MASTITE INFECCIOSA NEONATAL: UM RELATO DE CASO

Publicado em 03/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-123-8

Título do Trabalho
MASTITE INFECCIOSA NEONATAL: UM RELATO DE CASO
Autores
  • Diana Weba Melo Borges
  • Maria Paula Furtado Santos
  • Maria Eduarda de Almeida Santos
  • Lorena Lago de Menezes
  • Lavinia Lago de Menezes
  • Maylon Rudney de Sousa Ferreira
  • Karina Nascimento Costa
Modalidade
Vídeo + resumo: confira as regras
Área temática
Ciências da Saúde
Data de Publicação
03/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadohub/310909-mastite-infecciosa-neonatal--um-relato-de-caso
ISBN
978-65-5941-123-8
Palavras-Chave
Mastite, Recém-Nascido
Resumo
Introdução: A mastite infecciosa neonatal (MIN) é uma condição infrequente caracterizada por uma inflamação da mama associada a um processo infeccioso. A incidência de mastite no período neonatal é maior entre uma a cinco semanas após o nascimento. A patogênese da doença está ligada à hipertrofia mamária fisiológica do recém-nascido (RN). Assim, o acometimento é mais comum nos RN a termo, visto que no período pré-termo há imaturidade do tecido mamário e, portanto, baixa responsividade aos hormônios maternos. A presença de bactérias patogênicas na pele e mucosas é responsável pela infecção local, sendo o Staphylococcus aureus o agente etiológico mais comum. As principais manifestações clínicas associadas à doença incluem eritema, edema, calor, tumefação e hipersensibilidade local. Objetivos: Relatar um caso de MIN e ressaltar a importância do reconhecimento precoce do quadro clínico, a fim de otimizar o tratamento e prevenir possíveis complicações. Métodos: Os dados foram obtidos a partir dos registros contidos em prontuário eletrônico e correlacionados à literatura científica atual. Resultados: RN, feminino, nascido a termo com 38 semanas e 3 dias, por parto vaginal, Apgar 8/9, pesando 3624 g, medindo 51 cm e 36 cm de perímetro cefálico. Foi trazido após 7 dias de vida, com queixa de “inchaço em mama esquerda”. Ao exame físico, observou-se paciente afebril, com aumento de volume circunscrito e hiperemia na aréola esquerda, e drenagem espontânea de pus pelo mamilo esquerdo. O RN foi internado para investigação de MIN, sendo solicitados hemograma completo e hemocultura. O primeiro apresentou leucocitose e neutrofilia sem desvio à esquerda e o segundo, não revelou crescimento de microrganismos. Durante a internação, o aleitamento materno exclusivo foi mantido e a conduta incluiu: compressas de água morna na mama esquerda, 6 vezes ao dia; oxacilina e gentamicina por via intravenosa (IV); e parecer da ginecologia, que realizou ultrassonografia (USG) e posterior drenagem, com saída de secreção purulenta, no quarto dia de internação. Após a drenagem, observou-se involução do edema e leve rubor na região. Após 5 dias de terapia antimicrobiana IV, o RN evoluiu com melhora do quadro, recebendo alta com prescrição de antibioticoterapia oral. Conclusão: O caso acima compreende um quadro típico de MIN: RN do sexo feminino, nascido a termo, idade inferior a 2 meses, acometimento unilateral, eritema, aumento da sensibilidade e endurecimento da mama afetada. O diagnóstico, essencialmente clínico, foi de MIN complicada com abscesso. Os exames solicitados não são necessários para o diagnóstico, mas auxiliam no manejo. O principal diagnóstico diferencial é a hipertrofia mamária fisiológica (HMF), condição autolimitada e mais frequente do que a MIN na 1ª semana de vida. Entretanto, a HMF geralmente apresenta acometimento bilateral e simétrico, com ausência de eritema e sensibilidade local. As descargas papilares, quando presentes, são leitosas. A correta diferenciação entre esses quadros previne hospitalização e uso de antibióticos desnecessários. O manejo se baseou em três pilares recomendados: tratamento de suporte, antibioticoterapia e incisão e drenagem do abscesso. O tratamento de suporte incluiu compressas mornas e orientação ao cuidador para evitar manipulação da mama afetada. Como não há estudos randomizados que guiem a escolha da antibioticoterapia, os antimicrobianos optados foram baseados no perfil de patógenos mais frequentes e em padrões de susceptibilidade locais. Por fim, a incisão e a drenagem do abscesso foram realizadas por profissional com expertise, a fim de evitar futuras complicações, como hipoplasia mamária e cicatrizes. Trata-se de uma afecção clínica rara nessa faixa etária e o curso da infecção costuma ter bom prognóstico, com raras recorrências. Se não tratada, a MIN pode evoluir com celulite, fasciíte, osteomielite, abscesso cerebral e sepse generalizada. Link do vídeo: https://youtu.be/wbQ3xWv-LsA
Título do Evento
19ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Título dos Anais do Evento
Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BORGES, Diana Weba Melo et al.. MASTITE INFECCIOSA NEONATAL: UM RELATO DE CASO.. In: Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília. Anais...Brasília(DF) HUB, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadoHUB/310909-MASTITE-INFECCIOSA-NEONATAL--UM-RELATO-DE-CASO. Acesso em: 08/05/2025

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