RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO FETAL: QUANDO SUSPEITAR E COMO DIAGNOSTICAR?

Publicado em 19/12/2019 - ISBN: 978-85-5722-351-6

Título do Trabalho
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO FETAL: QUANDO SUSPEITAR E COMO DIAGNOSTICAR?
Autores
  • Augusto Vinicius Teixeira Malaquias de Jesus Pacheco
  • Thais Ribeiro Nicolaidis
Modalidade
Apresentação oral
Área temática
Interprofissionalidade na atenção hospitalar
Data de Publicação
19/12/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/18jornadacientificadohub/225212-restricao-de-crescimento-fetal--quando-suspeitar-e-como-diagnosticar
ISBN
978-85-5722-351-6
Palavras-Chave
Fetal Growth Retardation*/diagnosis, Ultrasonography, Prenatal, Terminology as Topic
Resumo
Introdução: A restrição de crescimento fetal (RCF) afeta 5 a 10% das gestações, sendo uma causa comum de mortalidade perinatal. Em um cenário de acesso a recursos limitados, tais como exame de ultrassonografia (USG) e doppler, é necessário método de diagnóstico clínico associado ao conhecimento amplo dos fatores de risco para melhor manejo da RCF. Objetivos: Determinar os principais fatores de risco e os critérios de diagnóstico mais atuais para a RCF de forma a permitir uma maior detecção no contexto da atenção primária. Método: Utilizou-se de uma revisão sistemática, tendo como base de dados PubMed e The Cochrane. Os resultados foram restritos a revisões sistemáticas, ensaios clínicos e estudos observacionais. Não houve restrição de datas. Resultados: O diagnóstico da RCF não possui um consenso na literatura. Sendo possível diagnosticar quando o peso fetal estimado for inferior ao percentil 3 (p3) ou entre p3 e percentil 10 (p10) com alterações no doppler compatíveis, tais como alteração no fluxo das artérias uterinas e umbilicais. Nesta definição, um peso fetal estimado entre o p3 e o p10, sem alterações compatíveis à RCF no doppler, é determinado como pequeno para idade gestacional (PIG), tendo este grupo com um prognóstico melhor ao do RCF. Há também na literatura, o diagnóstico por meio de um peso fetal estimado inferior ao p10. Sendo este mais simples. Um estudo de 2016, conseguiu ampliar os critérios diagnósticos de acordo com a classificação de RCF precoce ou tardia. Foi encontrado também a possibilidade de diagnóstico clínico por meio do exame físico detalhado no pré-natal, mesmo sem acesso a USG, com medida da altura do fundo uterino (AFU). A medida AFU foi capaz de detectar com uma sensibilidade de 29% e especificidade de 96% o peso fetal ao nascimento inferior ao p10. Devido a sua baixa sensibilidade não é indicada como método de rastreio universal, porém útil em situações de acesso escasso a exames complementares. Os principais fatores de risco encontrados foram: extremos do índice de massa corporal; consumo materno de drogas (álcool, cocaína, heroína e cigarro); gestação múltipla; uso de medicamentos (anti-convulsivos, anti-coagulantes e anti-neoplásicos); doenças hipertensivas na gestação; diabetes mellitus prévia; insuficiência renal; doenças infecciosas; distúrbios genéticos e doenças auto-imunes. Conclusão: Não há consenso entre os critérios diagnósticos para RCF. Porém, em se tratando de uma definição simples para melhor manejo na atenção primária: a definição de RCF associada ao peso fetal estimado inferior ao p10 parece mais vantajosa. O diagnóstico por meio da AFU é pouco sensível, porém é útil nos casos em que não há acesso a métodos complementares.
Título do Evento
18ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Cidade do Evento
Brasília
Título dos Anais do Evento
Anais da 18ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PACHECO, Augusto Vinicius Teixeira Malaquias de Jesus; NICOLAIDIS, Thais Ribeiro. RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO FETAL: QUANDO SUSPEITAR E COMO DIAGNOSTICAR?.. In: Anais da 18ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília. Anais...Brasília(DF) HUB, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/18jornadacientificadohub/225212-RESTRICAO-DE-CRESCIMENTO-FETAL--QUANDO-SUSPEITAR-E-COMO-DIAGNOSTICAR. Acesso em: 10/07/2025

Trabalho

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