CUIDADOS FARMACÊUTICOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UMA ABORDAGEM PROMISSORA PARA A GESTÃO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM PACIENTES VIVENDO COM HIV NO RIO DE JANEIRO.

Darlan Ferreira de Souza

Título do Trabalho

Autores

Darlan Ferreira de Souza

Modalidade

Resumo Expandido

Área temática

Cuidados Farmacêuticos e Farmácia Clínica

Data de Publicação

22/01/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/11-congresso-riopharma-378474/709391-cuidados-farmaceuticos-na-atencao-primaria--uma-abordagem-promissora-para-a-gestao-da-terapia-antirretroviral-em-

ISBN

978-65-272-0214-1

Palavras-Chave

HIV, Cuidados Farmacêuticos, Terapia Antirretroviral, Adesão

Resumo

Dados do Ministério da Saúde (2022) apontam aproximadamente um milhão de casos de HIV/AIDS no Brasil. A Terapia Antirretroviral (TARV) evoluiu, e em conjunto o papel do farmacêutico no cuidado à Pacientes Vivendo com HIV/AIDS (PVHA). Segundo a OPAS (2004), em todos os níveis de atenção os serviços de saúde devem ser prestados sob a perspectiva da natureza multiprofissional, incluindo o farmacêutico na equipe de saúde, tendo como uma de suas práticas voltadas a otimização do uso racional de medicamentos. Neste contexto, o seguimento farmacoterapêutico se torna imprescindível à PVHA. O objetivo desta revisão integrativa é investigar o impacto dos cuidados farmacêuticos em pacientes vivendo com HIV. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed e Google Scholar, nos idiomas português e inglês. Buscaram-se os descritores: "farmacêutico" AND "terapia antirretroviral de alta atividade" AND "HIV" AND “Adesão” seus equivalentes em inglês segundo os DeCs. Um total de 116 artigos foram identificados nas bases de dados, e, 48 artigos foram selecionados para análise dos seus títulos. Após análise, 15 artigos foram selecionados para o trabalho. Em seu trabalho, Horberg e colaboradores (2007) descrevem que PVHA acompanhados por um farmacêutico tendem a atingir a supressão viral e reduzem o número de internações por complicações ao HIV. Ahmed e colaboradores (2023) citam que intervenções farmacêuticas reduzem significativamente problemas com a TARV em PVHA. Schaffer e colaboradores (2016) citam que à medida em que os cuidados ambulatoriais migram para o modelo centrado no paciente, torna-se cada vez mais importantes que as equipes interdisciplinares forneçam cuidados à PVHA. Parâmetros como contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral devem ser monitoradas pelo farmacêutico, além da interpretação dos resultados dos exames e solicitação de exames adicionais. Em sua revisão sistemática, Saberi e colaboradores (2023) fornecem evidências dos resultados positivos da intervenção farmacêutica em PVHA, que resultaram na melhora à adesão à TARV, supressão da carga viral, reduções no número de hospitalizações e visitas ao serviço de urgência. Schaffer e colaboradores (2016) citam que farmacêuticos devem pautar suas decisões clínicas norteados por resultados de exames laboratoriais, com o objetivo de potencializar o tratamento e assegurar o desfecho clínico positivo a este paciente, como exemplo, nos casos de dislipidemia, disfunção renal ou ainda em casos de coinfecção por hepatite B. A importância do farmacêutico neste contexto reforça os resultados encontrados pelo trabalho de Fernandes e colaboradores (2020), que descreve os custos por hospitalização de paciente não aderentes à TARV, onde o grupo de pacientes não aderentes ao tratamento demonstrou maior custo por resposta clínica (9.716 BRL), quando comparado ao grupo aderente por resposta clínica (7.622 BRL). O monitoramento da efetividade terapêutica e investigação da ocorrência dos eventos adversos, bem como o mapeamento da qualidade de vida destes indivíduos devem fazer parte do escopo de atividades dos farmacêuticos da atenção primária em saúde. Intervenções farmacêuticas para ser tornarem exitosas devem estar cercadas de ferramentas clínicas disponíveis a todos os demais membros da equipe multidisciplinar, incluindo acesso à solicitação de exames aos laboratórios de análises clínicas conveniados ao SUS. Desta forma, pode-se garantir a potencialização da farmacoterapia e o desfecho clínico positivo a este paciente, como exemplo, nos casos de monitoramento das reações adversas comuns à TARV como a dislipidemia e disfunção renal. Conclui-se que a evolução do cuidado farmacêutico à PVHA no Brasil se faz necessária, sendo o manejo multidisciplinar da TARV uma realidade no mundo. Um importante passo dado pelo MS, no Brasil, foi a autorização à farmacêuticos solicitarem carga viral e CD4 para o manejo de PVHA. Contudo, apenas tais exames não garantem uma perspectiva de cuidado integral centro no paciente. Desta forma não é possível garantir o uso racional e a potencialização da TARV. Com as evidências existentes do maior custo por resposta clínica ao PVHA não aderente, farmacêuticos estão bem-posicionados para contribuir com a melhora à adesão a farmacoterapia, com o monitoramento da efetividade terapêutica e a investigação da ocorrência de eventos adversos indivíduos. No município do Rio de Janeiro, farmacêuticos devem ampliar suas habilidades no manejo desta condição, tendo como objetivo a consolidação de um novo modelo do cuidado farmacêutico na Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de Janeiro.

Título do Evento: 11º Congresso Riopharma
Cidade do Evento: Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Riopharma
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SOUZA, Darlan Ferreira de. CUIDADOS FARMACÊUTICOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UMA ABORDAGEM PROMISSORA PARA A GESTÃO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM PACIENTES VIVENDO COM HIV NO RIO DE JANEIRO... In: Anais do Congresso Riopharma. Anais...Rio de Janeiro(RJ) CRF/RJ, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/11-congresso-riopharma-378474/709391-CUIDADOS-FARMACEUTICOS-NA-ATENCAO-PRIMARIA--UMA-ABORDAGEM-PROMISSORA-PARA-A-GESTAO-DA-TERAPIA-ANTIRRETROVIRAL-EM-. Acesso em: 08/06/2025