CETOACIDOSE DIABÉTICO: DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO

Publicado em 21/11/2024 - ISBN: 978-65-272-1038-2

Título do Trabalho
CETOACIDOSE DIABÉTICO: DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO
Autores
  • Francisco Barreto Novais Neto
  • Miqueias Marques Braga
  • Ivo Sousa Oliveira
  • Caio Daniel Sepúlveda Martins Granja
  • PEDRO HENRIQUE RODRIGUES ARAUJO
  • Sara Araújo De Quental
  • Evandro Oliveira Galvão Filho
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
21/11/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/954465-cetoacidose-diabetico--diagnostico-e-manejo-clinico
ISBN
978-65-272-1038-2
Palavras-Chave
Cetoacidose diabética, diabetes mellitus tipo 1, acidose metabólica, cetonemia, insulina intravenosa, manejo clinico.
Resumo
Cetoacidose Diabética: Diagnóstico e Manejo Clínico Introdução: A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda e potencialmente fatal do diabetes mellitus tipo 1, caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica e cetonemia. Essa condição resulta da deficiência de insulina e aumento de hormônios contrarreguladores, levando a lipólise e à produção de corpos cetônicos. A Cetoacidose diabética continua sendo uma das principais emergências médicas em pacientes diabéticos e requer tratamento imediato para evitar complicações graves e morte. Objetivos: O objetivo do estudo é revisar a fisiopatologia, epidemiologia, sinais e sintomas, fatores de risco e o manejo clínico da CAD, além de discutir as abordagens diagnósticas e terapêuticas no contexto da prática clínica.Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados PubMed, SciELO e Medline, focando em publicações de 2019 a 2024. Foram utilizados descritores como “cetoacidose diabética”, “diabetes tipo 1”, “acidose metabólica” e “tratamento”. Incluíram artigos de revisão, diretrizes clínicas e estudos de caso que abordavam o diagnóstico e o manejo clínico da CAD. Discussão: A CAD surge devido à deficiência absoluta ou relativa de insulina, combinada com um aumento de hormônios como o glucagon, catecolaminas e cortisol. Esse quadro promove lipólise e liberação de ácidos graxos, resultando na produção excessiva de corpos cetônicos (acetona, acetoacetato e ß-hidroxibutirato), que levam à acidose metabólica.O quadro clínico típico inclui poliúria, polidipsia, vômitos, náuseas, dor abdominal, fadiga e respiração de Kussmaul. Pacientes podem apresentar hálito cetônico e, em casos graves, alterações no estado mental, coma ou até choque. A respiração de Kussmaul é uma tentativa do organismo de compensar a acidose metabólica por meio da hiperventilação. A epidemiologia da CAD aponta que essa condição é mais frequente em pacientes com diabetes tipo 1, especialmente em indivíduos que não aderem ao tratamento com insulina. A CAD pode ser a apresentação inicial do diabetes em até 30% dos casos. A omissão de doses de insulina, infecções, cirurgias e estresse metabólico são as causas mais comuns de CAD. Infecções respiratórias e urinárias, particularmente, são precipitantes frequentes. Medicamentos como corticosteroides e inibidores de SGLT2 também aumentam o risco. O diagnóstico de CAD é feito através de achados laboratoriais, incluindo hiperglicemia (>250 mg/dL), acidose metabólica (pH < 7,3), bicarbonato sérico reduzido (<15 mEq/L), cetonemia ou cetonúria e ânion gap aumentado. A gasometria arterial, eletrólitos e cetonas séricas ou urinárias são essenciais para a confirmação diagnóstica. O manejo clínico da CAD inclui reposição de fluidos intravenosos, administração de insulina e correção de desequilíbrios eletrolíticos, como hipocalemia. O primeiro passo é a reidratação com solução salina isotônica para restaurar o volume circulante e melhorar a perfusão tecidual. A insulina intravenosa é iniciada após a correção parcial da hipocalemia, com o objetivo de reduzir a glicemia e a cetonemia. A correção do potássio é crucial, uma vez que a insulinoterapia pode reduzir ainda mais os níveis séricos de potássio, levando a arritmias cardíacas. A administração de bicarbonato de sódio é reservada para casos de acidose grave, com pH inferior a 6,9. Além disso, o monitoramento contínuo da glicose, eletrólitos e gasometria é necessário para ajustar a terapêutica e prevenir complicações. Resultados: O tratamento adequado da CAD, com reposição de fluidos, insulina e correção de eletrólitos, tem mostrado eficácia na redução de complicações e mortalidade. No entanto, a taxa de mortalidade pode chegar a 10% em casos de CAD grave, especialmente em idosos e pacientes com comorbidades. Estudos recentes demonstram que o manejo baseado em protocolos padronizados e o uso de novas tecnologias de monitoramento contribuem para uma melhora nos desfechos clínicos. Conclusão: A cetoacidose diabética é uma complicação grave e potencialmente fatal do diabetes mellitus tipo 1, que requer diagnóstico rápido e tratamento imediato. O manejo eficaz envolve a reposição de fluidos, administração de insulina e correção de eletrólitos, além do monitoramento contínuo para ajuste da terapêutica. A identificação precoce dos fatores precipitantes e a educação dos pacientes são fundamentais para a prevenção de novos episódios de CAD.
Título do Evento
XI Jornada Outubro Acadêmico
Cidade do Evento
Sobral
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

NETO, Francisco Barreto Novais et al.. CETOACIDOSE DIABÉTICO: DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO.. In: Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico. Anais...Sobral(CE) UNINTA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/954465-CETOACIDOSE-DIABETICO--DIAGNOSTICO-E-MANEJO-CLINICO. Acesso em: 18/05/2025

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