EXAMES FÍSICOS, LABORATORIAIS E DE IMAGEM NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Publicado em 03/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-123-8

Título do Trabalho
EXAMES FÍSICOS, LABORATORIAIS E DE IMAGEM NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Autores
  • Felipe Ferreira
  • Nathalia Lobão Barroso de Souza Silveira
  • Dafny Oliveira De Matos
  • Angélica Amorim Amato
  • Kimberly Kefanny Batista Miranda
  • Patrícia Medeiros de Souza
Modalidade
Vídeo + resumo: confira as regras
Área temática
Ciências da Saúde
Data de Publicação
03/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadohub/310878-exames-fisicos-laboratoriais-e-de-imagem-no-processo-transexualizador--uma-revisao-sistematica
ISBN
978-65-5941-123-8
Palavras-Chave
Transgender Persons, Gender Dysphoria,Gonadal Steroid Hormones
Resumo
Introdução: a disforia de gênero é caracterizada pelo sofrimento que pode acompanhar incongruência de gênero, também conhecida como transexualidade. A incongruência de gênero por sua vez se trata da discrepância entre a identidade de gênero e indicadores biológicos de sexo sexuais masculinos e femininos. Como opção terapêutica para mitigar a disforia de gênero é possível lançar mão de terapia medicamentosa para auxiliar no processo de transição sendo tal tratamento denominado de processo transexualizador. Objetivos: Determinar quais os exames físicos, laboratoriais e de imagem são indicados para avaliação clínica antes e ao longo da hormonioterapia transexualizadora em homens e mulheres transexuais e com qual periodicidade devem ser realizados. Método: A metodologia de pesquisa teve como principio a conversão dos objetivos em perguntas PICO. A busca de artigos foi realizada nas bases Medline (via PubMed), Embase, Cochrane e G-I-N para estudos produzidos a partir de 2004. As busca e seleção dos artigos foi organizada conforme as orientações do PRISMA sendo considerados elegíveis estudos que abordaram os exames (físico, laboratorial e de imagem) que devem ser realizados para início da hormonioterapia e sua periodicidade na monitorização do tratamento. Foram incluídas revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos randomizados ou não randomizados e estudos observacionais. Foram excluídos estudos que tratavam exclusivamente de processos cirúrgicos na população transgênero; que tratavam exclusivamente do processo transexualizador em menores de 18 anos; revisões de literatura, avaliações econômicas, estudos in vitro, laboratoriais ou com modelos animais, cartas, comentários, patentes, erratas, editoriais, capítulos de livro, artigos ainda indisponíveis para acesso; que tratavam de populações não-transgênero; cujo idioma do artigo na íntegra for diferente de português, inglês ou espanhol. Foi coletado autor, ano e país, tipo de estudo, tamanho da amostra, características da amostra (idade, IMC), critérios de exclusão, hormonioterapia, desfecho primário, desfechos laboratoriais, desfechos clínicos, resultados principais e observações. Após a sumarização dos dados os artigos foram avaliados no que diz respeito ao seu risco de viés. A partir destes dados foram formuladas recomendações a respeito dos exames utilizados no inicio e acompanhamento da terapia transexualizadora. Resultados: Do total de 541 estudos encontrados 402 foram excluídos por não se encaixarem nos critérios de inclusão, 96 foram excluídos por se encaixarem em critérios de exclusão e 43 foram incluídos na síntese qualitativa. Com base nestes artigos foram recomendados a respeito do acompanhamento clínico. Acompanhamento das características sexuais secundárias, as quais geralmente são acompanhadas por uma melhora de bem-estar mental do indivíduo, em resposta à terapia com hormônios sexuais. O desenvolvimento dessas características sexuais variam ao longo do tempo de tratamento. Acompanhamento de fatores de risco para doenças cardiovasculares; Peso corporal, IMC, circunferência abdominal; Pressão arterial (manter pressão arterial sistólica menor ou igual a 130 mmHg e diastólica menor ou igual a 90 mmHg); Hábitos de vida (exercícios físicos, alimentação, uso de tabaco, etilismo, etc.). Acompanhamento de fatores de risco e sinais e sintomas associados a trombose venosa profunda ou tromboembolia pulmonar. Acompanhamento da saúde mental (acompanhar eventuais sintomas de transtornos do humor ou ansiedade, principalmente). Acompanhamento de sinais e sintomas de efeitos adversos ao uso dos medicamentos, uma vez que os riscos relacionados à hormonioterapia podem ser agravados pelo uso indevido. Conclusões: Tais recomendações são parâmetro de segurança dentro do qual realizar e acompanhar a evolução da terapia transexualizadora e garantir que ela venha a ser uma ferramenta no tratamento da disforia de gênero. Link do vídeo: https://youtu.be/zTOtsXb8-2k
Título do Evento
19ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Título dos Anais do Evento
Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Felipe et al.. EXAMES FÍSICOS, LABORATORIAIS E DE IMAGEM NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.. In: Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília. Anais...Brasília(DF) HUB, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadoHUB/310878-EXAMES-FISICOS-LABORATORIAIS-E-DE-IMAGEM-NO-PROCESSO-TRANSEXUALIZADOR--UMA-REVISAO-SISTEMATICA. Acesso em: 27/05/2025

Trabalho

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