DISTÚRBIO HEMORRÁGICO NEONATAL EM GESTANTE COM COVID NO 3º TRIMESTRE: RELATO DE CASO

Publicado em 03/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-123-8

Título do Trabalho
DISTÚRBIO HEMORRÁGICO NEONATAL EM GESTANTE COM COVID NO 3º TRIMESTRE: RELATO DE CASO
Autores
  • Mateus Rodrigues Félix
  • Debora Luiza Albano Fulgencio
  • Gustavo Henrique Soares Takano
Modalidade
Vídeo + resumo: confira as regras
Área temática
Ciências da Saúde
Data de Publicação
03/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadohub/310861-disturbio-hemorragico-neonatal-em-gestante-com-covid-no-3-trimestre--relato-de-caso
ISBN
978-65-5941-123-8
Palavras-Chave
COVID-19, Autopsy, The bleeding newborn
Resumo
Introdução: Distúrbios hemorrágicos em recém-nascidos podem ocorrer devido à doenças hereditárias ou eventos perinatais. Clinicamente podem se apresentar como hemorragia intracraniana, cefalohematoma ou sangramento prolongado após realização de acessos. Os eventos hemorrágicos podem apresentar repercussões graves, incluindo o óbito. Foi realizada necropsia em natimorto, de mãe infectada por COVID-19 em terceiro trimestre gestacional. Objetivos: O presente relato de caso tem como objetivo abordar distúrbios hemorrágicos em recém-nascidos e discutir as possíveis causas da causa do óbito do recém-nascido, da qual foi realizada a autópsia. Métodos: O trabalho será realizado por meio de revisão de literatura sobre distúrbios hemorrágicos em recém-nascido, dos dados da autópsia realizada no recém-nascido e revisão de prontuário. Resultados: Gestante, 40 anos, IG de 32s + 1d, G4P3C0A0, internada devido à quadro de pneumonia, sendo realizada TC de tórax que evidenciou padrão em vidro fosco acometendo até 50% dos pulmões. RT-PCR foi positivo para Sars-Cov-2. Como comorbidades apresentava hipertensão arterial crônica, diabetes mellitus e traço falcêmico. Foi prescrito uso de enoxaparina e oseltamivir para tratamento de infecção viral e manutenção de metildopa. Recebeu alta em 5 dias, recebendo receituário para manutenção de tratamento com enoxaparina por mais quinze dias. Foi acompanhada em pré-natal de alto risco, sendo programada realização de indução de parto quando alcançasse IG de 38 semanas. Internada para a indução de parto onde na admissão e durante indução, feto não apresentou sinais de sofrimento fetal. Evoluiu em um dia com trabalho de parto de dinâmica rápida, sem demora do período expulsivo. Recém-nascido apresentou-se hipotônico e sem choro, sendo realizadas manobras de reanimação durante 26 minutos, sem sucesso, sendo então declarado como natimorto. Foi solicitada autópsia de recém-nascido. À necropsia, o natimorto, do sexo masculino, pesou 3355 gramas. À ectoscopia havia polidactilia bilateral, sendo o sexto quirodáctilo pediculado em ambas as mãos. Ao exame interno, apresentou órgãos anatomicamente distribuídos e relacionados e presença de hemorragia intrabdominal e hematomas hepáticos subcapsulares; hematoma intracraniano suboccipital e coágulos envolvendo tronco e cerebelo. À microscopia, a placenta apresentava aspecto consistente com o termo. Observou-se presença de falcização de hemácias maternas e pesquisa negativa para hemácias falcizadas fetais. Cordão umbilical estava preservado. Membranas amnióticas estavam sem alterações, conversão vascular decidual presente. Exame dos pulmões evidenciaram hemorragia aguda intraparenquimatosa, bilateral. Em fígado foi observada congestão passiva e moderada eritropoiese hepática, e em baço, congestão da polpa vermelha. Rins apresentaram anemia cortical e congestão medular, proeminentes. No encéfalo havia hematoma occipital com compressão cortical e necrose focal em mesencéfalo e bulbo. Haviam mínimas alterações sugestivas de hipóxia aguda em cerebelo. Não foram observadas alterações em medula espinhal. Após realização de microscopia, foi considerada causa da morte como choque hipovolêmico decorrente de discrasia sanguínea, tendo como doenças consequenciais hemorragia intrabdominal, hematomas hepáticos subcapsulares, hemorragia intracraniana, hemorragia pulmonar e hematoma subdural occipital volumoso. Conclusão: Distúrbio hemorrágico em natimorto evidenciado em necropsia de morte fetal perinatal, associado a comorbidade materna – anemia falciforme, COVID-19 e uso de anticoagulante. A corrente pandemia viral acrescentou problemas à gestação já de alto risco, resultando no desfecho desfavorável relatado. Link do vídeo: https://youtu.be/lvLwnNXlUPQ
Título do Evento
19ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Título dos Anais do Evento
Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FÉLIX, Mateus Rodrigues; FULGENCIO, Debora Luiza Albano; TAKANO, Gustavo Henrique Soares. DISTÚRBIO HEMORRÁGICO NEONATAL EM GESTANTE COM COVID NO 3º TRIMESTRE: RELATO DE CASO.. In: Anais da 19° Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília. Anais...Brasília(DF) HUB, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/19jornadacientificadoHUB/310861-DISTURBIO-HEMORRAGICO-NEONATAL-EM-GESTANTE-COM-COVID-NO-3-TRIMESTRE--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 27/06/2025

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