PERFIL DE MULHERES SUBMETIDAS A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO CEARÁ

Maria Evilene Macena de Almeida; Bárbara Jenefe Nunes Azevedo; Denizielle de Jesus Moreira Moura; Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques; Uly Reis Ferreira; Cinthia Maria Gomes da Costa Escoto Esteche

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Trabalho

Título do Trabalho

PERFIL DE MULHERES SUBMETIDAS A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO CEARÁ

Autores

Maria Evilene Macena de Almeida
Bárbara Jenefe Nunes Azevedo
Denizielle de Jesus Moreira Moura
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
Uly Reis Ferreira
Cinthia Maria Gomes da Costa Escoto Esteche

Modalidade

Resumo expandido concorrendo a prêmio

Área temática

Exemplo de Área Temática

Data de Publicação

26/03/2020

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/16ccenf/160761-perfil-de-mulheres-submetidas-a-violencia-obstetrica-em-uma-maternidade-publica-do-ceara

ISSN

2177-7926

Palavras-Chave

Obstetrícia, Parto Obstétrico, Trabalho de Parto.

Resumo

Introdução: A violência contra a mulher é algo presente em nossa sociedade, por vezes visível, por vezes camuflada e envolvida por questões relacionadas à gênero e preconceito. Apresenta-se em distintas expressões e uma delas tem sido muito presente e não identificada: a violência obstétrica. Compreende-se por violência obstétrica qualquer ato exercido por profissionais da saúde no que se refere ao corpo e ao processo reprodutivo das mulheres. Acontece por meio de uma atenção desumanizada, abuso de ações intervencionistas e medicalização, transformando o processo de parturição fisiológico em algo patológico. Tal violência também pode ocorrer nos serviços de pré-natal, pós-parto e aborto, sendo evidenciado por atendimentos desumanos em diversas situações. Negar o acesso da mulher, por ação ou omissão aos serviços de saúde materna também é considerada uma forma de violência1. Objetivo: Descrever o papel sociodemográfico de mulheres submetidas a violência obstétrica em uma maternidade pública do estado de Ceará. Método: Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por puérperas. A amostra constituiu-se de 130 participantes. O critério de amostragem foi realizado por conveniência. Foram excluídas menores de 18 anos ou mulheres que não estavam em condições clínicas ou psicológicas de responder à pesquisa. A coleta de dados foi realizada em uma unidade integrante do Sistema Único de Saúde – SUS, classificada como unidade pública de médio porte e nível de complexidade secundária. Os dados foram coletados nos meses de outubro e novembro por meio de um formulário. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade de Fortaleza, parecer nº 424.773. Foram respeitados todos os princípios éticos com base na resolução 466/12 de 12 de Dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Para a composição da presente pesquisa foram entrevistadas 130 puérperas, sendo utilizado um questionário abordando o perfil sociodemográfico. Buscou-se conhecer o perfil sociodemográfico das puérperas, no qual a maior parte (44,0%) apresentavam a faixa etária entre 18 e 24 anos. A maioria das mulheres eram adulto jovens apresentando gravidez de risco habitual relacionada a idade, porém 11,0% estavam em uma faixa etária acima de 35 anos o que aponta para uma gravidez de risco. Estudo realizado encontrou dados semelhantes com a maioria de suas depoentes com faixa etária entre 18 aos 31 anos2. Com relação ao estado civil, 69,0% são casadas ou em uma união estável, semelhante ao estudo, que observou que 71% das mulheres eram casadas ou estavam em uma união estável, o que pode inferir-se que essas mulheres tiveram um apoio durante a gestação3. Na escolaridade as mulheres tinham um bom nível de escolaridade sendo a maioria com ensino médio completo ou incompleto (62,0%). Tal dado corrobora com o estudo, (2016) no qual, mais da metade tinha pelo menos ensino médio completo (68%)3. 74,0% referiram raça não branca. Outro estudo, também descreve a variável raça sendo a não branca mais prevalente em sua amostra, com predominância de 80% das entrevistadas4. Com relação a ocupação e renda, 58,0% não trabalham fora de casa e 58,5% tinham renda per capita entre R$ 200,00 a R$ 600,00 sendo que 29,0% apresentavam uma renda per capita entre 42,00 a 200,00 reais mostrando o baixo nível socioeconômico de grande parte dessas mulheres que muitas vezes dependiam apenas de benefícios do Governo Brasileiro para sobreviver. Constatou-se que a maioria das mulheres eram donas de casa, ou seja, não realizavam nenhuma atividade remunerada. A maioria das entrevistadas apresentavam uma renda de 1 a 3 salários mínimos, não configurando um fator de risco para near miss materno, no qual um estudo, relaciona renda familiar menor que um salário mínimo como sendo um fator determinante do near miss materno5. Considerações Finais: O presente estudo enfatiza que a mulher na condição de parturiente tem direitos e autonomia como qualquer indivíduo, em qualquer circunstância. Apesar dos avanços alcançados na assistência ao parto no Brasil, como o advento da Rede Cegonha, ainda se observa um grande percentual de práticas demonstradamente prejudiciais sendo realizadas por profissionais que assistem ao parto, tal prática deve ser banida das maternidades para que assim possa-se ter uma boa qualidade da assistência e uma respectiva queda nos índices de morbidade e mortalidade materna e neonatal.

Título do Evento: 16º Congresso Cearense de Enfermagem, 16ª Mostra de Enfermagem, Talento e Arte, 6º Ciclo de Debates sobre a Formação de Enfermeiros, 1º Fórum Cearense de Estudantes de Enfermagem e 14ª Semana de Enfermagem da UNIFAMETRO
Cidade do Evento: Fortaleza
Título dos Anais do Evento: Anais do 16º Congresso Cearense de Enfermagem, 16ª Mostra de Enfermagem, Talento e Arte, 6º Ciclo de Debates sobre a Formação de Enfermeiros, 1º Fórum Cearense de Estudantes de Enfermagem e 14ª Semana de Enfermagem da UNIFAMETRO
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ALMEIDA, Maria Evilene Macena de et al.. PERFIL DE MULHERES SUBMETIDAS A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO CEARÁ.. In: Anais do 16º Congresso Cearense de Enfermagem, 16ª Mostra de Enfermagem, Talento e Arte, 6º Ciclo de Debates sobre a Formação de Enfermeiros, 1º Fórum Cearense de Estudantes de Enfermagem e 14ª Semana de Enfermagem da UNIFAMETRO. Anais...Fortalea(CE) Unifametro, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/16ccenf/160761-PERFIL-DE-MULHERES-SUBMETIDAS-A-VIOLENCIA-OBSTETRICA-EM-UMA-MATERNIDADE-PUBLICA-DO-CEARA. Acesso em: 12/09/2025