FONOAUDIOLOGIA E PARALISIA FACIAL PÓS-PAROTIDECTOMIA: RELATO DE CASO

Felipe de Oliveira Goulart; Vera Beatris Martins; Cecília Vieira Peruch; Andriane Monteiro Vieira; Nathalia Lorenzi; Renata Vieira Santos; Larissa Leonardi  Leal; Márcia Grassi Santana; Émille Dalbem Paim; Monalise Costa Batista Berbert

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Trabalho

Título do Trabalho

FONOAUDIOLOGIA E PARALISIA FACIAL PÓS-PAROTIDECTOMIA: RELATO DE CASO

Autores

Felipe de Oliveira Goulart
Vera Beatris Martins
Cecília Vieira Peruch
Andriane Monteiro Vieira
Nathalia Lorenzi
Renata Vieira Santos
Larissa Leonardi Leal
Márcia Grassi Santana
Émille Dalbem Paim
Monalise Costa Batista Berbert

Modalidade

Trabalhos científicos

Área temática

Motricidade Orofacial

Data de Publicação

12/07/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/16ebmo/827294-fonoaudiologia-e-paralisia-facial-pos-parotidectomia--relato-de-caso

ISBN

978-65-272-0558-6

Palavras-Chave

Fonoaudiologia, Paralisia Facial, Neoplasias de Cabeça e Pescoço, Terapia com Luz de Baixa Intensidade, Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea, Bandagem Elástica

Resumo

Introdução: Os tumores originados nas glândulas salivares representam uma parcela significativa, entre 3 a 10%, de todas as neoplasias que afetam a região da cabeça e pescoço. Estes tumores têm maior incidência nas glândulas salivares de maior porte, com a glândula parótida sendo a mais frequentemente afetada, com uma ocorrência que varia entre 36,6% e 83%. A complicação mais grave associada à cirurgia da glândula parótida é a lesão do nervo facial. Estimativas indicam que entre 30 a 65% dos pacientes podem experimentar algum grau de fraqueza facial temporária, enquanto 3 a 6% podem desenvolver disfunção permanente, o que resulta em um impacto considerável na qualidade de vida. Objetivo: Relatar a atuação fonoaudiológica em um caso de paralisia facial pós cirurgia por tumor de parótida. Procedimentos: Relato de caso aprovado pelo Comitê de Ética (nº 5.106.387). Paciente do sexo masculino, 67 anos, submetido a parotidectomia parcial esquerda evoluindo com redução da mobilidade facial. Na avaliação fonoaudiológica apresentou movimentos faciais adequados, exceto o corrugador da testa e do lábio inferior à esquerda. Na segunda sessão apresentou melhora importante do movimento do corrugador da testa, mantendo leve alteração no lábio inferior esquerdo. Dois anos depois apresentou nova lesão sendo submetido a parotidectomia total. Retornou ao atendimento fonoaudiológico com redução da mímica facial à esquerda, com prejuízo nas expressões faciais, vedamento ocular incompleto, desvio da rima labial, redução da elevação do lábio superior e da asa do nariz, com prejuízo na fala e mastigação. Antes de realizar a terapia miofuncional, o paciente foi submetido a aplicação de LASER de baixa intensidade, na hemiface do lado comprometido, com dose de 4J nos comprimentos de onda Vermelho (V) e Infravermelho (IV), simultaneamente, em todo o trajeto do ramo facial comprometido de 01 em 01cm por ponto. Ao todo, foram aplicados 20 pontos, com dose total de 160J (V+IV). Após, foi utilizado o protocolo de exercícios que envolvia força e mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios, massagens tonificadoras, exercícios miofuncionais orofaciais de contra resistência, bico sorriso, expressão de cheiro ruim, olhar de míope, dentre outros. A cada sessão foram realizadas no mínimo 3 séries de 10 a 15 repetições de cada exercício. Também foi utilizada a eletroestimulação por meio das canetas extensores FORMA®, com aplicação da corrente TENS, com 10Hz de frequência e 400 de largura de pulso, durante 20 minutos, finalizando com a bandagem elástica. Foram indicados exercícios miofuncionais orofaciais e massagem facial para o paciente realizá-los diariamente. Resultados: Após quatro sessões, identificou-se progresso nas expressões faciais, maior simetria do ângulo da boca e da asa do nariz, menor prejuízo na fala e redução dos episódios de mordida durante a alimentação, além de melhor vedamento labial sem escape de saliva ou alimento. O paciente demonstrava-se motivado e participativo durante as sessões, tolerando os recursos utilizados sem queixas e/ou efeitos adversos. Conclusão: Através da soma de recursos disponíveis ao fonoaudiólogo foi possível otimizar as expressões faciais em um curto período, impactando positivamente na qualidade de vida desse indivíduo.

Título do Evento: 16º Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial
Cidade do Evento: Brasília
Título dos Anais do Evento: Anais do 16o Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial: Desafios e práticas em Motricidade Orofacial: pesquisa e clínica
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

GOULART, Felipe de Oliveira et al.. FONOAUDIOLOGIA E PARALISIA FACIAL PÓS-PAROTIDECTOMIA: RELATO DE CASO.. In: Anais do 16o Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial: Desafios e práticas em Motricidade Orofacial: pesquisa e clínica. Anais...Brasília(DF) UnB, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/16ebmo/827294-FONOAUDIOLOGIA-E-PARALISIA-FACIAL-POS-PAROTIDECTOMIA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 22/05/2025