A ANÁLISE DA NEUROMODULAÇÃO COMO ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA OS CASOS DE DISTONIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Bárbara Figueiredo Bonatti; Luiza Heitmann Paglioli; Isabela Alves Raymundo; Mariana Reis Jorge Dahas; GUILHERME NOBRE NOGUEIRA; Rafaela Fernandes Gonçalves; Gustavo Rassier Isolan

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Trabalho

Título do Trabalho

A ANÁLISE DA NEUROMODULAÇÃO COMO ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA OS CASOS DE DISTONIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

Bárbara Figueiredo Bonatti
Luiza Heitmann Paglioli
Isabela Alves Raymundo
Mariana Reis Jorge Dahas
GUILHERME NOBRE NOGUEIRA
Rafaela Fernandes Gonçalves
Gustavo Rassier Isolan

Modalidade

Resumo simples

Área temática

Saúde Mental e Neurologia

Data de Publicação

08/05/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/1-congresso-nacional-de-neurologia-multidisciplinar-412958/801227-a-analise-da-neuromodulacao-como-abordagem-terapeutica-para-os-casos-de-distonia--uma-revisao-de-literatura

ISBN

978-65-272-0466-4

Palavras-Chave

Distonia. Neuromodulação. Tratamento.

Resumo

INTRODUÇÃO: A distonia, terceiro distúrbio de movimento mais comum, é caracterizada pela presença de espasmos musculares, desencadeados por movimentos voluntários, que acarretam na postura e movimentos anormais, prejudicando a qualidade de vida do paciente. A patogênese consiste na disfunção da rede neural devido a alterações nos gânglios da base e outras estruturas. A causa pode ser hereditária, funcional ou adquirida pela paralisia cerebral, lesões vasculares, neoplasias, infecções, drogas e agentes tóxicos. Classificada em dois eixos, o primeiro remete a características clínicas: idade de início da doença, padrão de acometimento corpóreo e temporal, fatores associados e o segundo, a etiologia. O diagnóstico é clínico e a abordagem terapêutica pode ser medicamentosa, toxina botulínica, cirúrgica ou a neuromodulação, que inibe a atividade neural, indicada para casos graves e resistentes à medicação. OBJETIVO: Explorar a eficácia da estimulação cerebral profunda (ECP) nos casos de distonia, efeitos colaterais e as repercussões cognitivas. METODOLOGIA: Realizada revisão de literatura dos últimos 10 anos na plataforma “PubMed” com os descritores: “ deep brain”, “dystonia” e “ neurostimulation” . Dos 21 artigos previamente selecionados foram incluídos 12 com base nos critérios: língua inglesa, relevância ao tema e ser um ensaio clínico. O parâmetro de exclusão de 9 trabalhos foi: não ser da língua inglesa, revisão de literatura, sistemática, metanálise, estudos que incluíram na metodologia: distonia combinada, outras doenças e aqueles que não tivessem como objetivo principal analisar o impacto da neuromodulação na distonia. RESULTADOS: 200 pacientes foram submetidos a ECP dos núcleos da base, os estudos analisaram o aspecto motor, cognitivo e analgésico da terapia. A idade média foi de 38,82 anos e 11,38 anos de duração da doença. As intervenções variaram no período de 3,6 e 12 meses, o follow-up foi de 12 meses, variando de 3 meses a 15 anos. Entre os benefícios está a melhora motora de 48,85% e da qualidade de vida, 3 tiveram piora do quadro e a dor, quando analisada, permaneceu na maioria dos casos. Os efeitos colaterais ocasionados pela estimulação e o procedimento cirúrgico são: discinesia transitória, apatia, tontura, náusea, erosão da pele e entre os cognitivos a disartria, confusão mental, depressão. As variáveis favoráveis são as altas frequências e abordagens sucessivas, a literatura aborda que pacientes mais jovens e com menor tempo de distonia possuem melhor prognóstico, mas tal ponto não foi descrito nos trabalhos analisados. A amostra pequena e fenotipicamente heterogênea limita a análise da terapia. CONCLUSÕES: A neuroestimulação consiste em um tratamento seguro, eficaz e promissor na melhora do quadro motor e da qualidade de vida para os casos graves de distonia e refratários à medicação, sendo indicado o uso de altas frequências e múltiplas abordagens. No entanto, a disartria consiste em um efeito colateral importante e o alívio da dor é pouco significativo. A lentidão da resposta terapêutica e os efeitos colaterais oriundos da estimulação e do procedimento são obstáculos terapêuticos. A amostra e os estudos disponíveis com essa abordagem são limitados, heterogêneos e escassos sobre as variáveis clínicas que corroboram para um melhor desfecho.

Título do Evento: I CONGRESSO NACIONAL DE NEUROLOGIA MULTIDISCIPLINAR
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Nacional de Neurologia Multidisciplinar
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BONATTI, Bárbara Figueiredo et al.. A ANÁLISE DA NEUROMODULAÇÃO COMO ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA OS CASOS DE DISTONIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.. In: Anais do Congresso Nacional de Neurologia Multidisciplinar. Anais...Sete Lagoas(MG) Online, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/1-congresso-nacional-de-neurologia-multidisciplinar-412958/801227-A-ANALISE-DA-NEUROMODULACAO-COMO-ABORDAGEM-TERAPEUTICA-PARA-OS-CASOS-DE-DISTONIA--UMA-REVISAO-DE-LITERATURA. Acesso em: 24/05/2025