recomendada na literatura e pode possibilitar o retorno precoce ao trabalho. A paciente assinou o TCLE, consentindo a participação no estudo. Link do vídeo: https://youtu.be/Ry_0q6NDG-4
Título do Evento
19ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Título dos Anais do Evento
Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANDES, Valerie Cristine Costa e Silva; SILVA, Michele Alves Da; LOPES, Nataline Coutinho. OS EFEITOS DA DECARGA DE PESO TARDIA EM UM PÓS OPERATÓRIO DE FRATURA DE TORNOZELO: UM ESTUDO DE CASO.. In: Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília. Anais...Brasília(DF) HUB, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadoHUB/310941-OS-EFEITOS-DA-DECARGA-DE-PESO-TARDIA-EM-UM-POS-OPERATORIO-DE-FRATURA-DE-TORNOZELO--UM-ESTUDO-DE-CASO. Acesso em: 21/07/2025

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