MASTITE NEONATAL, PATOLOGIA POUCO FREQUENTE: RELATO DE CASO

Publicado em 19/12/2019 - ISBN: 978-85-5722-351-6

Título do Trabalho
MASTITE NEONATAL, PATOLOGIA POUCO FREQUENTE: RELATO DE CASO
Autores
  • José Idalécio Cardoso Lemes da Silva
  • Lorena Metran Chaves
  • Isabela Cristina Diniz e Padua
Modalidade
Pôster
Área temática
Interprofissionalidade na atenção hospitalar
Data de Publicação
19/12/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/18jornadacientificadohub/228602-mastite-neonatal-patologia-pouco-frequente--relato-de-caso
ISBN
978-85-5722-351-6
Palavras-Chave
mastite, abscesso, mama
Resumo
A mastite é um processo inflamatório da mama, que pode ou não ser acompanhado de infecção. Condição pouco frequente, nas primeiras duas semanas de vida ocorre em igual frequência em ambos os sexos. Após, torna-se mais comum no sexo feminino. Ocorre em lactentes nascidos a termo, uma vez que a fisiopatologia está relacionada com a hipertrofia mamária decorrente da exposição intrauterina à estrógenos maternos. A baixa incidência de mastite neonatal tardia em recém-nascido do sexo masculino motivou a descrição do caso. Descrição do caso: Trata-se de recém-nascido, sexo masculino, a termo, que no 24º dia de vida deu entrada no Serviço de Emergência com relato de nódulo mamário à esquerda iniciado há 7 dias, que evoluiu com hiperemia, edema, calor e dor. A mãe realizou compressas quentes que culminaram com a drenagem espontânea de secreção purulenta na véspera do atendimento. Ao exame físico apresenta-se afebril, em bom estado geral, com nódulo em topografia de mama esquerda, associado a sinais flogísticos. Triagem laboratorial evidenciou leucograma com contagens dentro dos limites da normalidade e proteína C reativa normal. Realizado ultrassonografia com impressão diagnóstica compatível com mastite com evidência de liquefação. Realizada antibioticoterapia empírica com Amicacina e Oxacilina, com rápida resolução do processo. Não necessitou drenagem cirúrgica. Comentários: Esta condição é mais rara em prematuros, devido à imaturidade das glândulas mamárias. A infecção é desencadeada pela presença de bactérias potencialmente patogênicas na pele que através do mamilo atingem o parênquima mamário. O principal agente etiológico é o S. aureus, seguido por germes gram negativos como E. coli, Klebsiella, Shigella, Salmonella e Pseudomonas e mais raramente causada por germes anaeróbios ou Streptococcus do grupo B. A apresentação clínica se dá pelo surgimento de sinais flogísticos como eritema, calor, dor e enduramento. A via de administração da antibioticoterapia ainda é controversa, na maioria das vezes opta-se pela via parenteral dado o maior risco de evoluir com abscesso mamário em lactentes tratados por via oral. Havendo formação de abscesso, quando não drenado espontaneamente, pode requerer drenagem cirúrgica. O prognóstico é excelente, embora existam relatos de assimetria mamária no longo prazo, com menor tamanho na mama submetida à incisão e drenagem de abscesso. Conclusão: Considerando o possível desfecho desfavorável decorrente de drenagem cirúrgica, o diagnóstico precoce e o adequado tratamento são importantes para prevenção de sequelas. Na mastite neonatal, o engajamento de uma equipe multidisciplinar, com médicos, bioquímicos e enfermeiros é fundamental para o rápido estabelecimento do diagnóstico, efetivação do tratamento e apoio da equipe da Psicologia à mãe, que se vê fragilizada por ter de retornar ao Hospital com seu filho recém-nascido.
Título do Evento
18ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Cidade do Evento
Brasília
Título dos Anais do Evento
Anais da 18ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, José Idalécio Cardoso Lemes da; CHAVES, Lorena Metran; PADUA, Isabela Cristina Diniz e. MASTITE NEONATAL, PATOLOGIA POUCO FREQUENTE: RELATO DE CASO.. In: Anais da 18ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília. Anais...Brasília(DF) HUB, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/18jornadacientificadohub/228602-MASTITE-NEONATAL-PATOLOGIA-POUCO-FREQUENTE--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 06/05/2025

Trabalho

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