A crise ambiental que afeta o planeta requer uma mudança radical na forma como a humanidade lida com a natureza. Pensando nisso e inspirados pela profunda visão de mundo de Davi Kopenawa, expressa em "A Queda do Céu", convidamos você a um mergulho na EcoFilosofia, um espaço de reflexão sobre nossa relação com a natureza, a espiritualidade e a urgência de proteger a floresta. Nesse contexto, a sabedoria dos povos indígenas, particularmente a visão Yanomami, expressa na obra "A Queda do Céu", de Davi Kopenawa, oferece um caminho inspirador para a construção de um futuro sustentável, tal sabedoria transcende a simples preocupação ambiental. Ela nos convida a rever a nossa relação com a Terra, reconhecendo-a como um ser vivo, interconectado e indispensável para a nossa sobrevivência.
O intuito do nosso tema esse ano, EcoFilosofia: por um mundo pós-queda do céu, é convidá-los a ir além da teoria e a agir em defesa da vida na Terra. Isso exige um compromisso individual e coletivo, com ações concretas em prol da sustentabilidade. Ao abraçarmos a sabedoria Yanomami e a mensagem de Davi Kopenawa, podemos construir um futuro em que a vida na Terra seja preservada para as próximas gerações. Nesse sentido, é necessário entender que a base dessa sabedoria encontra-se no reconhecimento da interdependência entre os seres vivos e a natureza, assim, a visão Yanomami nos leva a refletir que nossas ações reverberam em todo ecossistema e, portanto, devemos abandonar o pensamento ilusório de superioridade perante a natureza e reconhecer que devemos proteger e preservar a mãe-terra.
Além disso, é essencial aprendermos a valorizar os saberes da terra, dos povos originários, pois estes acumulam conhecimentos sobre a natureza ao logo de gerações fundamentais para entender os limites dos recursos naturais e também para compreendermos que a construção de um futuro sustentável exige a promoção de uma justiça ambiental, dessa forma, precisamos combater a destruição da floresta e a exploração dos recursos naturais afetam desproporcionalmente os povos indígenas e outras comunidades vulneráveis. É preciso garantir os direitos desses povos e o acesso equitativo aos recursos naturais.
Em suma, a sabedoria Yanomami, expressa na obra "A Queda do Céu", nos convida a repensar nossa relação com a natureza e a construir um futuro mais justo e sustentável. Ao abraçarmos essa visão de mundo, podemos garantir que o coração da Terra continue pulsando forte para as próximas gerações.
Para este ano, a comissão organizadora decidiu pela cobrança na submissão de comunicações, mas com a possibilidade de isenção de taxa para aqueles que possuem NIS. Tal decisão foi tomada por considerar que, como o ENPF - EPGF é organizado inteiramente por discentes da graduação e pós-graduação em filosofia e por não possuirmos financiamento de qualquer entidade de fomento de pesquisa, a organização necessita custear diversas demandas que são a base de funcionamento para que o encontro aconteça todo ano. Portanto, pedimos compreensão dos pesquisadores que tiverem interesse em comunicar no nosso evento, pois ele é feito com muito esforço e carinho e não visa fins lucrativos para os organizadores.