ENFERMAGEM NO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURANÇA DO PACIENTE

Publicado em 07/05/2019 - ISBN: 978-85-5722-208-3

Título do Trabalho
ENFERMAGEM NO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURANÇA DO PACIENTE
Autores
  • Rebeca Furtado Fernandes
  • Clara Castelo Branco da Silva
  • Dayciane Gomes de Oliveira
  • Taynan Da Costa Alves
  • Raphaele Maria Almeida Silva
  • Rhanna Emanuela Fontenele Lima de Carvalho
Modalidade
Artigo
Área temática
EIXO TEMÁTICO IV – Gestão de pessoas e processos em Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização
Data de Publicação
07/05/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/15jnnccce/156744-enfermagem-no-processo-de-esterilizacao-de-materiais--uma-contribuicao-para-seguranca-do-paciente
ISBN
978-85-5722-208-3
Palavras-Chave
Enfermagem, Esterilização, Segurança do Paciente
Resumo
INTRODUÇÃO : Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a segurança do Paciente pode ser definida como um conjunto de ações promovidas pelas instituições de saúde para reduzir a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde (WHO, 2009). O Centro cirúrgico é definido como um ambiente de alto risco, devido ao nível de complexidade das atividades desenvolvidas neste setor, principalmente no gerenciamento dos recursos materiais e humanos. De acordo com Bugs et al. (2017) os processos de limpeza, desinfecção e esterilização bem conduzidos pela Central de Material e Esterilização são essenciais na prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), ressaltando a importância da CME. Qualquer falha ocorrida por falta de atenção, conhecimento ou agilidade compromete a esterilidade do produto. Contanto, é de vital importância a atuação do enfermeiro neste setor, pois uma CME competente e bem articulada promove à segurança do paciente prevenindo infecções e complicações. OBJETIVO: Identificar a importância do papel do enfermeiro atuante no centro de materiais e esterilização e sua contribuição para segurança do paciente. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa da literatura. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados Web of Science, Science Direct, Pubmed, Medline e Scopus, utilizando como descritores “Enfermagem”, “Esterilização” e “Segurança do Paciente” e suas respectivas versões no inglês. O operador booleano AND foi escolhido para a busca com os descritores. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre os anos de 2004 e 2017, tendo em vista que em 2004 houve o lançamento da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, nos idiomas português, inglês e espanhol e textos na íntegra, que abordassem, especificamente, o tema em estudo. Critérios de exclusão: teses, livros e anais de congressos. Foram encontrados 34 artigos. A análise dos trabalhos se deu primeiramente na leitura do título, dos resumos e em seguida na leitura do estudo na íntegra. Após a análise proposta, restaram 07 artigos: 01 artigo na base de dados Web Of Science, 01 na Science Direct, 02 na Pubmed, 01 na Scopus e 02 na Medline. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A função do enfermeiro tem início na fase de planejamento da unidade, cabendo-lhe a escolha adequada tanto de recursos materiais quanto humanos, bem como a seleção e o treinamento de pessoal, levando-se em conta o perfil do setor, com o objetivo de encontrar um ponto de convergência entre bons custos e boa qualidade de atendimento. Segundo Sousa et al. (2017) o enfermeiro na CME é responsável por atividades de coordenação, orientação e supervisão de todas as etapas do processamento dos produtos, como: pela recepção, conferência, limpeza e desinfecção de materiais; controle; preparo; esterilização em autoclave de vapor saturado sob pressão; armazenamento e distribuição de materiais e roupas estéreis às unidades consumidoras. A CME apresenta diversos mecanismos que buscam prevenir a ocorrência de falhas no processamento dos materiais assim como meios que detectam esses erros, através do uso do teste de Bowie Dick, controles biológicos, indicadores químicos e pacotes desafio. É dever obrigatório do enfermeiro supervisionar a aplicação desses testes, sempre buscando detectar alguma modificação que possa colocar em risco a eficiência da esterilização (ALPENDRE et al., 2017). Qualquer falha no processamento dos materiais é considerada um evento grave, e acarreta comprometimento da esterilidade, propiciando o aumento do risco de casos de infecção durante os períodos trans ou pós-operatório e em todos os procedimentos não cirúrgicos realizados, como curativos.” Além disso, é primordial a manutenção de um vínculo com a equipe e a promoção de educação continuada para atualização das técnicas de segurança para evitar falhas no processamento e promover uma boa cultura de segurança. A abordagem do enfermeiro como educador neste setor faz a grande diferença no desempenho da equipe de enfermagem, pois contribui para a interação dos mesmos e demonstra a participação do profissional em todo o processo de esterilização com a garantia da qualidade em todas as etapas. Conclui-se com isso que a CME tem papel fundamental no combate às infecções hospitalares, para tanto, é necessária a operacionalização adequada da Enfermeiro no processo de esterilização de materiais para que se garanta a qualidade da assistência indireta prestada ao paciente. CONCLUSÃO: Portanto, a presença do Enfermeiro é imprescindível em todo o decorrer do processo e manejo dos instrumentos hospitalares e da capacitação dos recursos humanos, em virtude de sua articulação ser responsável por toda a efetividade e união da equipe. Esta revisão propiciou o entendimento da diversidade de saberes que o profissional deve ter domínio e como cada estágio da limpeza feito corretamente constrói uma barreira contra as complicações em cirurgias, promovendo a segurança do paciente e validando as boas práticas de enfermagem em um desfecho com uma boa recuperação. REFERÊNCIAS: ALPENDRE, F. P.; CREUZ, E. D. A.; DYNIEWICZ, A. M. et al. Cirurgia segura: validação de checklist pré e pós-operatório. Rev. Latino-Am. Enfermagem , v. 25, n. 2907, p. 1-9, 2017. BUGS, T. V., RIGO, D. F. H., BOHRER, C. D. et al. Perfil da equipe de enfermagem e percepções do trabalho realizado em uma central de materiais. Rev. Min. Enferm ., v. 21, n. 996, p. 1-8, 2017. SOUSA, A. F. L.; MARQUES, D. M.; MONTEIRO, R. M. et al. Prevenção da formação de biofilmes em marcapassos artificiais: é viável? Rev. Acta Paul Enferm ., v. 30, n. 6, p. 644-650, 2017. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). World Alliance for Patient Safety, Taxonomy: The Conceptual Framework for the International Classification for Patient Safety: final technical report. Genebra; 2009.
Título do Evento
15ª Jornada Norte Nordeste de Centro Cirúrgico e Central de Esterilização
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da 15ª Jornada Norte Nordeste de Centro Cirúrgico e Central e Esterilização
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERNANDES, Rebeca Furtado et al.. ENFERMAGEM NO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURANÇA DO PACIENTE.. In: Anais da 15ª Jornada Norte Nordeste de Centro Cirúrgico e Central e Esterilização. Anais...Fortaleza(CE) Ponta Mar Hotel, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/15jnnccce/156744-ENFERMAGEM-NO-PROCESSO-DE-ESTERILIZACAO-DE-MATERIAIS--UMA-CONTRIBUICAO-PARA-SEGURANCA-DO-PACIENTE. Acesso em: 02/08/2025

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