DOENÇA DE GRAVES: ABORDAGEM GERAL DA PATOLOGIA ENDÓCRINA

Publicado em 21/11/2024 - ISBN: 978-65-272-1038-2

Título do Trabalho
DOENÇA DE GRAVES: ABORDAGEM GERAL DA PATOLOGIA ENDÓCRINA
Autores
  • Raimundo Alves da Costa Neto
  • Francisco Márcio Arruda da Silva
  • João Levi Liberato Alves
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
21/11/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/954277-doenca-de-graves--abordagem-geral-da-patologia-endocrina
ISBN
978-65-272-1038-2
Palavras-Chave
Doença de Graves, Hipertireoidismo, Sintomas, Etiologia, Epidemiologia, Tratamento
Resumo
Introdução: A Doença de Graves é uma doença autoimune caracterizada como a forma mais comum de hipertireoidismo, pois leva à produção excessiva de hormônios tireoidianos. A glândula tireoide saudável é estimulada pelo Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH), produzido pela hipófise anterior ou adenohipófise. A tireoide, então, produz a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), que agem na regulação do metabolismo. Na Doença de Graves, os autoanticorpos se ligam aos receptores de TSH (TRAb) na superfície das células tireoidianas, levando a uma produção excessiva de T3 e T4, o que gera o hipertireoidismo. Além disso, o hipertireoidismo sem resposta autoimune subjacente não caracteriza a Doença de Graves. O tratamento da Doença de Graves consiste em três abordagens terapêuticas: drogas antitireoidianas (DAT), cirurgia e iodo radioativo (¹³¹I). Objetivos: Este trabalho tem como objetivo abordar a fisiopatologia e o tratamento da Doença de Graves, destacando as abordagens e pesquisas desenvolvidas na atualidade. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter transversal, com abordagem descritiva-analítica e qualitativa. Realizou-se pesquisa de artigos científicos das bases de dados do Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) entre os anos de 2019 e 2024. Também foi utilizado o mecanismo de busca Google Academics, para localizar pesquisas na área pertinente ao estudo. Os descritores utilizados foram: Doença de Graves, hipertireoidismo, fisiopatologia e tratamento. Como critério de exclusão, não foram considerados artigos ou estudos que não possuíssem os descritores supracitados ou que estivessem fora do período abordado ou incompletos. Resultados e Discussão: A pesquisa desenvolvida mostrou que, em relação à epidemiologia da Doença de Graves, ela corresponde a 60 a 80% dos casos de hipertireoidismo, afetando principalmente as mulheres (cerca de 5 a 10 vezes mais do que os homens), ocorrendo sobretudo entre 20 e 40 anos de idade. A autoimunidade da Doença de Graves (DG) é mediada pelos linfócitos B e T, constituindo principalmente os anticorpos do receptor de hormônio estimulante da tireoide (TRAb). Quanto às manifestações clínicas, o aumento dos níveis séricos dos hormônios da tireoide pode provocar distúrbios no organismo, como nervosismo, taquicardia, bócio, perda de peso, hiperatividade e fadiga. A oftalmopatia é outro sintoma patológico (25 a 50% dos pacientes com DG), caracterizada pelo aumento do volume dos músculos e da gordura da órbita ocular, resultando em proptose ou exoftalmia (olhos saltados). O diagnóstico da Doença de Graves é confirmado pela identificação da presença de TRAb, autoanticorpos patognomônicos da doença, e pelo resultado de exames laboratoriais, uma vez que a dosagem sérica do TSH fica abaixo dos níveis normais, e o T3 e T4 livres ficam elevados. A ultrassonografia de tireoide com Doppler também é muito indicada por ser um exame de imagem não invasivo, rápido e preciso, diferentemente da cintilografia, que envolve radiação. Quanto à etiologia da doença, ainda não é completamente conhecida, porém a susceptibilidade genética e fatores ambientais são determinantes para o seu desenvolvimento. Na genética, há a predisposição feminina (devido à maior exposição a estrógenos). Em relação a fatores ambientais, o estresse pode induzir o desenvolvimento da doença devido à imunossupressão causada pelo cortisol, assim como o tabagismo aumenta o risco de contrair DG. Os sistemas cardiovascular e ósseo também são afetados pela tireotoxicose de Graves. Os efeitos cardiovasculares incluem aumento da frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e da massa e contração ventricular esquerda. Quanto ao sistema ósseo, há um aumento da reabsorção óssea, além da excreção de cálcio e fósforo na urina e nas fezes. O tratamento escolhido varia de acordo com o país e consiste em iodo radioativo, drogas antitireoidianas (metimazol e propiltiouracil) e cirurgia da tireoide. O uso de drogas antitireoidianas pode ser feito ambulatorialmente. O uso de iodo radioativo e a tireoidectomia podem provocar o hipotireoidismo do paciente, que fica dependente da levotiroxina, um hormônio exógeno, pelo resto da vida. Conclusão: Conclui-se que a Doença de Graves é a forma mais comum de hipertireoidismo e tem um diagnóstico relativamente característico, devido à oftalmopatia de Graves e alterações hormonais. Em geral, os procedimentos devem se ater a fatores como genética, modo de vida, risco-benefício e idade, porém a particularidade de cada caso e presença de efeitos colaterais dificultam a busca pelo tratamento ideal. Logo, percebe-se a importância da pesquisa científica para a descoberta de métodos diagnósticos e terapêuticos mais seguros e efetivos ou até mesmo de uma cura.
Título do Evento
XI Jornada Outubro Acadêmico
Cidade do Evento
Sobral
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

NETO, Raimundo Alves da Costa; SILVA, Francisco Márcio Arruda da; ALVES, João Levi Liberato. DOENÇA DE GRAVES: ABORDAGEM GERAL DA PATOLOGIA ENDÓCRINA.. In: Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico. Anais...Sobral(CE) UNINTA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/954277-DOENCA-DE-GRAVES--ABORDAGEM-GERAL-DA-PATOLOGIA-ENDOCRINA. Acesso em: 03/06/2025

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